O advogado de um dos detidos por suspeita de ter participado no assassinato da jornalista Anna Politkovskaia declarou que o seu cliente foi alvo de agressões para confessar a autoria do crime.
“Como se conclui das palavras do meu cliente, para arrancar dele a confissão, os agentes da polícia agrediram-no com uma garrafa na cabeça. E diziam ao mesmo tempo: ainda te vamos passar a ferro”, declarou o advogado Murad Mussaev, em declarações ao diário Kommersant.
Os parentes de Anna Politkovskaia declaram-se surpreendidos com as revelações do Procurador-Geral da Rússia, Iúri Tchaika, que ontem anunciou a detenção de dez suspeitos do assassinato da jornalista e declarou que os mandantes do crime estão fora do país, dando assim a entender que Boris Berezovski, oligarca russo refugiado em Londres, poderá ser um dos organizadores do assassínio.
“Não pomos em dúvida os resultados da investigação feita. Foi feito um enorme trabalho em todos os sentidos” – declarou Ilia Politkovski, filho da jornalista, mas acrescenta: “Foram revelados apelidos concretos. Considero que isso é uma violação do segredo de justiça e pode influenciar de forma negativa as investigações. As pessoas poderão esconder-se”.
Quanto à afirmação de que os mandantes do crime se encontram no estrangeiro, Ilia Politkovski frisou: “Isso não passa de uma das versões possíveis, que estão actualmente a ser analisadas”.
Receando que o Kremlin transforme esta investigação em mais um trunfo eleitoral, Dmitri Muratov, redactor-chefe do semanário “Novaya Gazeta”, onde trabalhava Politkovskaia, anunciou que os colegas da jornalista vão continuar a realizar “a sua investigação paralela”. “Pelos vistos, as nossas avaliações irão ser diferentes das avaliações políticas da Procuradoria-Geral” – concluiu Muratov.
Anna Politkovskaia, forte crítica do regime do Presidente Putin e jornalista de investigação, foi assassinada a 06 de Outubro do ano passado junto do prédio onde residia em Moscovo.
“Como se conclui das palavras do meu cliente, para arrancar dele a confissão, os agentes da polícia agrediram-no com uma garrafa na cabeça. E diziam ao mesmo tempo: ainda te vamos passar a ferro”, declarou o advogado Murad Mussaev, em declarações ao diário Kommersant.
Os parentes de Anna Politkovskaia declaram-se surpreendidos com as revelações do Procurador-Geral da Rússia, Iúri Tchaika, que ontem anunciou a detenção de dez suspeitos do assassinato da jornalista e declarou que os mandantes do crime estão fora do país, dando assim a entender que Boris Berezovski, oligarca russo refugiado em Londres, poderá ser um dos organizadores do assassínio.
“Não pomos em dúvida os resultados da investigação feita. Foi feito um enorme trabalho em todos os sentidos” – declarou Ilia Politkovski, filho da jornalista, mas acrescenta: “Foram revelados apelidos concretos. Considero que isso é uma violação do segredo de justiça e pode influenciar de forma negativa as investigações. As pessoas poderão esconder-se”.
Quanto à afirmação de que os mandantes do crime se encontram no estrangeiro, Ilia Politkovski frisou: “Isso não passa de uma das versões possíveis, que estão actualmente a ser analisadas”.
Receando que o Kremlin transforme esta investigação em mais um trunfo eleitoral, Dmitri Muratov, redactor-chefe do semanário “Novaya Gazeta”, onde trabalhava Politkovskaia, anunciou que os colegas da jornalista vão continuar a realizar “a sua investigação paralela”. “Pelos vistos, as nossas avaliações irão ser diferentes das avaliações políticas da Procuradoria-Geral” – concluiu Muratov.
Anna Politkovskaia, forte crítica do regime do Presidente Putin e jornalista de investigação, foi assassinada a 06 de Outubro do ano passado junto do prédio onde residia em Moscovo.
2 comentários:
Tortura é uma prática corriqueira quando se trata de serviços de inteligência de vários países.
Cai exatamente no conceito de uncommon warfare.
Porém o governo Russo já anunciou que a ordem do assassinato veio de fora da Rússia e insinuou que foi uma magnata que mora na Europa.
Estou curioso para saber sobre essa manobra política do Kremlin e a repercursão da mesma.
ótimo post.
Abraços
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