A organização não governamental russa Memorial publicou hoje, em versão electrónica, os nomes de dois milhões e seiscentas mil vítimas das repressões na União Soviética.
Segundo a Lei da Reabilitação, cerca de doze milhões e quinhentas mil pessoas foram vítimas de repressões entre 1917 e 1991, ou seja, durante a vigência do regime comunista na URSS.
“A nossa tarefa consiste em restabelecer os seus nomes” – declarou Arseni Roguinski, presidente da Memorial.
Na cerimónia da apresentação da versão electrónica da lista de reprimidos, Roguinski precisou que entre 4,5 e 5,2 mil de reprimidos eram pessoas que foram detidas pela polícia de segurança, julgadas e condenadas.
Porém, sete milhões eram pessoas que foram deportadas sem qualquer tipo de julgamento: camponeses no período da colectivização (1929-1935), povos reprimidos e deportados depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Vladimir Lukin, comissário para os direitos humanos na Rússia, sublinhou que a apresentação desta lista ocorre na véspera do dia das vítimas das repressões políticas, que se celebra na sexta-feira, e “no ano em que se assinala o 70º aniversário do ponto mais alta das repressões políticas na União Soviética, que ocorreu em 1937”.
“Foi o ponto culminante. As repressões duraram os anos e décadas do regime soviético e tornaram-se um dos acontecimentos mais trágicos, terríveis e dramáticos da nossa história” – continuou.
Segundo Lukin, “é necessário e absolutamente obrigatório recordar essas páginas, para que as novas gerações não comecem a partir do zero, porque aumentará significativamente o perigo de voltar a cair no mesmo precipício, na mesma catástrofe”. A publicação desta lista é um sinal de respeito pela memória das pessoas que foram vítimas do terrorismo de Estado” – concluiu.
Segundo a Lei da Reabilitação, cerca de doze milhões e quinhentas mil pessoas foram vítimas de repressões entre 1917 e 1991, ou seja, durante a vigência do regime comunista na URSS.
“A nossa tarefa consiste em restabelecer os seus nomes” – declarou Arseni Roguinski, presidente da Memorial.
Na cerimónia da apresentação da versão electrónica da lista de reprimidos, Roguinski precisou que entre 4,5 e 5,2 mil de reprimidos eram pessoas que foram detidas pela polícia de segurança, julgadas e condenadas.
Porém, sete milhões eram pessoas que foram deportadas sem qualquer tipo de julgamento: camponeses no período da colectivização (1929-1935), povos reprimidos e deportados depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Vladimir Lukin, comissário para os direitos humanos na Rússia, sublinhou que a apresentação desta lista ocorre na véspera do dia das vítimas das repressões políticas, que se celebra na sexta-feira, e “no ano em que se assinala o 70º aniversário do ponto mais alta das repressões políticas na União Soviética, que ocorreu em 1937”.
“Foi o ponto culminante. As repressões duraram os anos e décadas do regime soviético e tornaram-se um dos acontecimentos mais trágicos, terríveis e dramáticos da nossa história” – continuou.
Segundo Lukin, “é necessário e absolutamente obrigatório recordar essas páginas, para que as novas gerações não comecem a partir do zero, porque aumentará significativamente o perigo de voltar a cair no mesmo precipício, na mesma catástrofe”. A publicação desta lista é um sinal de respeito pela memória das pessoas que foram vítimas do terrorismo de Estado” – concluiu.
9 comentários:
Trabalho louvável o da Memorial. De todos os judeus vítimas do nazismo conhecemos, se quisermos, os nomes (já em relação aos ciganos...); também as vítimas do comunismo devem ser imortalizadas. Espero que seja ainda possível fazer um levantamento exaustivo para que os números não pequem por defeito. Ao mesmo tempo, faz-me impressão pensar naqueles que agora, neste momento, sofrem os horrores dos gulags na Coreia do Norte e na China, assim como a indiferença do resto do Mundo.
Os verdadeiros heróis são as vítimas, não os seus algozes.
Já agora: quando queimam a múmia da Praça Vermelha?
Pedro,
Não foram "apenas" judeus e ciganos as vítimas do nazismo. Houve mais que a História teima em omitir.
Não esquecer o genocídio cometido na Croácia por ustashas.
Cumprimentos.
Rudolf Höss - o comandante do campo de concentração de Auschwitz era fluente em inglês mas fraco em aritmética
.
oh ,amigos tem de ler o livro (arkipelago de gulak )e ai viam o ke sao as ditaduras sovieticas
Caro Joaquim:
Tem toda a razão quando afirma que não foram só judeus e ciganos. Também homossexuais, polacos, euro-africanos, foram vítimas da paranóia nazi. Apenas me lembrei, quando referia a existência de listas exaustivas com a identificação das vítimas judaicas do holocausto, que o mesmo não acontece quando se trata de outros povos que passaram pelo mesmo, citando o exemplo dos ciganos. Fico contente que este levantamento das vítimas do comunismo esteja sendo feito, apenas lamento que nem todos possam ter o mesmo tratamento, o que, de certa forma, lhes reporia alguma justiça. Veja-se como isso foi sentido há poucos dias pelos arménios americanos, quando o Congresso dos EUA admitiu o genocídio de 1915.
Um abraço e obrigado.
Costuma-se dizer que pela «boca morre o peixe», e, aqui está um exemplo de que este ditado popular muitas vezes tem a sua razão de ser.
Senão vejamos: Pedro Ribeiro está muito preocupado com as vítimas do comunismo, mas, ao mesmo tempo quer queimar, repito, queimar, o corpo de Lénine.
Porquê queimar?… porque não sugere, no mínimo, enterrar, já que segundo notícias publicadas, um número bastante alto de russos, segundo julgo ter lido, mais de 70%, estão de acordo em manter o monumento erigido na Praça Vermelha, onde é homenageado o líder da Revolução de Outubro.
Só não esclarece… se esse queimar seria tipo «fogueira da inquisição» ou no forno tipo «campo de concentrarção» ou, outra versão mais moderna, tipo «Abu Graib».
E, depois, acusam os outros de antidemocratas…
Um abraço para todos…
António:
Queimar, que é o mesmo que incinerar ou cremar, é um dos métodos mais usados no mundo inteiro para dar um destino aos cadáveres. Várias religiões preconizam a incineração e mesmo a católica, por motivos práticos (falta de espaço nos cemitérios urbanos), admite essa prática como não sendo contrária aos princípios da fé. Pela sua reacção adivinho que, ou o António é membro da Igreja Romana, ou foi educado dentro dos preceitos desta Igreja. Não tem, no entanto, com que se preocupar tendo em vista a informação que presto acerca da posição da Igreja Católica em relação à incineração (Instr. do Santo Ofício, 1963; cf. CDC 1176 § 3).
A favor da cremação da múmia de Lenine acresce ainda o fraco índice de biodegradabilidade que normalmente os cadáveres embalsamados apresentam.
Finalmente, lembro que a Inquisição não queimava cadáveres e que também não é isso o que de mais acontece em Abu Ghraib, senão, veja-se.
Correcção ao último parágrafo do comentário anterior:
Onde se lê "não é isso o que de mais acontece em Abu Ghraib", deve ler-se, "não é isso o que de mais grave acontece em Abu Ghraib".
Pedro Ribeiro
Embora a palavra tenha origem na latim «cremare», não é comum na nossa linguagem, usar o termo «queimar» para referir o acto de incinerar ou cremar um cadáver, de que, aliás, sou adepto.
O resto do palavreado serve para «encher chouriços», tentando esconder o sol com uma peneira…
Enviar um comentário