quarta-feira, novembro 27, 2013

Ele era incapaz de fazer isso!

Não tenho lido na imprensa portuguesa muitos pormenores sobre o carácter e a vida de Mikhail Koja, imigrante moldavo que assassinou a tiro um guarda da GNR num restaurante do Pinhal Novo, na sua terra natal, antes da sua vinda para Portugal.
Talvez os pormenores que cito abaixo poderão ajudar a compreender melhor a sua personalidade.
Segundo relata a versão moldava do diário Komsomolskaia Pravda, Mikhail foi trabalhar para Portugal há mais de dez anos. Trabalhou na construção civil e, às vezes, visitava a terra-natal.
Ele esteve aqui pela última vez há quatro anos atrás. Aparentemente tudo estava bem com ele, tinha trabalho e dinheiro. Esteve aqui vinte dias e regressou”, declarou o irmão, Andrei Koja.
Porém, segundo o jornal, a vida complicou-se com a crise económica e Mikhail viu-se obrigado a viver num automóvel. Quanto à doença grave que o afetava, uns falam em “leucemia”, outros em “problemas psíquicos”.
Mikhail divorciou-se da esposa, mas esta conta pormenores curiosos. Nina Guimuichliu relata que, há dez anos atrás, realizou com ele um casamento fictício.
Não vivemos juntos. Foi um casamento fictício para eu poder ir trabalhar para a Turquia. Ele foi para Portugal e u fui para a Turquia”, acrescenta.
Segundo ela, Mikhail era um homem bom e calmo, mas vaidoso: “o dinheiro não lhe ficava muito tempo nos bolsos. Gostava de oferecer. Alguns juntam dinheiro para uma casa, para um carro, querem alguma coisa. Ele não era assim! Ele não sonhava constituir família, ter filhos. Quando falavamos por telefone, eu perguntava sempre: "Então, casaste-te?". E ele respondia: "Para quê?"
Mas os conterrâneos não acreditam que ele se tenha transformado num assassino.
Era um bom rapaz. Falava pouco, era de poucas palavras. Gostava muito de mulheres, gostava muito de se divertir”, declarou Mikhail Pantchev, que frequentou com ele a mesma escola.
O irmão do alegado assassino, Andrei Koja, também se recusa a acreditar no que aconteceu: “Não acreditaria que Mikhail foi capaz disso, mesmo que fossem os meus olhos a ver. Se soubesse que isso iria acontecer, jamais o deixaria ter ido para Portugal!”.

Mikhail não queria regressar pobre à terra-natal, a sua casa na vila de Etulia estava em ruínas e não tinha onde viver, sublinha o jornal. 

3 comentários:

Manuel Goncalves disse...

So falta acrescentarem que o homem era um santo, um santo que nao teve hesitacoes de matar um jovem GNR, um santo que matou um animal, um santo que ate tinha acesso a material explosivo como granadas, este e o retrato da imigracao em Portugal, prostituicao, trafico de drogas, roubos e agora ate ja fazem massacres o melhor mesmo era correr com todos os que nao estao em Portugal para outra coisa que nao seja trabalhar.

Sérgio disse...

Eu questiono-me se alguma vez necessitámos de imigrantes. Os Africanos já nos dão muitos problemas
e agora aparecem casos com imigrantes de Leste.
Com esta crise económica,desemprego etc,porque mantemos cá os imigrantes?
Não faz sentido!

Pippo disse...

Pelo que li, JM, o jovem "apenas" tinha pertencido às Spetznaz, por isso sabia "umas coisas" acerca de armas.
Também li que estava desempregado e que tinha uma filha (?) a quem queria ver antes de morrer da tal doença grava que o estava a matar, mas como estava desempregado, procurou arranjar dinheiro da forma mais fácil.

Atenção que eu não estou a justificar que foi o desespero e a situação económica pela qual ele estava a passar que justificou a sua acção violenta. Eu cá não quero ser acusado de estar aqui a "apregoar a violência", como o fazem o Mário Soares e o Papa Francisco! :o)