
Mikhail Kalachnikov, o engenheiro que criou a metralhadora mais famosa do mundo "AK" (abreviatura russa de Metralhadora Kalachnikov), vai enviar uma carta às Nações Unidas para protestar contra a falsificação da arma por ele inventada. Segundo ele, sempre que vai ao estrangeiro para participar em feiras internacionais de armamento, "encontro imitações chinesas, búlgaras ou polacas da Kalachnikov. Ultimamente, o mundo está cheio de cópias piratas que não muito diferentes da minha pistola automática. Eles não conseguem reproduzi-la de forma exacta. O aço e a tecnologia são diferentes... São modelos muito inferiores aos russos".
O famoso engenheiro sublinha que a Rússia é o único país que actualmente fabrica legalmente as metralhadoras Kalachnikov e garante a sua qualidade. "É necessário que o comércio das armas seja civilizado" - sublinha Mikhail Kalachnikov, acrescentando que irá pedir às Nações Unidas "a proibição de imitações ilegais que são produzidas ilegalmente em mais de uma dezena de países".
"Não conseguem reproduzí-lo da forma exacta . O aço e a tecnologia são distintas...São modelos muito piores que os russos.” - conclui o famoso engenheiro
A Rosoboronexport, empresa pública que monopoliza a exportação de armamentos russos, calculou que a Rússia perde, anualmente, quase dois milhões de dólares devido à venda de cópias piratas das metralhadoras Kalachnikov, que representam mais de 80% do mercado global de armas de infantaria.
Não obstante, Moscovo conseguiu, nos últimos tempos, encomendas significativas da metralhadora que até se vê representada na bandeira de vários países africanos, nomeadamente de Moçambique. O regime venezuelano de Hugo Chavez encomendou, recentemente, cem mil metralhadoras Kalachnikov, que as autoridades americanas receiam que irão parar às mãos de vários grupos guerrilheiros e terroristas da América Latina.
Mikhail Timofeievitch Kalachnikov nasceu em 1919 numa família de camponeses da aldeia de Kuria (República de Altai) e vive e trabalha em Ijevsk, nos Urais. Ingressou no Exército Vermelho aos 19 anos e foi estudar para Kiev (capital da Ucrânia) para uma escola especializada na construção de tanques. No seu próprio blindado, foi ferido na batalha de Briansk (1941), que visava travar a ofensiva alemã rumo a Moscovo. No hospital, teve a ideia de criar uma arma de assalto pequena, segura e rápida que, fabricada depois da Segunda Guerra Mundial, receberia o nome de Avtomat Kalachnikova (AK 47). Segundo cálculos aproximados, já foram vendidas entre 50 e 75 milhões de unidades no mundo.
Mais recentemente, o engenheiro Kalachnikov deu o seu apelido a uma marca de vodka, outro conhecido produto russo de exportação.
4 comentários:
Para mim, um blog não é um jornal e estou muito interessado em saber o que pensa e diz o José Milhazes. Se quero algo factual leio qualquer jornal nacional como diz Arima.
Os blogs têm de ser um espaço de liberdade e quem está a tentar "dirigir" ou a "formatar" a liberdade deste blog é Manuel Lopes e Zedocirco ... se calhar à boa maneira soviética.
Respondendo a alguns comentários:
- Nem sempre quem tem mais votos ganha: tudo depende do sistema eleitoral de cada país.
- Mais vale decidir eleições nos Tribunais em vez de partir para guerras cívis: o que passou nos EUA com a 1ª eleição de Bush apenas mostra que na America se acredita e o sistema judicial funciona.
- etc...
Caro Zedocirco,
Sem querer ser como o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa que tal ler também um pouco de Jean-François Revel? Só para desenjoar de tantos autores de esquerda que com toda a certeza deve ler.
o que eu estava procurando, obrigado
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