Não
tenho lido na imprensa portuguesa muitos pormenores sobre o carácter
e a vida de Mikhail Koja, imigrante moldavo que assassinou a tiro um
guarda da GNR num restaurante do Pinhal Novo, na sua terra natal, antes da sua vinda para Portugal.
Talvez os pormenores que cito abaixo poderão ajudar a compreender
melhor a sua personalidade.
Segundo
relata a versão moldava do diário Komsomolskaia Pravda, Mikhail foi
trabalhar para Portugal há mais de dez anos. Trabalhou na construção
civil e, às vezes, visitava a terra-natal.
“Ele
esteve aqui pela última vez há quatro anos atrás. Aparentemente
tudo estava bem com ele, tinha trabalho e dinheiro. Esteve aqui vinte
dias e regressou”, declarou o irmão, Andrei Koja.
Porém,
segundo o jornal, a vida complicou-se com a crise económica e
Mikhail viu-se obrigado a viver num automóvel. Quanto à doença
grave que o afetava, uns falam em “leucemia”, outros em
“problemas psíquicos”.
Mikhail
divorciou-se da esposa, mas esta conta pormenores curiosos. Nina
Guimuichliu relata que, há dez anos atrás, realizou com ele um
casamento fictício.
“Não
vivemos juntos. Foi um casamento fictício para eu poder ir trabalhar para a Turquia. Ele foi para Portugal e u fui para a Turquia”,
acrescenta.
Segundo
ela, Mikhail era um homem bom e calmo, mas vaidoso: “o dinheiro não
lhe ficava muito tempo nos bolsos. Gostava de oferecer. Alguns juntam
dinheiro para uma casa, para um carro, querem alguma coisa. Ele não
era assim! Ele não sonhava constituir família, ter filhos. Quando falavamos por telefone, eu perguntava sempre: "Então, casaste-te?". E ele respondia: "Para quê?"
Mas
os conterrâneos não acreditam que ele se tenha transformado num
assassino.
“Era
um bom rapaz. Falava pouco, era de poucas palavras. Gostava muito de
mulheres, gostava muito de se divertir”, declarou Mikhail Pantchev,
que frequentou com ele a mesma escola.
O
irmão do alegado assassino, Andrei Koja, também se recusa a
acreditar no que aconteceu: “Não acreditaria que Mikhail foi capaz
disso, mesmo que fossem os meus olhos a ver. Se soubesse que isso
iria acontecer, jamais o deixaria ter ido para Portugal!”.
Mikhail
não queria regressar pobre à terra-natal, a sua casa na vila de
Etulia estava em ruínas e não tinha onde viver, sublinha o jornal.
3 comentários:
So falta acrescentarem que o homem era um santo, um santo que nao teve hesitacoes de matar um jovem GNR, um santo que matou um animal, um santo que ate tinha acesso a material explosivo como granadas, este e o retrato da imigracao em Portugal, prostituicao, trafico de drogas, roubos e agora ate ja fazem massacres o melhor mesmo era correr com todos os que nao estao em Portugal para outra coisa que nao seja trabalhar.
Eu questiono-me se alguma vez necessitámos de imigrantes. Os Africanos já nos dão muitos problemas
e agora aparecem casos com imigrantes de Leste.
Com esta crise económica,desemprego etc,porque mantemos cá os imigrantes?
Não faz sentido!
Pelo que li, JM, o jovem "apenas" tinha pertencido às Spetznaz, por isso sabia "umas coisas" acerca de armas.
Também li que estava desempregado e que tinha uma filha (?) a quem queria ver antes de morrer da tal doença grava que o estava a matar, mas como estava desempregado, procurou arranjar dinheiro da forma mais fácil.
Atenção que eu não estou a justificar que foi o desespero e a situação económica pela qual ele estava a passar que justificou a sua acção violenta. Eu cá não quero ser acusado de estar aqui a "apregoar a violência", como o fazem o Mário Soares e o Papa Francisco! :o)
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