Confrontos entre agentes do Serviço Federal da Rússia (FSB, ex-KGB) e
militantes islamistas em Kazan, capital da república da Tartária, provocaram
pelo menos quatro mortos e um ferido grave.
“O número de
criminosos ainda é desconhecido, três deles foram liquidados”, lê-se num,
comunicado do Ministério do Interior da Tartária.
Um deles portaria o "cinto de mártir", carregado de explosivos.
Segundo este
ministério, “dois agentes do FSB ficaram gravemente feridos. Um faleceu e o
outro encontra-se ferido com gravidade num hospital local”.
As autoridades
policiais declararam a cidade zona de acção antiterrorista, o que significa que
a operação policial iniciada ainda não terminou. Os habitantes do prédio
vizinho onde se alujaram os alegados terroristas foram evacuados.
As autoridades alegam que os homens liquidados teriam sido os autores de atentados contra líderes espirituais da Tartária.
Esta república da
Federação da Rússia, situada a cerca de 600 quilómetros a
sudeste de Moscovo, tem uma população maioritariamente muçulmana. Não obstante
as autoridades locais reafirmarem controlar a situação, alguns analistas chamam
a atenção do aumento de organizações ligadas a correntes extremistas islâmicas.
A guerrilha
islamista separatista realiza operações no Cáucaso do Norte, mas tenta alargar
as suas operações a outras regiões da Rússia. Neste caso, trata-se de um confronto no coração do país, numa região vital para a federação.
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2 comentários:
Mais uma vez vem-se confirmar que a ameaça terrorista no seio da Rússia provêm, não de elementos que simplesmente pugnam pela independência de determinados territórios, mas sim de extremistas religiosos, por norma fortemente influênciados por correntes fundamentalistas externas (salafitas ou wahabitas). Contra este tipo de gente, pouco ou nada há a fazer senão uma luta em duas vias, a policial e a educacional, a primeira com o fim de "quebrar" as células terroristas e a segunda com o fim de afastar a população do extremismo religioso e isolar/eliminar os indivíduos/grupos perigosos.
Todas as restantes fábulas do "diálogo" ou da "melhoria das condições de vida" não passam disso mesmo, fábulas, pois se por um lado, não é possível estabelecer qualquer diálogo (o qual implica cedências de parte a parte) com religiosos irredutíveis, por outro, se as razões para o extremismo fossem as más condições de vida, haveria na Rússia centenas de grupos terroristas cristãos ortodoxos.
PS - estou à espera que os visionários do costume venham exigir a independência do Tartaristão, bem como, já agora, do Cáucaso do Norte, da Bashkíria, etc... Talvez o seu sonho seja que a Rússia fique reduzida às muralhas do Kremlin de Moscovo...
O islamismo está a crescer na Rússia. Em 2000 haviam 9% de muçulmanos na população total, hoje há 16%....
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