domingo, setembro 17, 2006

História de um “conflito congelado”


O afastamento de Transdniestre em relação à Moldávia começou ainda na época soviética, no final dos anos 80 do séc. XX.
O território, que até 1940 fez parte da Ucrânia no seio da URSS, depois de consumar-se a anexação das regiões romenas da Bessarábia e Bukovina, formou com elas a República Socialista Soviética da Moldávia (RSSM), constituindo a sua parte mais desenvolvida. Em 1990, produzia 40% do PIB e 90% da energia eléctrica da Moldávia.
A declaração do moldavo como única lingual estatal, a proclamação da ilegalidade da ocupação das regiões romenas e da formação da RSSM, e a declaração da independência pelo Parlamento moldavo em 1991 desencadearam forte resistência na Transdniestre, cuja população se sentiu ameaçada perante uma hipotética reunificação com a Roménia.
Esses receios foram aproveitados tanto pelos dirigentes soviéticos locais, que, primeiro, impulsionaram a proclamação da autonomia e, depois, a independência, como pelas autoridades de Moscovo, com o objectivo de não deixar escapar a Moldávia.
Em 1992, o conflito entre Transdniestre e Moldávia degenerou em guerra, que terminou graças à intervenção do 14º Exército russo. Esta força militar mantém-se instalada na região e constitui a protecção do regime separatista.
A Organização para a Cooperação e a Segurança na Europa envolveu-se na solução do conflito, mas sem êxito, tal como tem acontecido noutras regiões do antigo espaço soviético.

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