A visita do Presidente da Venezuela à Rússia fez reanimar muitos sentimentos já esquecidos na política e nas relações entre estadistas. Moscovo parece ter regressado aos velhos tempos da União Soviética, quando um Secretário-geral do Partido Comunista recebia um dirigente de Estado de um país de "orientação socialista".
Iúri Lujkov, Presidente da Câmara de Moscovo e, por mera coincidência, marido da mulher mais rica da Rússia, ultrapassou Chávez nas críticas ao "imperialismo norte-americano". Guennadi Ziuganov, secretário-geral do Partido Comunista da Rússia e produtor de mais um dos ramos do nacional-socialismo, estava radiante em poder mergulhar nos bons velhos tempos do socialismo desenvolvido.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, não convidou, desta vez, o seu homólogo para o Kremlin, pois, no início do de Julho, o senhor do Kremlin terá de se encontrar com George Bush e não convinha dar muita importância a este hóspede incómodo. Putin e Chávez jantaram na casa de campo do primeiro, nos arredores de Moscovo.
Mesmo assim, o dirigente venezuelano não conseguiu conter as emoções face a tanta hospitalidade: "Obrigado, Presidente. Obrigado, irmão. Na realidade, a visita começou de forma muito bonita. Obrigado pelo teu convite. Esta é já a quinta visita: como tudo mudou aqui!".
É de assinalar que estas declarações foram feitas antes do jantar.
Só faltaram aqueles "célebres" ósculos do passado. Lembram-se?
Iúri Lujkov, Presidente da Câmara de Moscovo e, por mera coincidência, marido da mulher mais rica da Rússia, ultrapassou Chávez nas críticas ao "imperialismo norte-americano". Guennadi Ziuganov, secretário-geral do Partido Comunista da Rússia e produtor de mais um dos ramos do nacional-socialismo, estava radiante em poder mergulhar nos bons velhos tempos do socialismo desenvolvido.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, não convidou, desta vez, o seu homólogo para o Kremlin, pois, no início do de Julho, o senhor do Kremlin terá de se encontrar com George Bush e não convinha dar muita importância a este hóspede incómodo. Putin e Chávez jantaram na casa de campo do primeiro, nos arredores de Moscovo.
Mesmo assim, o dirigente venezuelano não conseguiu conter as emoções face a tanta hospitalidade: "Obrigado, Presidente. Obrigado, irmão. Na realidade, a visita começou de forma muito bonita. Obrigado pelo teu convite. Esta é já a quinta visita: como tudo mudou aqui!".
É de assinalar que estas declarações foram feitas antes do jantar.
Só faltaram aqueles "célebres" ósculos do passado. Lembram-se?
7 comentários:
Você tem pouca credibilidade, e talvez não fosse má idéia escrever com melhor português. Mas isso é narealidade defeito do Público, que deveria escolher melhor os seus jornalistas, ou deverei dizer pseudo-jornalistas?
Leitor Francisco, eu já há muito que não sou jornalista do Público. Quanto ao resto, a opinião é sua. Faça melhor, é só o que lhe desejo
Gostaria aqui de contestar a opinião do leitor Francisco. Para mim, que vivi na União Soviética 8 anos durante o período socialista e outros 6 anos durante a presidência de Putin, o José Milhazes tem bastante credibilidade. Ele conhece a fundo a história da Rússia e a actualidade russa, bem como (o que é mais difícil para a maioria das pessoas), a mentalidade russa, que é muito diferente da ocidental. Quando leio os seus posts e, também conhecendo a realidade de que fala, é-me difícil discordar de alguma coisa, tal é o equilíbrio e o rigor dos seus artigos, especialmente os que escreve para a Lusa. É natural que no blogue expresse as suas opiniões pessoais mas só quem não conhece a clima de intolerância e de asfixia política que se vive actualmente na Rússia pode indignar-se com o que escreve. Neste caso, a ironia em relação visita de Chávez parece-me plenamente justificada. Quem lê a imprensa russa sabe que também é este o tom da maioria dos artigos sobre o presidente venezuelano. Um outro bom exemplo é o tema do post seguinte deste blogue, sobre a proibição do cantor Danilko. Mais uma vez, o José Milhazes mostrou, num tema aparentemente de fait-divers, o clima de intimidação e de deriva autoritária que se verifica na sociedade russa para, centralizadamente, se proibirem concertos de um cantor. Só quem conheceu o que é viver num regime de ditadura e o que é viver depois em liberdade pode dar valor a estas coisas.
O que não existe neste post é equilíbrio, existe sim um claro preconceito político contra Chavéz. Quanto ao rigor, numa posição onde não há equilíbrio, o rigor não deve ser muito.
Muito preconceito, isso sim existe nestes comentários.
Num blogue o rigor não é o mais importante, os seus objectivos são outros. Referia-me aos artigos que o José Milhazes escreve para a agência Lusa, acessíveis nomeadamente no Diário Digital.
Neste espaço existe liberdade de opinião, o que já não se passa na pátria de Chavez, como se viu pelo recente encerramento compulsivo de uma estação de televisão privada.
Num blogue não tem que haver rigor, os seus objectivos são outros. Referia-me aos artigos que o José Milhazes escreve para a agência Lusa, acessíveis nomeadamente no jornal electrónico Diário Digital.
Neste espaço há liberdade de opinião, o que já não se passa na pátria de Chávez, como se viu pelo encerramento compulsivo de uma televisão privada.
Caro leitor ou leitora que assina com o pseudónimo de Almada, se você estivesse na Rússia e acompanhasse, como eu, a visita de Chávez a Moscovo, concluiria que os meus posts sobre o dirigente venezuelano são muito equilibrados.
Vou publicar mais um para fazer a ideia do ambiente reinante.
Mas critique sempre, as críticas serão bem recebidas, bem como os elogios também. Daí um enviar um grande abraço à Cristina que por aqui passou.
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