Numa conferência internacional realizada na Rússia: "Mundo em que iremos viver: estabilidade e desenvolvimento no séc. XXI", o Presidente Vladimir Putin prometeu que o seu país não será o primeiro a utilizar armas atómicas, mas, se for atacado com elas, o povo russo morrerá como mártir e irá para o paraíso, enquanto os agressores "simplesmente morrerão".
Falando em nome de todo um povo, ele afirmou: "Nós nada tememos. Um país com um território destes, pronto a dar a vida pela Pátria". Em caso de ataque nuclear, "o agressor deve saber que a vingança será inevitável, que será esmagado. Nós, como vítimas da agressão, seremos mártires e entraremos no paraíso, enquanto que eles simplesmente morrerão, porque não terão tempo de se arrepender".
"Excelente" forma de ganhar a vida eterna! Se calhar, nem Deus teria pensado em semelhante coisa!
Se eu fosse cidadão russo e como só um pouco mais jovem do que Putin, diria: "não tenho pressa em ir para o paraíso, muito menos dessa forma, e, como respeito os mais adultos, dar-lhe-ia prioridade: "Senhor Presidente, passe para a frente!".
Nos discursos de Vladimir Putin são cada vez mais frequentes ideias religiosas, até escatológicas. Não sei se tal se deve à confusão reinante no seio das igrejas ortodoxas, ou ao facto de ele se sentir cada vez mais o senhor dos destinos do seu povo e da humanidade.
Alguns dos comentadores até admitiram a possibilidade de Putin ter entrado em campos tão teológicos depois de alguns cálices de vodka.
Deixo aqui alguns comentários de leitores sobre este "princípio" na política externa:
"Ainda recentemente, Putin, prometia à nação ultrapassar a Europa e agora garante a entrada no paraíso só depois de um ataque aéreo".
"A partir de agora, as anedotas começarão assim: um russo entra no paraíso e encontra o Presidente Putin".
"Só falta prometer as 72 virgens".
Ainda há dúvidas no que respeita à rápida degradação da elite política a nível mundial?
2 comentários:
Efetivamente. Como diria um nosso ex-presidente: "tempos difíceis".
Efetivamente. Como diria um nosso ex-presidente: "tempos difíceis".
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