Os
habitantes da Geórgia vão hoje às urnas para eleger 150 deputados num
ambiente de alta tensão política, depois de uma campanha marcada por uma
guerra de "materiais comprometedores".
Serão eleitos em círculos maioritários 77 deputados, enquanto que 73 serão escolhidos em círculos uninominais.
No
escrutínio participam duas coligações eleitorais e 14 partidos, mas
todas as atenções estão centradas na luta entre o Movimento Nacional
Unido, do Presidente Mikhail Saakachvili, e o Sonho Georgiano, coligação
dirigida pelo multimilionário Bidzina Ivanichvili e Kakha Kaladzé,
antigo jogador do Milan.
A campanha eleitoral ficou marcada por
forte violência verbal e pela publicação de um vídeo que denunciava
torturas de prisioneiros no maior centro penitenciário do país, tendo a
oposição atirado as responsabilidades para cima de Saakachvili.
O Presidente demitiu imediatamente uma série de altos funcionários responsáveis pelo setor e mandou abrir um inquérito.
Os
resultados das sondagens realizadas são contraditórios. Um estudo do
Instituto Democrático Nacional dos Estados Unidos dá uma vitória folgada
ao partido de Saakachvili com 47 por cento dos votos, enquanto que o
Sonho Georgiano se fica pelos 10 por cento.
Porém, uma sondagem
realizada por organizações não parlamentares georgianas dão ao Sonho
Georgiano 48 por cento dos votos, enquanto o movimento de Saakachvili
conseguirá 14 por cento.
Não obstante o grande número de
observadores nacionais e internacionais presentes (de mais de cem
organizações), a oposição acusa o poder de se preparar para falsificar
os resultados e ameaça sair para a rua em sinal de protesto.
A
importância deste escrutínio reside também no facto de ele poder vir a
ser uma espécie de ponte para o Presidente Saakachvili continuar à
frente dos destinos do país.
Segundo emendas feitas à
Constituição, o Presidente da Geórgia que for eleito em 2013 terá muito
menos poderes do que o atual, passando o primeiro-ministro e o
presidente do Parlamento a serem as figuras centrais do sistema político
georgiano.
Em caso de vitória do seu partido, Saakachvili poderá continuar à frente dos destinos do país.
1 comentário:
A Geórgia é para a Rùssia o que o Paraguai é para o Brasil...
É a mesma coisa! A Georgia é um Paraguai do Cáucaso... Ninguem vai perder tempo dando apoio e suporte para um país como a Geórgia!
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