Parece que
não me enganei quando em, posts anteriores, escrevi que a situação
na Ucrânia se iria agravar logo após a partida de Kiev dos
ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros da OSCE, que
estiveram reunidos a 5 e 6 de dezembro na capital ucraniana.
Hoje, várias
centenas de milhares de pessoas voltaram a sair para a Praça da
Independência para exigir a demissão do governo de Mikola Azarov, a
realização de eleições presidenciais e parlamentares antecipadas
e a assinatura do Acordo de Parceria com a União Europeia.
Os discursos
radicalizam-se tanto do lado dos manifestantes pró-europeus, como da
parte das autoridades ucranianas, colocando a situação num limiar
muito perigoso.
Vitali
Klitchko, antigo campeão do mundo de boxe na categoria de pesos
pesados e dirigente do Partido “UDAR” (GOLPE) apresentou essas
reivindicações, mas apelou a que tudo seja feito por via pacífica,
considerando qualquer ato de violência uma provocação.
A filha de
Iulia Timochenko, antiga primeira-ministra ucraniana, leu uma
mensagem enviada pela mãe onde esta incita a oposição a não
dialogar com o poder, considerando que o diálogo só será possível
“quando forem anunciadas eleições presidenciais e parlamentares
antecipadas”.
Após a
gigantesca manifestação, os participantes começaram a dispersar em
várias direções a fim de continuarem a bloquear os edifícios do
conselho de ministros e da presidência. Levantaram novas ou
reforçaram barricadas anteriormente erguidas, pois receita ser
desalojados por forças policiais durante a noite.
Um grupo de
manifestantes, alguns deles encapuçados, dirigiram-se para um
monumento a Vladimir Lénine, primeiro dirigente comunista da União
Soviética e símbolo da aproximação da Ucrânia à Rússia, e
derrubaram-no do pedestal, tendo depois partido aos pedaços.
Num
comunicado, o Ministério do Interior da Ucrânia ameaça com
processos-crime aqueles manifestantes que bloquearem as ruas do
centro de Kiev. Pelo seu lado, o Serviço de Segurança da Ucrânia
começou as investigações para determinar “ações ilegais de
alguns políticos com vista à tomada do poder de Estado”.
A situação
política continua a agudizar-se perigosamente na Ucrânia. Moscovo
fala em “abrandamento dos protestos” dos pró-europeus e a União
Europeia envia a baronesa Catherine Ashton a Kiev para tentar
estabelecer o diálogo. Chegará a tempo?
Derrube do monumento a Lénine: http://www.youtube.com/watch?v=oaoJSsfEuCs#t=11
Смотрите оригинал материала наhttp://www.interfax.ru/world/txt.asp?id=345614
2 comentários:
Os Ucranianos querem viajar até ao Ocidente como cidadãos "livres" para mendigar nas ruas? Já por cá há muitos, mulheres sobretudo, que se tornaram famosas porque a troco de 5 contos faziam as delícias dos portugueses mais frustrados. Também há muitas licenciadas que trabalham em cabeleireiros e em supermercados do Pingo Doce, enfim para miséria já basta a nossa sem contar ainda com todos os outros em especial os romenos que chegaram com a boca cheia de dentes de ouro do tempo do famigerado Ceausescu, o que escandalizava muita gente e que talvez por via disso passaram a arrancar os dentes e hoje apresentam-se todos algo desdentados e sem brilho e tal como os romenos passem a conspurcam as casas cujas 3 primeiras rendas são pagas pelas Câmaras Municipais com fundos da CEE, quiçá da Alemanha, só que depois não pagam mais nada e assim vão destruindo tudo por onde passam quais hordas de gente sem respeito pelos locais nem pelas pessoas. Não é contudo essa a consciência ucraniana de raiz.
Perguntava Putin: O ocidente não tem já búlgaros e romenos que bastem e agora quer mais os ucranianos? Ou será a infra-estrutura industrial ucraniana de raiz ainda soviética fazendo dela actualmente a maior economia do mundo que é cobiçada como mercado e que para isso nem que seja necessário incitar o povo destruir o mausoléu de Lenine? Nada estranha porque na segunda guerra mundial havia ucranianos a disparar para qualquer lado e muitos chegaram a alinhar com o invasor exército nazi contra os próprios irmãos integrados no exército soviético.
Zé de Rilhafoles
Nunca chegará a tempo, porque a situação não é uma questão de diálogo, mas sim uma questão económica.
A Rússia apresenta uma conta para pagar, a UE tem que decidir se quer ser o fiador da Ucrânia.
Não vai. Vamos ter muita conversa de democracia mas não vamos ver a UE avançar com rios de dinheiro, especialmente nesta altura que a UE atravessa uma série crise económica, com vários países em dificuldade.
O problema aqui não será entre entre o governo e a oposição, mas sim se existe gente suficiente de ambos os lados que decidam impedir que a outra parte avance com os seus desejos.
Está tudo nas mãos dos Ucranianos, a UE e a Rússia vão ter que esperar pelo o que estes decidem.
Decidam e assumam as consequências dos actos.
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