sábado, março 28, 2015

Chechénia propõe fornecimento de armas ao México


O dia 1 de Abril está próximo, mas o caso é sério de mais para brincadeiras. Os dirigentes da Chechénia, república da Federação da Rússia, ameaçam fornecer armas ao México para reconquistar aos Estados Unidos a Califórnia, Iowa, Arizona, etc.

A decisão de armar os separatistas pró-mexicanos, que já foi aprovada pelo Parlamento da Chechénia, entrará em vigor se os Estados Unidos fornecerem material de guerra letal à Ucrânia.
O Kremlin tentou desvalorizar aquela decisão, frisando que os membros da Federação da Rússia não têm direito de vender ou fornecer armas.
Essas declarações não podiam ter sido acordadas com Moscovo... pois isso é impossível segundo a nossa legislação actual”, comentou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
Porém, Dukuvakha Abdurakhmanov, presidente do Parlamento tchetcheno, volta a insistir na proposta a despeito da opinião do Kremlin: “A República da Chechénia não pode fazer isso, mas nós planeamos, através da Duma Estatal e do Conselho da Federação, fazer o que o Congresso dos EUA fez ao Presidente [americano]. Ninguém nos retirou esse direito enquanto membro da Federação da Rússia”.
Escusado será dizer que os deputados chechenos não podiam tomar semelhante decisão sem a autorização do líder checheno Ramzan Kadirov, que se afirma disposto fazer tudo o que Vladimir Putin quiser.
Os deputados chechenos, na ânsia de agradar ao seu líder, não ficam atrás dos seus colegas da Duma e do Conselho da Federação (câmaras alta e baixa) da Rússia em relação ao Presidente Putin.
Uma das últimas decisões dos membros da Duma foi pedir às autoridades que abram um processo crime contra Jennifer Psaki, porta-voz da Casa Branca, pois ela utilizou o termo “anexação” em relação à Crimeia, o que constitui um um ataque à “integridade territorial” da Rússia, o que actualmente é punido por lei neste país.
Este tipo de decisões que, no caso da Duma Estatal, já deram azo ao aparecimento de numerosas anedotas, mostram que se trata de órgãos de poder completamente controlados pelo Kremlin e onde será impossível chamar oposição aos deputados comunistas, liberal-democráticos e russos justos.
Além disso, esse tipo de “discussões” visam desviar a atenção das pessoas dos problemas reais, tendo o mesmo objectivo a “ideologia conservadora” que Putin tenta injectar na opinião pública russa.
Uma das teses fulcrais é de que Moscovo é o centro da “conservação” dos verdadeiros valores europeus, enquanto que a Europa Ocidental e os Estados Unidos estão cada vez mais afogados na decadência e no pecado.
Outra das bandeiras é o combate contra o renascimento do nazismo na Europa, tese cada vez mais acentuada à medida que se vão aproximando as celebrações dos 70º aniversário da Segunda Guerra. Alguns “antifascistas” russos já se lembraram de dar início a uma campanha com vista a enviar “postais de felicitações pela vitória” à chanceler alemã Angela Merkel, por esta se ter recusado a visitar Moscovo a 9 de Maio, quando Putin tenciona organizar mais uma grande parada militar.
Porém, o porta-voz do Kremlin recusou-se a comentar a realização de um congresso internacional de “forças conservadoras” em São Petersburgo. Isso porque esse congresso, onde participaram conhecidos dirigentes neonazis vindos da Alemanha, Bulgária, Grécia e Itália, manifestou o seu apoio à política externa anti-ocidental do Presidente Putin, incluindo a “anexação da Crimeia”.



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