quarta-feira, outubro 02, 2013

Cinco ativistas da Greenpeace acusados de pirataria na Rússia


Cinco dos 30 ativistas da organização não-governamental da Greenpeace detidos na Rússia foram hoje acusados de pirataria por um tribunal de Murmansk, cidade situada no norte do país.

“Consideramos essas acusações absolutamente vazias, sem fundamento e ilegais. Os nossos ativistas não tiveram como objetivo apoderar-se da propriedade de alguém. Não houve crime”, declarou Mikhail Kreindlin, advogado da Greenpeace.

Segundo ele, entre os acusados está um cidadão do Brasil .

Vinte e oito elementos da tripulação do navio “Arctic Susrise” aguardam a acusação, que poderá ser semelhante à tomada hoje.

No âmbito de uma campanha contra a exploração petrolífera no Ártico, iniciada pela Rússia e parceiros ocidentais, ativistas da Greenpeace tentaram, há uma semana, escalar uma plataforma do gigante russo do gás Gazprom no Mar de Barents.
Os militantes foram impedidos pelos guardas costeiros russos, que dispararam tiros de aviso com armas automáticas, de acordo com a organização não-governamental ecologista.
O navio da Greenpeace "Artic Sunrise", com pavilhão holandês, acabou por ser apresado por comandos da guarda costeira russa e rebocado até Murmansk, onde os 30 membros da tripulação internacional foram colocados em detenção, acusados de pirataria, um crime passível de uma pena de 15 anos de prisão.
Os ativistas são originários de um total de 18 países, como Estados Unidos, França, Suíça, Finlândia, Reino Unido, Polónia ou Rússia.
Todos os ativistas rejeitaram as acusações de “pirataria”, afirmando que a ação de protesto na plataforma da Gazprom foi pacífica.
O Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu que os ativistas “não são piratas”, mas que tinham “infringido o direito internacional”.
A comissão de inquérito russa, principal órgão encarregado das investigações criminosas, indicou que as acusações poderão ser reduzidas durante a investigação.
Porém, as acusações de hoje vão em sentido contrário, pois, na Rússia, a pirataria é condenada com numerosos anos  de prisão.

Não obstante as declarações de Vladimir Putin, os ativistas da Greenpeace deverão ser julgados e condenados para que a sentença sirva de exemplo para o futuro. Depois, o magnânimo Presidente Putin anunciará uma amnistia. Desta vez, não irá tão longe como no caso das Pussy Riot, pois trata-se de um grande organização internacional.

3 comentários:

PortugueseMan disse...

Desta vez, não irá tão longe como no caso das Pussy Riot, pois trata-se de um grande organização internacional.

Não sei se não vai. O sinal que pode querer enviar é que no Ártico não se brinca...

E eles foram fazer isto numa altura que a Rússia está a enviar uma mensagem para todos os interessados, metendo o maior navio que a Rússia tem a passear pelo o Àrtico.

A mensagem é que a Rússia vai endurecer a sua posição nesta zona.

Portanto estes activistas arriscam-se a apanhar por tabela.

Ricardo disse...

Muita gente no Kremlin crê que o Greenpeace seja mais um braço da CIA, isso talvez explique o comportamento de Moscou.

Fernando Negro disse...

Se apenas "crêem" que a Greenpeace é um braço dos mesmos grandes interesses económicos ocidentais que controlam a CIA, então, estão mal informados...

A Greenpeace é financiada por esses mesmos interesses. E, já foi denunciada, por exemplo, pelos serviços secretos brasileiros, como sendo uma das organizações pseudo-ambientalistas fantoches desses mesmos grandes interesses ocidentais (que, não só destroem os países onde governam, como querem impedir os outros de se desenvolver).

http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-o-papel-da-greenpeace-e-afins-na-conquista-ocidental-da-amazónia