Mais de quinhentos delegados de 82 regiões da Rússia criaram hoje um movimento que visa fazer com que Vladimir Putin continue a ser o “líder nacional” da Rússia depois de abandonar a presidência do país em Março de 2008.
O congresso constituinte do movimento “Por Putin” ocorreu na cidade de Tver (160 km a Norte de Moscovo) a duas semanas das legislativas de 02 de Dezembro, que o Presidente russo, simultaneamente cabeça de lista do partido Rússia Unida, considerou um plebiscito à sua política.
“Hoje, as pessoas trouxeram 30 milhões de assinaturas de apoio a Putin. Isto são vários “camiões” – declarou o advogado Pavel Astakhov, um dos organizadores do congresso.
Ele assinalou que os membros do novo movimento, que tem o apoio de 70 por cento da população, consideram Putin um líder nacional.
“Não importa quem irá ser Putin depois de 2008: dirigente do partido do poder, presidente do parlamento, primeiro-ministro. O principal é que ele seja líder do país” – considera Astakhov.
Segundo ele, na declaração aprovada pelo congresso, os seus participantes sublinharam que o próprio Putin definirá o lugar que irá ocupar.
“O poder que não precisa de apoio é um mau poder, porque ele se afastou do povo” – frisou o advogado, mas sublinhou que não se trata do culto da personalidade.
“Não é preciso procurar baratas onde não as há. O culto da personalidade é quando atribuem a um homem méritos como o nascer do Sol. Mas quando um homem é simples, responde pelas suas palavras, não se pode falar de culto da personalidade” – concluiu Astakhov.
A sala do Teatro de Arte Dramática de Tver, onde se realizou o congresso, estava decorada com um enorme pano tricolor (com as cores da bandeira russa: vermelho, branco e azul).
Os organizadores do movimento “Por Putin” garantiram que a sua iniciativa foi espontânea e partiu de cidadãos, de organizações de veteranos de guerra, de jovens e de homens de negócios.
“Este movimento formou-se, em grande parte, espontaneamente, não é dirigido” – declarou Irina Blokhin, funcionária de Tver, citada pela Interfax.
Os partidos e imprensa da oposição russa acusam, porém, o Kremlin de ter estado por detrás da criação de este movimento de apoio a Putin, a fim de tentar mostrar que o Presidente goza do apoio da esmagadora maioria da população.
Vladimir Putin anunciou que abandonará o Kremlin em 2008, mas conservaria influência política, sem precisar qual. Ele poderá tornar-se Primeiro-ministro ou dirigir a maioria parlamentar na nova Duma Estatal.
Alguns políticos sugerem que Putin pode abandonar o Kremlin antecipadamente, tornar-se deputado e, depois, candidatar-se ao cargo de Presidente em Março de 2008. Porém, isso exige muita “ginástica constitucional”.
Na Rússia, ninguém duvida que o Partido Rússia Unida irá conquistar a maioria absoluta dos assentos na Duma Estatal, mas resta saber como é que o Presidente Putin continuará a influir nos destinos do país depois de abandonar a Presidência.
O congresso constituinte do movimento “Por Putin” ocorreu na cidade de Tver (160 km a Norte de Moscovo) a duas semanas das legislativas de 02 de Dezembro, que o Presidente russo, simultaneamente cabeça de lista do partido Rússia Unida, considerou um plebiscito à sua política.
“Hoje, as pessoas trouxeram 30 milhões de assinaturas de apoio a Putin. Isto são vários “camiões” – declarou o advogado Pavel Astakhov, um dos organizadores do congresso.
Ele assinalou que os membros do novo movimento, que tem o apoio de 70 por cento da população, consideram Putin um líder nacional.
“Não importa quem irá ser Putin depois de 2008: dirigente do partido do poder, presidente do parlamento, primeiro-ministro. O principal é que ele seja líder do país” – considera Astakhov.
Segundo ele, na declaração aprovada pelo congresso, os seus participantes sublinharam que o próprio Putin definirá o lugar que irá ocupar.
“O poder que não precisa de apoio é um mau poder, porque ele se afastou do povo” – frisou o advogado, mas sublinhou que não se trata do culto da personalidade.
“Não é preciso procurar baratas onde não as há. O culto da personalidade é quando atribuem a um homem méritos como o nascer do Sol. Mas quando um homem é simples, responde pelas suas palavras, não se pode falar de culto da personalidade” – concluiu Astakhov.
A sala do Teatro de Arte Dramática de Tver, onde se realizou o congresso, estava decorada com um enorme pano tricolor (com as cores da bandeira russa: vermelho, branco e azul).
Os organizadores do movimento “Por Putin” garantiram que a sua iniciativa foi espontânea e partiu de cidadãos, de organizações de veteranos de guerra, de jovens e de homens de negócios.
“Este movimento formou-se, em grande parte, espontaneamente, não é dirigido” – declarou Irina Blokhin, funcionária de Tver, citada pela Interfax.
Os partidos e imprensa da oposição russa acusam, porém, o Kremlin de ter estado por detrás da criação de este movimento de apoio a Putin, a fim de tentar mostrar que o Presidente goza do apoio da esmagadora maioria da população.
Vladimir Putin anunciou que abandonará o Kremlin em 2008, mas conservaria influência política, sem precisar qual. Ele poderá tornar-se Primeiro-ministro ou dirigir a maioria parlamentar na nova Duma Estatal.
Alguns políticos sugerem que Putin pode abandonar o Kremlin antecipadamente, tornar-se deputado e, depois, candidatar-se ao cargo de Presidente em Março de 2008. Porém, isso exige muita “ginástica constitucional”.
Na Rússia, ninguém duvida que o Partido Rússia Unida irá conquistar a maioria absoluta dos assentos na Duma Estatal, mas resta saber como é que o Presidente Putin continuará a influir nos destinos do país depois de abandonar a Presidência.
2 comentários:
Espero que não se importe, mas antes de mais gostaria de lhe fazer uma pergunta.
Putin sempre quis ser 'czar' ou foi empurrado para isso?
Parece que 'o longo e frio inverno' russo veio de novo pra ficar.
andré
Caro André, só o futuro dirá. Como sabe, eu sou jornalista, mas não bruxo. Putin terá de definir de que forma irá influir na política do seu país depois de abandonar a Presidência da Rússia. Quando definir, poderá responder à sua pergunta. Seria importante que a Constituição do país fosse respeitada, isso faria aumentar o respeito para com o Presidente russo, mas...
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