Garri Kasparov, antigo campeão do mundo de xadrez e dirigente da Frente Cívica Unida, anunciou que a sua luta pelo cargo de Presidente da Rússia nas eleições de 02 de Março de 2008 vai “terminar ainda antes de começar”.
“A minha campanha presidencial terminará amanhã, porque, em toda a cidade de Moscovo, não há uma sala para poder realizar a reunião do meu grupo de iniciativa” – declarou Kasparov hoje, numa reunião do Congresso Cívico da Rússia, organização que reúne grupos de defesa de direitos humanos.
Segundo a lei eleitoral, os candidatos a Presidente da Rússia devem realizar reuniões dos seus “grupo de iniciativa”, ou seja, o grupo de cidadãos que apresenta a sua candidatura. A iniciativa deve ser comunicada à Comissão Eleitoral Central da Rússia cinco dias antes da sua realização e esse prazo termina amanhã.
Realizada esta fase, se o candidato não tiver o apoio de um partido ou mais representados na Duma Estatal (câmara baixa) do Parlamento russo, deve depois reunir dois milhões de assinaturas de votantes para que a Comissão Eleitoral Central da Rússia inscreva o seu nome no boletim de voto.
O “grupo de iniciativa” de Kasparov tinha uma reunião marcada na sala de cinema “Mir”, em Moscovo, para o próximo dia 13, tendo o candidato já feito o pagamento pelo aluguer do local. Porém, ontem, a gerência da sala reveu a sua decisão. Segundo Marina Litvinovitch, porta-voz do líder da oposição ao Presidente Putin, todas as tentativas de alugar um local para a realização da reunião “terminaram em recusas sem qualquer tipo de explicação”.
O sítio electrónico Kasparov. Ru informa também que a esposa e filha do antigo campeão de xadrez foram detidas no Aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, quando se preparavam para partir para o estrangeiro.
O avião em que deviam viajar partiu sem elas, porque as tropas fronteiriças alegaram que era preciso “verificar os documentos” e “apurar circunstâncias”. Garri Kasparov é o primeiro candidato a Presidente a ter de desistir dessa intenção devido às dificuldades criadas pelas autoridades russas.
Não compreendo o que leva as autoridades russas a comportar-se assim. Por um lado, o Kremlin não se cansa de afirmar que Kasparov e companhia não gozam de popularidade entre a população russa.
As sondagens parecem dar razão ao Kremlin e, além disso, não considero que Kasparov, com uma costela judia e outra arménia, tenha hipóteses de ser eleito Presidente da Rússia, pelo menos nos tempos mais próximos.
Por outro lado, as autoridades tomam as medidas mais ridículas para travar a política da oposição, a tal que "não presta para nada".
Alguns analistas pró-Kremlin consideram que isso acontece não por vontade de Putin ou da sua corte, mas devido ao "excesso de zelo" de funcionários públicos de nível mais baixo. Justificação velha e gasta. A culpa nunca é do czar...
Mas será que a razão de semelhantes é mesmo o medo de perder o poder?
“A minha campanha presidencial terminará amanhã, porque, em toda a cidade de Moscovo, não há uma sala para poder realizar a reunião do meu grupo de iniciativa” – declarou Kasparov hoje, numa reunião do Congresso Cívico da Rússia, organização que reúne grupos de defesa de direitos humanos.
Segundo a lei eleitoral, os candidatos a Presidente da Rússia devem realizar reuniões dos seus “grupo de iniciativa”, ou seja, o grupo de cidadãos que apresenta a sua candidatura. A iniciativa deve ser comunicada à Comissão Eleitoral Central da Rússia cinco dias antes da sua realização e esse prazo termina amanhã.
Realizada esta fase, se o candidato não tiver o apoio de um partido ou mais representados na Duma Estatal (câmara baixa) do Parlamento russo, deve depois reunir dois milhões de assinaturas de votantes para que a Comissão Eleitoral Central da Rússia inscreva o seu nome no boletim de voto.
O “grupo de iniciativa” de Kasparov tinha uma reunião marcada na sala de cinema “Mir”, em Moscovo, para o próximo dia 13, tendo o candidato já feito o pagamento pelo aluguer do local. Porém, ontem, a gerência da sala reveu a sua decisão. Segundo Marina Litvinovitch, porta-voz do líder da oposição ao Presidente Putin, todas as tentativas de alugar um local para a realização da reunião “terminaram em recusas sem qualquer tipo de explicação”.
O sítio electrónico Kasparov. Ru informa também que a esposa e filha do antigo campeão de xadrez foram detidas no Aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, quando se preparavam para partir para o estrangeiro.
O avião em que deviam viajar partiu sem elas, porque as tropas fronteiriças alegaram que era preciso “verificar os documentos” e “apurar circunstâncias”. Garri Kasparov é o primeiro candidato a Presidente a ter de desistir dessa intenção devido às dificuldades criadas pelas autoridades russas.
Não compreendo o que leva as autoridades russas a comportar-se assim. Por um lado, o Kremlin não se cansa de afirmar que Kasparov e companhia não gozam de popularidade entre a população russa.
As sondagens parecem dar razão ao Kremlin e, além disso, não considero que Kasparov, com uma costela judia e outra arménia, tenha hipóteses de ser eleito Presidente da Rússia, pelo menos nos tempos mais próximos.
Por outro lado, as autoridades tomam as medidas mais ridículas para travar a política da oposição, a tal que "não presta para nada".
Alguns analistas pró-Kremlin consideram que isso acontece não por vontade de Putin ou da sua corte, mas devido ao "excesso de zelo" de funcionários públicos de nível mais baixo. Justificação velha e gasta. A culpa nunca é do czar...
Mas será que a razão de semelhantes é mesmo o medo de perder o poder?
Sem comentários:
Enviar um comentário