Victor Pavluk, autor do assassinato do estudante peruano Enrique Arturo Angeles Hurtado, apunhalado na cidade russa de Voronej o ano passado, foi declaro culpado e vai passar 16 anos numa prisão de alta segurança. Os juízes consideraram que se tratou de "um assassinato agravado por ódio racial" e a pesada sentença visa travar este tipo de crimes.
No julgamento, presidido por três juízes e que começou no passado mês de Abril, conseguiu-se provar a maioria das acusações feitas pelo Ministério Público da Rússia, que tinha pedido 18 anos de prisão para o assassino do estudante peruano. Também foram foram julgados mais doze jovens implicados no homicídio, onze dos quais foram condenados a penas entre dois e sete anos, enquanto que apenas um foi absolvido.
Enrique Angeles, outro estudante peruano e um espanhol foram atacados por um grupo de jovens numa zona central de Voronej, cidade situada a 500 quilómetros a Sul de Moscovo em Outubro de 2005. A vítima não resistiu aos ferimentos graves e acabou por falecer no hospital, enquanto os seus dois companheiros estiveram internados várias semanas em centros médicos.
O tribunal condenou os réus a pagarem aos pais do estudante assassinado 500 mil rublos (cerca de 15 mil euros), enquanto que eles tinham exigido ao Estado russo uma indmnenização de 3 milhões de euros por "danos morais e materiais"
Segundo as organizações de direitos humanos, os estrangeiros residentes na Rússia transformaram-se ultimamente em alvos de ataque de grupos extremistas, que canalizam o seu ódio racial contra africanos, asiáticos e latino-americanos. Este ano, as autoridades policiais russas registaram o assassinato de 29 estrangeiros e 208 ficaram feridos em ataques perpretados por cabeças rapadas e militantes de grupos neonazis.
Na Segunda-feira passada, três estudantes russos detonaram uma potente bomba num mercado de Moscovo, que causou onze mortos, oito dos quais estrangeiros, e cerca de 50 feridos. Os autores do ataque foram rapidamente detidos e confessaram, segundo informou o Ministério Público, que escolheram aquele mercado para explodir a bomba porque aí havia "demasiados asiáticos".
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