O
dirigente da coligação Sonho Georgiano, que venceu as legislativas de
segunda-feira, declarou hoje que não exige a demissão do presidente
Mikhail Saakachvili e mostrou-se disposto a dialogar com o governo.
"Afirmei,
mais de uma vez, que queremos o diálogo construtivo com os
representantes do poder vigente, incluindo o Presidente da Geórgia. No
que respeita à opinião ontem [terça-feira] avançada numa conferência de
imprensa sobre a demissão do Presidente, essa não é nem uma exigência
política minha, nem uma exigência política da oposição", de acordo com
uma declaração de Bidzina Ivanichvili.
O multimilionário declarou estar disposto a dialogar em prol da prosperidade do país.
"Nós
não apresentamos quaisquer ultimatos políticos e, em prol da
prosperidade do país, estamos prontos para o diálogo com o Presidente da
Geórgia e outros representantes do Governo, para resolver questões de
Estado num ambiente de trabalho", precisou.
Na véspera,
Ivanichvili declarou que os passos mais lógicos de Saakachvili deviam
ser a demissão e convocação de eleições presidenciais antecipadas.
Guiga Bokeria, secretário do Conselho de Segurança da Geórgia, comentou que esse apelo é um "jogo perigoso".
Hoje, a coligação Sonho Georgiano criou um grupo de trabalho para dar início a conversações com Saakachvili.
O
grupo é constituído por Irakli Alassania, antigo embaixador da Geórgia
na ONU e dirigente do partido "Nossa Geórgia - Democratas Livres", David
Ussupachvili, líder do Partido Republicano, e Irakli Garibachvili, um
dos dirigentes da coligação Sonho Georgiano.
"A principal tarefa
da coligação é a garantia da ordem constitucional e o trabalho
constante dos órgãos de Estado durante o período de transição",
considerou Ivanichvili.
"Até à formação do novo governo, a
manutenção da ordem pública e o funcionamento dos órgãos de Estado são
da responsabilidade do atual governo", concluiu.
Depois de
contados 98,81 por cento dos votos, o Sonho Georgiano vai à frente com
54,94 por cento dos votos, enquanto que o Movimento Nacional Unido de
Saakachvili conquistou 40,33 por cento.
A Casa Branca já convidou
Ivanichvili a visitar Washington, convite que foi aceite, mas só para
depois das presidenciais nos Estados Unidos.
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