terça-feira, julho 24, 2012

Tajiquistão: Pelo menos 200 pessoas morreram em confronto entre tropas e civis



Pelo menos cem militares e igual número de civis morreram em confrontos na cidade de Horog, na província de Badakhchan, no leste do país, informa o serviço em russo da rádio BBC.

Segundo fontes citadas pela agência RBC, os médicos preparam-se para receber pelo menos 60 soldados gravemente feridos.

Porém, as autoridades falam apenas de 9 soldados mortos e 25 feridos.

Fontes oficiais informam que os militares perseguem os assassinos do general dos serviços secretos, Abdullo Nazarov, sublinhando que já foi liquidado um dos comandantes do grupo da guerrilha acusada do crime.

As autoridades acusaram do assassinato um grupo de militares, sob o comando de Tolib Aiembekov, que protegiam os contrabandistas que atuam na região.

Porém, alguns especialistas consideram que se trata da luta pelo poder nesse país da Ásia Central que faz fronteira com o Afeganistão e já foi palco de uma sangrenta guerra civil nos anos 90 do séc. XX.

“É evidente que a operação das tropas em Horog estava planeada há muito. A capital de Gornii Badakhchan continua a ser uma das poucas regiões do Tajiquistão onde estão concentrados os adversários políticos do presidente Emomali Rakhmon e do regime por ele dirigido. Ou são antigos guerrilheiros da oposição tajique, ou a segunda geração dessa guerrilha...insatisfeitos com o regime por não se terem conseguido integrar nele ou afastados pela família de Rakhmon, que controla tudo no Tajiquistão”, considera Arkadi Dubnov, especialista em assuntos da Ásia Central.

O general Abdullo Nazarov, comandante do departamento dos serviços de segurança de Gorni Badakhchan (região autónoma do Tajiquistão), foi arrancado do automóvel em que viajava e espancado até à morte por um grupo de desconhecidos.

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