Mais de três milhões de georgianos participam, na quarta-feira, na eleição de 150 deputados do Parlamento da Geórgia, escrutínio que é considerado um teste à democracia nesse país do Cáucaso e, por conseguinte, à sua possibilidade de adesão à Aliança Atlântica.
A Comissão Eleitoral Central da Geórgia anunciou que os 3.463.792 eleitores inscritos irão eleger 150 deputados, 75 em círculos proporcionais e a outra metade em círculos uninominais. Nove partidos e cinco blocos eleitorais irão participar no escrutínio, mas nem todos irão superar a barreira dos cinco por cento dos votos, que permite a eleição de deputados.
No passado 14 de Maio, o diário georgiano Rezonance publicou uma sondagem que prevê a perda da maioria pelo Movimento Nacional Único, força política dirigida por Mikhail Saakachvili, Presidente da Geórgia. Segundo esse estudo, o Movimento Nacional Único conquistará, nos círculos proporcionais, 31,56 por cento dos votos, enquanto que a principal força da oposição: Oposição Unida – Direita conseguirá 33,99 por cento.
A sondagem, realizada em todo o território da Geórgia (à excepção das regiões separatistas da Abkházia e da Ossétia do Sul), coloca em terceiro lugar o Movimento Cristão Democrático com 11, 83 por cento, seguido pelo Partido Trabalhista (9,29) e o Partido Republicano (7,58 por cento).
Os restantes partidos e alianças não deverão superar a barreira dos cinco por cento: a Aliança da Direita – Topadzé – Industriais deverá conquistar 1,66 por cento, a Aliança Cristã Democrática 1,07 e a coligação Tradicionalistas – Nossa Geórgia – Partido Feminino poderá conseguir 0,97 por cento.
A sondagem prevê uma forte afluência às urnas, da ordem dos 87,2 por cento dos inscritos nos cadernos eleitorais.
Porém, uma sondagem realizada pela companhia norte-americana Greenberg Quinlan Rosner, que organizou a campanha eleitoral do movimento dirigido por Saakachvili, apresenta dados bastante diferentes. Segundo esse estudo, o Movimento Nacional Unido vencerá o escrutínio com 44 por cento dos votos, enquanto que a Oposição Unida – Direita receberá apenas 12 por cento. 16 por cento dos eleitores ainda não se definiu e os restantes votos serão dados a outros três partidos políticos. Estes resultados repetem a correlação de forças observada nas eleições presidenciais do passado 05 de Janeiro e a oposição ao Presidente Saakachvili considera que eles são fruto de “batota”.
“As eleições não devem ser apenas honestas e justas, mas também maravilhosas”, declarou Mikhail Saakachivili, acrescentando que “a sua justiça tem grande importância para a segurança nacional da Geórgia”.
“Os fracos êxitos no campo da democracia foram um elemento fulcral que os opositores da adesão da Geórgia à NATO utilizaram na Cimeira de Bucareste da NATO, entre os quais estava a Alemanha”, declarou à Lusa por telefone uma fonte diplomática em Tbilissi.
“Por isso – continua a fonte – a forma como decorrer o escrutínio de quarta-feira será muito importante em Dezembro, quando a NATO voltar à questão da adesão da Geórgia”.
As autoridades georgianas vêem na adesão à NATO um travão às “intenções expansionistas” da Rússia, que, segundo elas, pretende apoderar-se da Abkházia e Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia.
A democracia na Geórgia foi fortemente abalada pela política do Presidente Saakachvili, que, em Novembro do ano passado, recorreu à força policial brutal para combater as numerosas manifestações da oposição em Tbilissi.
Mikhail Saakachvili venceu nas presidenciais realizadas no passado 05 de Janeiro, mas a oposição falou em “falsificações”. Os observadores internacionais reconheceram a legitimidade do escrutínio, mas assinalaram numerosas insuficiências e violações da lei eleitoral.
O Conselho Nacional – Direita e outras forças da oposição sublinham que as autoridades cometeram numerosas infracções da lei durante a campanha eleitoral e que elas poderão deturpar o resultado do escrutínio.
“Nem os cartazes e faixas arrancadas, nem as sedes pilhadas, nem a aterrorização dos nossos activistas impedirão o povo de manifestar a sua opção em 21 de Maio”, declarou Mamuk Katzitadzé, candidato desse bloco.
A missão de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE/ODIHR), que se encontra na Geórgia, publicou um relatório sobre o decorrer da campanha eleitoral, onde afirma que “a missão de observadores recebeu queixas sobre ameaças, participação ilegal de funcionários públicos na campanha eleitoral e utilização indevida de recursos humanos”.
“Alguns desses factos – afirma-se no documento – foram confirmados”, mas afirmam ter recebido do Presidente e do Ministério do Interior da Geórgia “a garantia de que os funcionários públicos e polícia se iriam abster da ingerência no processo das eleições”.
“Estas eleições são um teste à democracia para a Geórgia. A nossa organização irá observar, não só o processo de votação, mas também a contagem de votos”, declarou Peter Semnebi, chefe da missão de observadores da União Europeia, depois de um encontro com dirigentes da oposição.
A Comissão Eleitoral Central da Geórgia anunciou que os 3.463.792 eleitores inscritos irão eleger 150 deputados, 75 em círculos proporcionais e a outra metade em círculos uninominais. Nove partidos e cinco blocos eleitorais irão participar no escrutínio, mas nem todos irão superar a barreira dos cinco por cento dos votos, que permite a eleição de deputados.
No passado 14 de Maio, o diário georgiano Rezonance publicou uma sondagem que prevê a perda da maioria pelo Movimento Nacional Único, força política dirigida por Mikhail Saakachvili, Presidente da Geórgia. Segundo esse estudo, o Movimento Nacional Único conquistará, nos círculos proporcionais, 31,56 por cento dos votos, enquanto que a principal força da oposição: Oposição Unida – Direita conseguirá 33,99 por cento.
A sondagem, realizada em todo o território da Geórgia (à excepção das regiões separatistas da Abkházia e da Ossétia do Sul), coloca em terceiro lugar o Movimento Cristão Democrático com 11, 83 por cento, seguido pelo Partido Trabalhista (9,29) e o Partido Republicano (7,58 por cento).
Os restantes partidos e alianças não deverão superar a barreira dos cinco por cento: a Aliança da Direita – Topadzé – Industriais deverá conquistar 1,66 por cento, a Aliança Cristã Democrática 1,07 e a coligação Tradicionalistas – Nossa Geórgia – Partido Feminino poderá conseguir 0,97 por cento.
A sondagem prevê uma forte afluência às urnas, da ordem dos 87,2 por cento dos inscritos nos cadernos eleitorais.
Porém, uma sondagem realizada pela companhia norte-americana Greenberg Quinlan Rosner, que organizou a campanha eleitoral do movimento dirigido por Saakachvili, apresenta dados bastante diferentes. Segundo esse estudo, o Movimento Nacional Unido vencerá o escrutínio com 44 por cento dos votos, enquanto que a Oposição Unida – Direita receberá apenas 12 por cento. 16 por cento dos eleitores ainda não se definiu e os restantes votos serão dados a outros três partidos políticos. Estes resultados repetem a correlação de forças observada nas eleições presidenciais do passado 05 de Janeiro e a oposição ao Presidente Saakachvili considera que eles são fruto de “batota”.
“As eleições não devem ser apenas honestas e justas, mas também maravilhosas”, declarou Mikhail Saakachivili, acrescentando que “a sua justiça tem grande importância para a segurança nacional da Geórgia”.
“Os fracos êxitos no campo da democracia foram um elemento fulcral que os opositores da adesão da Geórgia à NATO utilizaram na Cimeira de Bucareste da NATO, entre os quais estava a Alemanha”, declarou à Lusa por telefone uma fonte diplomática em Tbilissi.
“Por isso – continua a fonte – a forma como decorrer o escrutínio de quarta-feira será muito importante em Dezembro, quando a NATO voltar à questão da adesão da Geórgia”.
As autoridades georgianas vêem na adesão à NATO um travão às “intenções expansionistas” da Rússia, que, segundo elas, pretende apoderar-se da Abkházia e Ossétia do Sul, regiões separatistas da Geórgia.
A democracia na Geórgia foi fortemente abalada pela política do Presidente Saakachvili, que, em Novembro do ano passado, recorreu à força policial brutal para combater as numerosas manifestações da oposição em Tbilissi.
Mikhail Saakachvili venceu nas presidenciais realizadas no passado 05 de Janeiro, mas a oposição falou em “falsificações”. Os observadores internacionais reconheceram a legitimidade do escrutínio, mas assinalaram numerosas insuficiências e violações da lei eleitoral.
O Conselho Nacional – Direita e outras forças da oposição sublinham que as autoridades cometeram numerosas infracções da lei durante a campanha eleitoral e que elas poderão deturpar o resultado do escrutínio.
“Nem os cartazes e faixas arrancadas, nem as sedes pilhadas, nem a aterrorização dos nossos activistas impedirão o povo de manifestar a sua opção em 21 de Maio”, declarou Mamuk Katzitadzé, candidato desse bloco.
A missão de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE/ODIHR), que se encontra na Geórgia, publicou um relatório sobre o decorrer da campanha eleitoral, onde afirma que “a missão de observadores recebeu queixas sobre ameaças, participação ilegal de funcionários públicos na campanha eleitoral e utilização indevida de recursos humanos”.
“Alguns desses factos – afirma-se no documento – foram confirmados”, mas afirmam ter recebido do Presidente e do Ministério do Interior da Geórgia “a garantia de que os funcionários públicos e polícia se iriam abster da ingerência no processo das eleições”.
“Estas eleições são um teste à democracia para a Geórgia. A nossa organização irá observar, não só o processo de votação, mas também a contagem de votos”, declarou Peter Semnebi, chefe da missão de observadores da União Europeia, depois de um encontro com dirigentes da oposição.
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