Texto traduzido e enviado pelo leitor Dmytro Yatsyuk
"O alegado “anti-semitismo ucraniano”, tão caro às forças anti-ucranianas e anti-Maydan, é analisado ao pormenor pelo Aleksandr Roytburd, judeu ucraniano, jornalista, intelectual e apoiante da Maydan.
por: Aleksandr Roytburd
tradução: Dmytro Yatsyuk, jornalista e blogueiro
Tal como anunciei anteriormente, eis o meu texto sobre os meus sentimentos judaicos de Maydan. Não tenho nenhum sentimento judaico sobre a Maydan. Eu, claro, sinto me judeu na Maydan, mas também sinto me judeu na praia de Havai, e na praça Vermelha, e no museu «The Metropolitan Museum of Art», e na rua «Privoz» em Odessa.
Não sinto na Maydan nenhuma ameaça adicional por causa do meu judaísmo. Alguns judeus profissionais hoje em dia tentam começar a campanha na imprensa internacional sobre o “anti-semitismo da Maydan”. Minha avaliação como perito: anti-semitismo não existe na Maydan, anti-semitas lá, com certeza existem, mas eles existem não apenas na Maydan. Eles existem em todo o lado: na praia de Havai, e na praça Vermelha, e no museu «The Metropolitan Museum of Art», e na rua «Privoz» em Odessa.
Os maiores medos do “Maydan anti-semita” congelam as almas dos judeus ex-russos de Brooklyn, que são informados sobre o “anti-semitismo total dos ucranianos” nas páginas do FB pelo adorador fogoso da ideia imperial russa e hater da America que vive em Murmansk. Eis todos os factos deles.
Na realidade, durante (os primeiros 60 dias da Maydan), onde permanentemente estão milhares de pessoas, nenhuma vez eu senti o anti-semitismo, enquanto da imprensa e dos outros sei sobre 4 (quatro) incidentes. Tendo em conta que eu de propósito pedi todos os meus amigos me informar sobre este tipo de factos.
1. Intervenção de uma louca poetisa anti-semita, esqueci o apelido, ela apareceu no palco no início, quando existia o MICROFONE LIVRE e desde então não foi permitida mais de intervir. Pelo contrário, do palco (da Maydan) discursaram diversos judeus: (Yosyp) Zisels (vice-presidente do Congresso das Comunidades Nacionais da Ucrânia, defensor dos direitos humanos e ativista judaico), e (jornalista) Vitaly Portnikov e outros e até eu. E Pushkin Klezmer Bandapresentou o seu programa e recebeu diversas salvas de palmas da “Maydan anti-semita”.
2. Vertep com «judeu». A personagem tradicional das festas natalinas da Ucrânia Ocidental. Alguns ucranianos, por exemplo, o reitor da Universidade Católica de Lviv, padre Borys Gudziak propõem abolir essa personagem. O povo não quer. Eu não vejo nada de mal nisso. Colocando a mão sobre a nossa consciência,será que a personagem de gói é sempre positiva no folclore judaico? Mas nos conseguimos separar as nossas tradições folclorísticas da tolerância atual? Porque não reconhecer o mesmo direito aos ucranianos?
3. Incidente na Câmara Municipal de Kyiv, quando um dos membros do «Liberdade» não gostou da quipá do operador de TV. Iniciou-se a troca de palavras, as escaramuças foram evitadas, um alto dirigente do VO Svoboda pediu desculpas ao visado.
4. Alguém escreveu a palavra “judeu” no panfleto com imagem do (Mykola) Azarov. A palavra foi imediatamente apagada.
E foi tudo!!! Tudo, durante nove semanas!!! Que questões poderão ser levantadas mais? À quem? À um milhão de pessoas na Maydan, ao VO Liberdade pelo qual não sinto muito amor, ao parcialmente enigmático “Setor da Direita”? À quem?
Claro, existe o facto de ataque contra os judeus ao lado da sinagoga de Podil (baixa de Kyiv). Eu vivo à 200 metros da sinagoga e não vi nas imediações nenhuns ativistas da Maydan. “Os nacionalistas terríveis” têm mais coisas à fazer do que ir à caça aos estudantes de yeshivá. “Berkut” dispara contra eles, usa os canhões de água durante as temperaturas negativas, espanca com os bastões de plástico. Será que eles sentirão a necessidade de ir para outro lado da cidade para bater os judeus se os há bastantes na própria Maydan. Por exemplo eu, tenho os traços fisionómicos muito mais judaicos do que o recém-convertido ao judaísmo, vítima dos pogromshik desconhecidos.
Pelo contrário, existem centenas, milhares de testemunhos dos judeus, que estão na Maydan sobre o sentimento de unidade e fraternidade no local. Não quero seguir a tonalidade das cartas dos judeus soviéticos que escreviam ao CC do PCUS condenando o militarismo israelita, mas porque as pessoas, que alegadamente representam os nossos interesses judaicos não perguntaram a nossa opinião judia?
Eu acredito que as questões das relações internacionais serão esclarecidas após a vitória. Serão eliminadas meias-verdades e ofensas recíprocas. Embora, talvez mesmo assim irão persistir os anti-semitas, mas é impossível sem eles... Mas hoje a questão das relações ucraniano – judaicos não está na ordem do dia na Maydan. E quem a tenta criar, baseado em nada, ou é um idiota ou é provocador.
Agora, o anti-semitismo do “Berkut” me preocupa muito mais. Pois o Estado que não é capaz de oferecer um projeto apreciável ao seu povo, tradicionalmente compensa a sua ausência com a ideologia defensiva. E essa pressupõe obrigatoriamente a imagem do inimigo. Qual foi o inimigo que durante séculos mostrou a sua efetividade? Pois é.
Pessoalmente para mim, nesta confrontação é escolha é obvia. Quando decorre a guerra do bem contra o mal, eu estou ao lado do bem. A minha ética judaica exige isso. Alias, é por isso a maioria dos judeus ucranianos hoje estão neste lado e nenhumas operações propagandistas especiais irão mudar este quadro.
Blogueiro
Imagino que o episódio de quipá irá alegrar os corações anti-VO Liberdade. Apenas queria lembrar o caso do “Avante” e dos “Protocolos dos sábios de Sião”. O órgão oficial do PCP publicou o artigo baseado na obra anti-semita e falsa, o Secretário-geral do PCP defendeu o autor da calúnia anti-semita com “unhas e dentes”. Até agora nunca ouvi nenhuma acusação séria de anti-semitismo contra o PCP..."
5 comentários:
Portanto, temos vários incidentes, todos eles prontamente camuflados para a imprensa.
Membros que ocupam o parlamento são abertamente anti-semitas mas tudo é muito "ush-ush" para sossegar os ânimos (e os blogs).
Em plena manifestaçõe e PROcesso de Golpe de Estado em Curso, "alguém" ataca uma sinagoga.
Mas a culpa toda é da Berkut. Certo.
E o que este apoiante dos golpistas nos diz é verdade porque ele diz a verdade.
Já um outro ucraniano, igualmente judeu, nos diz uma verdade algo diferente:
http://www.haaretz.com/jewish-world/jewish-world-news/1.575732
PS - Ataques a judeus nas manifestações pro-Rússia na Crimeia:
- Não há nada a relatar.
1) Sinagoga ucraniana atacada: http://www.israelnationalnews.com/News/News.aspx/177828#.Uw8wkZgZlN0
2) Dois ataques a judeus reportados em Kiev, no espaço de uma semana: http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4478340,00.html
3) O líder do "Sector de Direita" a declarar os judeus como seus inimigos: http://rt.com/news/ukraine-right-sector-militants-210/
4) O forte passado anti-semita dos ascendentes políticos dos grupos envolvidos neste golpe: http://darussia.blogspot.pt/2014/02/potencias-ocidentais-apoiam-golpe.html
(Que bandeiras vermelhas e negras são aquelas que estão sempre a aparecer - e que servem até de símbolo ao mencionado "Sector de Direita"?)
Mas, outra coisa...
A referência ao PCP, no último parágrafo... É do texto original, ou foi acrescentada pelo autor deste blogue?
São o máximo, estes novos "democratas...
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/poland/10665186/Polish-MEP-arrested-for-shouting-Heil-Hitler-in-airport.html
5) Rabino ucraniano aconselha judeus a sair da Ucrânia: http://www.jta.org/2014/02/23/news-opinion/israel-middle-east/jewish-agency-offers-emergency-help-to-ukraines-jewish-community
O Fernando Negro, finalmente assume-se como militante do sionismo internacionalista.
Estes "Truth Seekers" de meia tigela há quer cuidado com eles.
Muitos são pagos pelos judeus Rotschilds, Soros e outros.
Quando começam a espumar com a velha táctica de chamar "Nazis" e "Fascistas" a tudo o que mexe já sabemos do que se trata.
São aquilo que nós chamamo chamamos "Fake Truth Seekers".
Pertencem a essa seita de desinformadores gajos tipo Alex Jones, David Icke, Daniel Estulin etc.
É malta que lambe a bota ao parasita universal e á banca internacional.
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