Igor Guiorgadzé, antigo ministro da Segurança Estatal (KGB) da Geórgia, apareceu a dar uma conferência em Moscovo a fim de prometer derrubar o actual Presidente georgiano, Mikhail Saakachvili através de uma "revolução de ortigas".
Na Geórgia, Guiorgadzé foi acusado de ter organizado um atentado contra o antigo Presidente do país, Eduard Chevarnadzé, em 1995 e existe um mandado de captura internacional emitido pela Interpol. Porém, reside em Moscovo e a Rússia recusa-o a entregar.
"Não peço à Rússia nem cidadania, nem refúgio. Basta-me estar na Rússia e que os órgãos de segurança russa não me persigam a pedido das autoridades georgianas" - declarou Guiorgadzé numa conferência de imprensa em Moscovo, acrescentando que prefere ficar na Rússia, porque "ela fica mais perto da Geórgia".
Guiordazé afirmou também: "iremos realizar uma política de esclarecimento para conseguir o resultado final, e o resultado é claro: as actuais autoridades da Geórgia não podem continuar a levá-la para o precipício", concluindo que "se o poder não cumpre a vontade do povo e não realiza eleições parlamentares e presidenciais antecipadas, conseguiremos isso da mesma forma que o fez a "revolução das rosas"". A "revolução das rosas" afastou do poder Eduard Chevarnadzé e abriu caminho a Mikhail Saakachvili para a presidência do país.
Guiorgadzé não é o único indivíduo procurado pela justiça internacional que Moscovo não entrega. O Kremlin recusa-se a entregar ao Tribunal Penal de Haia para a antiga Jugoslávia Dragan Zelenovic, acusado de crimes graves na Bósnia, bem como Arkadi Gaidamak, homem de negócios russo de origem judaica cuja extradição para França é exigida pela Interpol.
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