Nelson
Mandela considerou que a União Soviética foi dos países que mais lutou pela sua
libertação da prisão e pelo fim do apartheid, mas o líder da África do Sul
acabou por não poder visitar esse país que, entretanto, desapareceu.
Quando
saiu da prisão em Fevereiro de 1990, George Bush, Presidente norte-americano,
foi o primeiro chefe de Estado a felicitá-lo pela libertação. O Presidente
soviético, Mikhail Gorbatchev, apenas fez isso dois dias depois.
Depois
de Mandela ser libertado, o líder da luta contra o apartheid recebeu numerosos
convites para visitar países estrangeiros, mas respondia que só apenas após a sua
visita à União Soviética.
A
visita foi marcada para junho de 1990, a pedido de Mandela, mas acabou por não
se realizar, porque, nessa altura, Mikhail Gorbatchov, então Presidente da
URSS, foi visitar os Estados Unidos para se encontrar com George Bush, não
tendo sido marcada uma nova data para o encontro de duas grandes figuras
históricas: o vencedor da luta contra o apartheid e o destruidor do comunismo.
Durante
essa visita, Mandela deveria receber o Prémio de Lénine para a Paz, que lhe
fora atribuído pelos dirigentes comunistas soviéticos em 1989.
Em
Agosto de 1991, a União Soviética caiu e o dirigente sul-africano acabou por
não visitar o país que mais admirava pelo apoio que lhe fora concedido a nível
internacional.
Nelson
Mandela acabou por visitar Moscovo em Abril de 1999, um mês antes de abandonar
o cargo de Presidente da
África
do Sul. Visitou o Mausoléu de Vladimir Lénine, primeiro dirigente da União
Soviética, mas não recebeu o Prémio homónimo. Este acabou por lhe ser entregue,
já na era Vladimir Putin, na embaixada da Federação da Rússia na África do Sul.
Nessa
cerimónia, o laureado declarou: ”Estou profundamente sensibilizado pela
possibilidade de finalmente receber o Prémio Lénine. A ajuda da União Soviética
e de outros países socialistas destacou-se particularmente no contexto do apoio
internacional à nossa luta… O mundo mudou desde então, mas isso não significa
que podemos negar a importância dessa ajuda ou esconder o nosso enorme
reconhecimento desses países”.
“E,
hoje, quando recebemos o Prémio Lénine, devemos acordar em nós o espírito
leninista de mudar completamente os nossos métodos de atividade na busca do que
serve melhor os interesses das massas”, concluiu.
5 comentários:
Desconhecia este facto ( ele nunca lá ter ido e ter intenção de )
um herói não morre :)
Poise e so veem o lado ruin da urss mas na verdade fez muitas coisas boas aquela velha estoria
Matar mais de 40 milhões de pessoas, por razões anti democráticas; o equivalente aproximadamente a 4 Hitlers é um mérito do caraças mikarlrc ribeirocardoso. E ainda se dizem os comunistas o partido do povo, pelo povo... tenham mas é juízo e cresçam.
Anónimo das 16:17
Pode mostrar essa contabilidade por parcelas.
Tenho dois grandes prazeres.
Esmagar patifes e desacreditar mentirosos.
Está enganado.
Quem mais ajudou o ANC e a SWAPO foi a Líbia de Kadhafi.
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