O general Vladimir Pronin, chefe da polícia de Moscovo, afirmou que os três detidos pela explosão do passado dia 21 num concorrido mercado da capital russa, que causou onze mortos e dezenas de feridos, estão implicados em pelo menos mais oito atentados.
"Conversei com os três detidos. Como mínimo colocaram mais oito bombas em Moscovo e nos arredores da capital" - declarou Pronin numa conferência de imprensa. O general acrescentou que os detidos são estudantes universitários que estudaram como fabricar explosivos e sublinhou que "não são nenhuns anjinhos".
Os estudantes Ilia Tikhomirov, Oleg Kostirev, ambos de 20 anos, e Valeri Jukovtsov, de 18 anos são acusados de assassinato agravado de duas ou mais pessoas por motivos racistas, pelo que poderão ser condenados a 18 anos de cadeia ou prisão perpétua. Segundo o Ministério Público da Rússia, os detidos confessaram que puseram a bomba no Mercado Tcherkizov, a Noroeste da capital do país, porque aí havia "demasiados asiáticos". Vladimir Pronin acrescentou que os três presumíveis terroristas pertencem a "um dos grupos nacionalistas de tendência de esquerda que se encontram referenciados pela polícia de Moscovo".
"Este trio participou em acções contra gays" - concluiu o general Pronin.
O artefacto explosivo caseiro utilizado no atentado realizado no Mercado Tcherkizov tinha uma potência equivalente a 1,5 quilos de trotil.
Tikhomirov e Kostirev foram detidos por comerciantes e clientes do mercado que os viram fugir um pouco antes da explosão, enquanto que Jukovtsov foi capturado pela polícia umas horas mais tarde.
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