Dmitri Medvedev, quando for impossado no cargo de Presidente da Rússia no dia 07 de Maio, receberá os mesmos poderes que a Constituição do país concedia ao seu antecessor no Kremlin.
Porém, na prática, poucos são os que acreditam que Vladimir Putin deixará de ser a figura central da política russa. Nos últimos meses, Vladimir Putin, sem mexer na Lei Suprema do país, tem tomado toda uma série de medidas com vista a concentrar em si as principais alavancas do poder no país.
No dia 21 de Março, a Duma Estatal da Rússia aprovou uma lei importante: “Sobre os investimentos estrangeiros nos sectores estratégicos da economia”, onde se define quanto e onde podem investir as empresas estrangeiras.
Na primeira versão do projecto-lei, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (ex-KGB soviético) tinha a última palavra nessa matéria, mas, na véspera da sua votação, foi feita uma emenda que passa para o primeiro-ministro, ou seja, para Vladimir Putin, essa importante prerrogativa.
Em finais de Abril, Putin assinou um decreto que determina que os governadores e presidentes das regiões e repúblicas da Federação da Rússia deixam de prestar contas do seu trabalho perante o Presidente e passam a fazê-lo perante o primeiro-ministro.
Além disso, pretende transformar o aparelho do Governo num verdadeiro centro de poder ao aumentar em 500 o número de funcionários desse órgão.
O dirigente russo reforçou também o seu poder ao aceitar dirigir o Partido Rússia Unida, força política que detém a maioria constitucional na Duma Estatal (câmara baixa) do Parlamento Russo. Se o futuro Presidente decidir demitir Putin, este tem a possibilidade de alterar a Constituição com a ajuda dos deputados desse partido.
Para que não haja qualquer vazio de poder, Putin pediu que a sua candidatura ao cargo de primeiro-ministro seja votada na Duma no dia 08 de Maio.
Nesta situação, Dmitri Medvedev tem os seus movimentos muito dificultados, tanto mais que, ao contrário de Putin, o novo Presidente não tem ainda formada a sua nova equipa.
“O conflito entre Putin e Medvedev será inevitável. Fico com a impressão de que a equipa de Putin faz já grandes esforços para criar barreiras contra a crescente influência de Medvedev” – considera Lev Gudkov, conhecido sociólogo russo.
“É uma vitória da elite política que não queria e temia a saída de Putin. Esse grupo não quer mudanças. Não haverá nenhuma separação do Estado e da economia e nenhuma luta real contra a corrupção” – prevê Mark Urnov, presidente do centro analítico “Ekspertiz”.
Se assim for, alguns analistas políticos consideram que o objectivo da política do primeiro-ministro russo será o seu regresso ao Kremlin em 2012. No entanto, outros são os que prevêem a possibilidade da Rússia passar a ser dirigida por um diunvirato.
“As discussões e formas de tomadas de decisão continuarão a ser tomadas por detrás de paredes massivas e a ampla opinião pública, tal como no passado, nada saberá disso” – defende Viktor Kremeniuk, vice-director do Instituto dos Estados Unidos e Canadá da Academia das Ciências da Rússia.
Outros são os que consideram que Putin mais não pretende do que entregar o poder a Medvedev, mas gradualmente. Igor Iurguens, director do Instituto do Desenvolvimento Actual, considera que Putin continuará a ser o “número um”, mas que pretende “sinceramente” entregar o poder a Medvedev, talvez dentro de quatro anos.
Vladimir Putin prometeu, no cargo de primeiro-ministro, dedicar-se à “solução dos problemas internos” da Rússia. Se quando estava no Kremlin, os russos atribuíam os êxitos a ele e os fracassos ao Governo, depois de 07 de Maio, ele será responsável directo por tudo o que se vier a passar no país, nomeadamente, pelo cumprimento das numerosas promessas eleitorais feito pela Rússia Unida e pelo Presidente Medvedev.
No plano externo, a maioria dos analistas não prevê alterações substanciais na política da Rússia face aos grandes problemas internacionais. Medvedev continuará a política de recuperação do patriotismo e do orgulho nacional russo.
Porém, na prática, poucos são os que acreditam que Vladimir Putin deixará de ser a figura central da política russa. Nos últimos meses, Vladimir Putin, sem mexer na Lei Suprema do país, tem tomado toda uma série de medidas com vista a concentrar em si as principais alavancas do poder no país.
No dia 21 de Março, a Duma Estatal da Rússia aprovou uma lei importante: “Sobre os investimentos estrangeiros nos sectores estratégicos da economia”, onde se define quanto e onde podem investir as empresas estrangeiras.
Na primeira versão do projecto-lei, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (ex-KGB soviético) tinha a última palavra nessa matéria, mas, na véspera da sua votação, foi feita uma emenda que passa para o primeiro-ministro, ou seja, para Vladimir Putin, essa importante prerrogativa.
Em finais de Abril, Putin assinou um decreto que determina que os governadores e presidentes das regiões e repúblicas da Federação da Rússia deixam de prestar contas do seu trabalho perante o Presidente e passam a fazê-lo perante o primeiro-ministro.
Além disso, pretende transformar o aparelho do Governo num verdadeiro centro de poder ao aumentar em 500 o número de funcionários desse órgão.
O dirigente russo reforçou também o seu poder ao aceitar dirigir o Partido Rússia Unida, força política que detém a maioria constitucional na Duma Estatal (câmara baixa) do Parlamento Russo. Se o futuro Presidente decidir demitir Putin, este tem a possibilidade de alterar a Constituição com a ajuda dos deputados desse partido.
Para que não haja qualquer vazio de poder, Putin pediu que a sua candidatura ao cargo de primeiro-ministro seja votada na Duma no dia 08 de Maio.
Nesta situação, Dmitri Medvedev tem os seus movimentos muito dificultados, tanto mais que, ao contrário de Putin, o novo Presidente não tem ainda formada a sua nova equipa.
“O conflito entre Putin e Medvedev será inevitável. Fico com a impressão de que a equipa de Putin faz já grandes esforços para criar barreiras contra a crescente influência de Medvedev” – considera Lev Gudkov, conhecido sociólogo russo.
“É uma vitória da elite política que não queria e temia a saída de Putin. Esse grupo não quer mudanças. Não haverá nenhuma separação do Estado e da economia e nenhuma luta real contra a corrupção” – prevê Mark Urnov, presidente do centro analítico “Ekspertiz”.
Se assim for, alguns analistas políticos consideram que o objectivo da política do primeiro-ministro russo será o seu regresso ao Kremlin em 2012. No entanto, outros são os que prevêem a possibilidade da Rússia passar a ser dirigida por um diunvirato.
“As discussões e formas de tomadas de decisão continuarão a ser tomadas por detrás de paredes massivas e a ampla opinião pública, tal como no passado, nada saberá disso” – defende Viktor Kremeniuk, vice-director do Instituto dos Estados Unidos e Canadá da Academia das Ciências da Rússia.
Outros são os que consideram que Putin mais não pretende do que entregar o poder a Medvedev, mas gradualmente. Igor Iurguens, director do Instituto do Desenvolvimento Actual, considera que Putin continuará a ser o “número um”, mas que pretende “sinceramente” entregar o poder a Medvedev, talvez dentro de quatro anos.
Vladimir Putin prometeu, no cargo de primeiro-ministro, dedicar-se à “solução dos problemas internos” da Rússia. Se quando estava no Kremlin, os russos atribuíam os êxitos a ele e os fracassos ao Governo, depois de 07 de Maio, ele será responsável directo por tudo o que se vier a passar no país, nomeadamente, pelo cumprimento das numerosas promessas eleitorais feito pela Rússia Unida e pelo Presidente Medvedev.
No plano externo, a maioria dos analistas não prevê alterações substanciais na política da Rússia face aos grandes problemas internacionais. Medvedev continuará a política de recuperação do patriotismo e do orgulho nacional russo.
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