Mistérios do Sindicato dos Jornalistas

Esta postagem não tem nada a ver com a Rússia, nem com os países, mas tem, de algum modo, a ver com o autor do blogue.
Hoje, li no Jornal de Notícias que o conhecido jornalista Baptista-Bastos abandonou o Sindicato dos Jornalistas.
"O Sindicato ignorou o que se passou com o meu processo", acusa.
"Apesar de o assunto se ter tornado suficientemente público, não se pronunciou". O caso remonta a uma crónica publicada em Julho de 2005, no Jornal de Negócios, onde o jornalista se insurgia contra Alberto João Jardim", por este se ter manifestado avesso à presença de chineses e indianos no arquipélago. O presidente do Governo Regional instaurou-lhe um processo judicial por se ter sentido lesado na sua honra".
Algo de semelhante aconteceu comigo aquando do conflito laboral com a TSF, que ainda não chegou ao fim.
Eu não pedi apoio jurídico ao sindicato porque tinha advogado, o Dr. João Antunes Milagre, que tem feito um excelente trabalho. Mas, quando fui despedido, falei por telefone com um dos dirigentes do sindicato e foi-me prometida uma reacção pública sobre o meu caso.
Passaram-se dias, meses e anos e... nada.
Nessa altura, eu tinha em dia as minhas quotas e tinha o direito de esperar que o Sindicato dos Jornalistas saísse em minha defesa, mas em vão.
Apoio o facto de este sindicato sair em defesa dos jornalistas perseguidos, maltratados e discriminados nos mais longínquos países, mas não compreendo por que é que não pode defender os seus membros (ou alguns deles) em Portugal.
Estimado Baptista Bastos, será que não haverá outras razões para explicar o carácter selectivo do sindicato além de a sua direcção ser "constituída por burocratas"?
Eu também acredito no sindicalismo e, por isso, espero um dia vir a reatar as relações com o Sindicato dos Jornalistas. Até lá, vou-me aguentando com a solidariedade dos amigos e camaradas de profissão.