domingo, setembro 23, 2012

Alexandra: A menina viveria melhor em Portugal, João Pinheiro




        ***José Milhazes, agência Lusa***

         *** Fotos de Verónica Kulakova***

Pretchistoe, 23 set (Lusa) – João Pinheiro ficou ainda com menos dúvidas de que a menina que lhe foi retirada pelo Tribunal de Guimarães e entregue à mãe biológica teria uma vida muito melhor em Portugal do que na Rússia.
“Eu já conhecia a casa das imagens das televisões. Comparada com outras casas da aldeia, esta até pode não ser das piores, mas não há dúvidas de que a menina tinha muito melhores condições de vida em minha casa”, declarou ele à Agência Lusa depois de estudar a velha casa de madeira, cada vez mais inclinada.
Mais preocupado ficou quando Alexei, o padrasto da menina, lhe contou que a casa está prestes a ruir a qualquer momento.
“Esperemos que não esteja lá ninguém se isso acontecer, mas a casa está mesmo em mau estado, o telhado está muito fraco”, declara ele, sublinhando que sabe o que está a dizer, porque trabalha na construção civil.
De bengala na mão, pois uma queda nas obras lhe provocou ferimentos na perna, Alexei revelou que as autoridades locais prometeram uma nova casa à família para o próximo ano, mas na sua voz sente-se notas fortes de ceticismo:
“É difícil acreditar. Prometer é uma coisa, mas eu não acredito muito. Além disso, as casas que estão a ser construídas não têm boas condições, são construídas à pressa, tem mau isolamento”, acrescenta.
Foi Xaninha e o padrasto que mostraram a João Pinheiro todos os cantos da casa.
“A casa está arrumada, mas não tem condições para a família viver aqui. Sente-se a falta de dinheiro para comprar as coisas mais elementares”, comentou o português.
Caso o almoço não fosse num dos modestos restaurantes da vila, o almoço da família seria constituído apenas por massa.
“A menina não tem mau aspeto, parece bem tratada, mas está magrinha. Talvez seja por ser muito ativa, irrequieta”, acrescenta João Pinheiro.
“Se ela estivesse em Portugal!..”, suspira ele e continua: “Não tenho dúvidas de que estaria muito, mas muito melhor. Tinha todas condições, era mimada pela minha família, vizinhos”.
João também ficou preocupado com o estado de saúde dos pais e avós de Alexandra, principalmente com o de Natália, mãe dela.
“A Natália está com um ar cansado. Não deve ter uma vida fácil. Trabalha no restaurante, mas o ordenado não deve ser grande coisa. O Alexei está de baixa”, suspira ele.
Ajuda a horta à volta de casa, que a avó de Xaninha mostra com orgulho a João Pinheiro.
“Estamos a preparar as reservas para o inverno. É sempre uma boa ajuda. Vamos vivendo e aguentando”, afirma ela, hoje reformada.
“Quero ajudar esta família, vou fazer ainda maiores esforços para lhes dar o apoio possível”, conclui João Pinheiro depois da despedida.
JM
Lusa/fim

6 comentários:

Anónimo disse...


Se essa escada da foto não dá acesso ao esgoto não é certamente aprovada pelo regime.
ahahahah

Maria Martins disse...

Há alguma possibilidade de se resgatar a cadela Lúcia e fazê-la regressar a Portugal? Obrigada

Wandard disse...

Preocupação com a cadela Lúcia, enquanto milhares de animais são abandonados em Portugal!!!!

2ª-feira 24, Setembro - 2012.
adopção
adoptar um animal
e as férias?
ident. electrónica
saúde do seu animal
saúde pública
abandono
Parques de campismo
:::: LPDA_HOME ::::
- Se algum motivo insuperável o obrigar a separar-se do seu amigo, procure-lhe um dono que o trate bem.
- Só o coloque num canil albergue em último recurso, mas antes certifique-se de que vai ser bem tratado, e visite-o sempre que possa
- Não o esqueça! Acredite que ele nunca se esquecerá de si.

NUNCA ABANDONE O SEU ANIMAL!

Em Portugal mais de 10.000 animais são abandonados anualmente. Muitos encontram a morte nos canis camarários e outros acabam por morrer à fome ou nas estradas, enquanto vagueiam pelas ruas em busca de alimentos e de abrigo. Quando abandonados, os animais sofrem todo o género de maus tratos ficando igualmente sujeitos a contrair doenças. Para além do sofrimento infligido ao animal, o abandono é, portanto um risco para a saúde pública.
Nestes casos, os mais afortunados, que são poucos, são adoptados por uma ou outra pessoa mais sensível.
As associações zoófilas, que recolhem animais, já há muito que ultrapassaram a capacidade de alojamento para o qual estão preparadas. Isto reflecte-se no mau tratamento dispensado aos animais.
VOCÊ PODE AJUDAR A MUDAR ESTA SITUAÇÃO:
Os animais são seres vivos, sensíveis e sofrentes, não são BRINQUEDOS.
Um animal deve ser desejado pelo dono e bem aceite pelos restantes membros da família. Por isso, a compra ou a adopção de um animal deve ser muito ponderada e estar de acordo com a sensibilidade e disponibilidade do novo dono.
Um animal de companhia precisa, não só de alimentação adequada e água fresca, mas ainda de uma série de outros requisitos que não devem ser ignorados, tais como alojamento adequado e espaço para se movimentar, acompanhamento veterinário, e atenção, entre outros. Assim, oferecer animais às crianças, só para lhes satisfazer os desejos é uma atitude incorrecta. Um animal deve fazer parte da família, ser desejado e estimado até à sua morte natural.
Colocar um animal num canil albergue deve ser o último dos recursos, pois ele nunca serás feliz sem o dono.

Seja tão leal com o seu animal como ele o é para consigo!


Moon disse...

Fico muito feliz por este reencontro! O Sr. Pinheiro é um grande Homem e tem ao lado uma grande mulher e Mãe! A Xaninha está muito bonita!
Obrigado professor pelo apoio que tem dado nesta causa

Anónimo disse...

sr.Milhazes uma vez mais muito obrigado pelo apoio que tem dado a esta família,e a nós amigos da Xaninha por sabermos dela o senhor é os nossos olhos aí,obrigado por nunca se esqueça dela. essa menina tocou-nos muito os seus gritos de aflição,naquele dia de Maio de 2009.bem haja e que DEUS o acompanhe.

Anónimo disse...

quando é que temos noticias da Xaninha outra vez?