Dmitri Medvedev, vice-primeiro ministro do Governo russo e um dos mais fortes candidatos à sucessão de Vladimir Putin no cargo de Presidente da Rússia em 2008, anunciou, no Forum Mundial de Davos, que o seu país, até finais de 2007,ultrapassará a Arábia Saudita e ocuparará o primeiro lugar no mundo quanto à extracção de petróleo, conservará a primazia também na extracção de gás natural e o quarto na produção de energia eléctrica.
Mais cedo, nos próximos dois anos, a Rússia ultrpassará, quanto ao Produto Interno Bruto, países como Itália, França e Grã-Bretanha, ocupando o sexto lugar no mundo.
Medvedev declarou também, numa alusão clara às relações com os países vizinhos, que a Rússia deixou de fornecer gás em “condições favoráveis”. “Não haverá mais gás grátis para ninguém” – sublinhou o vice-primeiro-ministro russo, e acrescentou: “sendo parte da economia europeia e mundial, a Rússia deve optar as regras vigentes na Europa e em todo o mundo”.
Ao abordar a actual situação económica no país, Dmitri Medvedev assinalou que “a Rússia de hoje é um país completamente diferente”, especificando que “desde 2000 que o PIB cresceu 60%, ou quase 7% ao ano”, “o salário médio mensal já ultrapassou os 400 dólares”, “a inflação já é inferior a 9%” e “a dívida é inferior a 20% do PIB”.
Medvedev tornou públicas as suas posições sobre o papel do Estado na direcção da economia e sobre os princípios da democracia na Rússia.
“O papel do Estado na economia deve ser utilitário e pragmático. Se a sua participação não é indispensável, o Estado não deve participar nesses processos” – precisou um dos mais populares políticos russos, e acrescentou: “Hoje, construímos novos institutos baseados nos princípios fundamentais da democracia plena. Uma democracia sem mais definições desnecessárias. Uma democracia eficaz, fundamentada nos princípios da economia de mercado, da supremacia da lei e do controlo do poder por parte da sociedade”.
Segundo as mais recentes sondagens do Levada-Tsentr, Dmitri Medvedev ocupa o primeiro lugar nas “simpatias presidenciais” dos russos com 14%, seguido do dirigente comunista Guennadi Ziuganov, com 9%. Outro possível candidato do Kremlin, o ministro da Defesa, Serguei Ivanov, aparece em quarto lugar com 6% das intenções de voto.
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