Emomali Rakhmonov, Presidente do Tadjiquistão, proibiu os funcionários do seu país de portarem dentes de ouro. Segundo a agência "Novvi reguion", semelhante decisão foi tomada depois do dirigente tadjique ter visitado uma escola média.
"Os professores queixam-se de que têm salários baixos, mas têm dentes de ouro. Como é que os representantes das organizações internacionais poderão acreditar na vossa pobreza se a boca do professor está repleta de ouro? Isso não faz parte nem da nossa cultura, nem da nossa tradição" - declarou Rakhmonov, que presentemente faz campanha eleitoral com vista a ser eleito pela terceira vez Presidente do Tadjiquistão, antiga república soviética da Ásia Central.
O dirigente tadjique encarregou o seu ministro da Educação, Abdudjabor Rakhmonov, de levar à prática essa orientação. O conselheiro do Ministério da Educação, Zamon Alifbekov, considera que esta inovação dirá respeito, antes de tudo, aos professores jovens, pois só apenas 10% dos actuais mestres têm ouro na boca.
O Presidente Rakhmonov aconselhou todos os funcionários públicos a substituírem os dentes de ouro. Porém, a máquina do Estado tadjique ficará paralizada se forem despedidos todos os funcionários com dentes de ouro. No Tadjiquistão, segundo a tradição, tudo o que brilha, incluindo os dentes, é um símbolo de prosperidade.
Saparmurat Niazov, Presidente vitalício da Turcoménia, república vizinha do Tadjiquistão, já havia lançado uma campanha semelhante em 2004. Num encontro com os estudantes de uma das universidades do país, transmitido pela televisão, o "pai de todos os turcomenos", como gosta de ser chamado Niazov, declarou: " Quando eu era jovem, gostava de observar cães. Atiravam-lhes ossos, que eles roíam. Eles não faziam isso porque tinham fome. Neles há cálcio, um pouco de fluorina. Não vos quero ofender. Quanto mais duros forem os alimentos, mais fortes serão os dentes. Quem já perdeu os dentes é porque não roeu ossos. Eis o meu conselho".
1 comentário:
Caro leitor, os dentes de ouro eram e são um símbolo de prestígio em muitos lugares da antiga União Soviética. Na parte europeia, passou a ser menos frequente, mas na Ásia continua. O Tadjiquistão está longe de ser uma democracia. Por isso mesmo o Presidente se recandidata a um terceiro mandato de sete anos. Já pode fazer ideia de há quantos anos ele está no poder. Cumprimentos
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