Voltei a lembrar-me da pequena Xénia, aquela menina que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras quer deportar para a Rússia com a mãe prostituta e alcoólica e o pai alcoólico (ver postagem: "Mais uma orfã a juntar aos 700 mil da Rússia), quando estava a ver uma reportagem sobre o negócio com órfãos, transmitida pelo canal televisivo público russo "Rossia".
Antes de passar propriamente ao assunto, quero sublinhar apenas que este canal televisivo é de todo controlado pelo Kremlin e nada tem a haver com opositores ou críticos de Vladimir Putin. Por isso, é insuspeitado de pretender denegrir a imagem do país.
Em muitas regiões da Rússia, a exportação de órfãos para o estrangeiro é uma autêntica árvore das patacas.
Segundo testemunhos citados na reportagem, quando uma família russa quer adoptar uma criança, é-lhe dito que ela sofre de doenças terríveis, para que desista. Aos estrangeiros encobrem as doenças das crianças a adoptar para que eles não as recusem.
Um caso concreto contado na reportagem. Uma família americana pagou 28 mil dólares (pouco mais de 20 mil euros) por um menino russo que se encontrava num orfanato da cidade de Perm, perto dos Urais.
Quando o vieram buscar, disseram-lhes que a criança estava de saúde (embora estivesse gravemente enferma), receberam a citada importância e entregaram o bebé, que faleceu nas mãos dos novos pais no quarto do hotel, ainda antes de eles partirem de Perm.
Quando o director do orfanato tomou conhecimento do facto, veio propôr outra criança, mas a família americana, horrorizada, abandonou imediatamente a Rússia.
Dependendo do estado da criança a adoptar, ela pode custar de 100 mil rublos (três mil euros) até um milhão (trinta mil euros).
Deixo apenas aqui uma pergunta ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras: é para este meio que querem enviar a Xénia? Não será melhor deixá-la em Barcelos?
Antes de passar propriamente ao assunto, quero sublinhar apenas que este canal televisivo é de todo controlado pelo Kremlin e nada tem a haver com opositores ou críticos de Vladimir Putin. Por isso, é insuspeitado de pretender denegrir a imagem do país.
Em muitas regiões da Rússia, a exportação de órfãos para o estrangeiro é uma autêntica árvore das patacas.
Segundo testemunhos citados na reportagem, quando uma família russa quer adoptar uma criança, é-lhe dito que ela sofre de doenças terríveis, para que desista. Aos estrangeiros encobrem as doenças das crianças a adoptar para que eles não as recusem.
Um caso concreto contado na reportagem. Uma família americana pagou 28 mil dólares (pouco mais de 20 mil euros) por um menino russo que se encontrava num orfanato da cidade de Perm, perto dos Urais.
Quando o vieram buscar, disseram-lhes que a criança estava de saúde (embora estivesse gravemente enferma), receberam a citada importância e entregaram o bebé, que faleceu nas mãos dos novos pais no quarto do hotel, ainda antes de eles partirem de Perm.
Quando o director do orfanato tomou conhecimento do facto, veio propôr outra criança, mas a família americana, horrorizada, abandonou imediatamente a Rússia.
Dependendo do estado da criança a adoptar, ela pode custar de 100 mil rublos (três mil euros) até um milhão (trinta mil euros).
Deixo apenas aqui uma pergunta ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras: é para este meio que querem enviar a Xénia? Não será melhor deixá-la em Barcelos?
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2 comentários:
Para esta situação não devemos esquecer o papel de Gorbatchov e de Ieltsin na entrega, de mãos beijadas, da maior parte da riqueza russa aos testas de ferro dos Rockfellers e quejandos.
A fundação Gorbatchov vai bem de saúde?
Caro leitor, está profundamente enganado se pensa que Gorbatchov e Ieltsin são os culpados de todas as desgraças da Rússia. Você não imagina o que se passava nos orfanatos soviéticos, onde estavam centenas de milhar de crianças.
Espero que não explique com isso a extradição de uma criança de quatro anos.
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