O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, revelou hoje a nova composição do seu Executivo, onde o número de vice-primeiros-ministros sobe de cinco para sete e os postos-chave ficam sob o controlo de políticos que trouxe do Kremlin.
Tal como se previa, Putin trouxe da Administração Presidencial homens da sua confiança para ocuparem lugares fulcrais de comando no novo Governo russo: Igor Chuvalov, antigo assessor de Putin no Kremlin, bem como o antigo primeiro-ministro Victor Zubkov, passam a ocupar os cargos de primeiros vice-primeiros-ministros, uma espécie de braço direito e esquerdo de Putin.
Serguei Sobianin, ex-chefe da Administração Presidencial, passou a vice-primeiro-ministro com o cargo de dirigente do aparelho do Conselho de Ministros. Igor Setchin, antigo vice-chefe da mesma Administração, passa também a vice-primeiro-ministro.
Zubkov vai supervisionar a Agricultura, Pescas e Indústria Florestal, bem como uma série de comissões governamentais, enquanto Chuvalov irá controlar a política na esfera do Comércio e Planificação, acompanhar as conversações sobre a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio, controlar a Propriedade Pública, a Política Anti-monopolista e o Desenvolvimento da Concorrência.
Jukov irá responder pelos Projectos Nacionais, Política de Estado no campo da Educação, Saúde, Segurança Social, ao passo que Setchin, antigo agente secreto soviético que trabalhou em Angola e Moçambique, passa a controlar a Política do Governo no campo da Energia, Utilização das Riquezas do Solo (leia-se petróleo e gás) e Meio Ambiente.
Kudrin irá encarregar-se de elaborar os parâmetros fundamentais do Desenvolvimento Sócio-económico, Política Financeira, Monetária e de Crédito, Planificação Financeira, Orçamento de Estado, Política de Investimentos e Dívida Pública.
Os vice-primeiros-ministros Alexandre Jukov e Alexei Kudrin conservam os seus cargos. Kudrin continuará à frente do Ministério das Finanças, mas Jukov passa a dirigir também os “projectos nacionais”, pasta anteriormente a cargo de Dmitri Medvedev, actual Presidente da Rússia.
Serguei Ivanov foi despromovido de primeiro-vice-primeiro-ministro a simples vice-primeiro-ministro. Fontes contactadas pela Lusa consideram que, desse modo, Ivanov paga os insucessos da indústria e ciência russas no campo das altas tecnologias.
Não foram penalizados e continuam com as mesmas pastas Anatoli Serdiukov, ministro da Defesa, Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, Rachid Nurgaliev, ministro do Interior, Tatiana Golikova, ministra da Saúde e do Desenvolvimento Social, Serguei Choigu, ministro para Situações de Emergência, Andrei Fursenko, ministro da Instrução e Ciência, Aleksei Gordiev, ministro da Agricultura, Dmitri Kosak, ministro do Desenvolvimento Regional, Iúri Trutnev, ministro dos Recursos Naturais, Igor Levitin, ministro dos Tansportes e Elvira Nabiulina, ministra do Desenvolvimento Económico.
Anteriormente, Nabiuluna dirigia o Ministério do Desenvolvimento Económico e do Comércio, mas Putin achou por bem dividir esse ministério e entregar o Comércio a Victor Khristenko, que, em executivos anteriores, chefiou a pasta da Indústria e Energia, mas agora passa a dirigir o Ministério da Energia e do Comércio.
A energia será dirigida por um ministro à parte, neste caso Serguei Chmatko, que chefiava a Atomstroieksport, holding estatal de exportação de materiais radioactivos e de construção de centrais nucleares no estrangeiro.
Quanto a novas caras, salienta-se a nomeação de Alexandre Konovalov, representante do Presidente Putin na Região do Volga, para substituir Vladimir Ustinov à frente do Ministério da Justiça.
O novo chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, ex-KGB) é Alexandre Bortnikov, que dirigia o Serviço da Segurança Económica do FSB. Nikolai Patruchev, que chefiava os serviços secretos russos, passou a ser secretário do Conselho de Segurança da Rússia, um dos órgãos mais importantes nas estruturas de poder no país.
O ex-chefe do Protocolo do Kremlin, Igor Chegoliev, foi nomeado Ministro das Comunicações e Meios de Informação.
Anteriormente, essas funções estavam repartidas entre o Ministério das Comunicações e o Ministério da Cultura e Meios de Comunicação.
O novo ministro da Cultura é Alexandre Avdeev.
Na sua intervenção na primeira reunião do novo Executivo, Putin defendeu a necessidade urgente de transformar “os planos em projectos-lei concretos”.
Nomeadamente, anunciou que irão ser apresentados à Duma Estatal projectos-lei prioritários como o de Desenvolvimento do Mercado Financeiro e Sistema Tributário e um outro de Apoio à Iniciativa Empresarial.
Ao terminar a sua intervenção, o novo primeiro-ministro deixou uma mensagem clara aos jornalistas: “Todos os que incomodarem o nosso trabalho, deixarão de ser convidados”.
Vladimir Putin, no passado dia 07 de Maio, entregou o cargo de Presidente a Dmitri Medvedev, eleito num escrutínio realizado no passado 02 de Março e, a 08 de Maio, foi nomeado primeiro-ministro do Governo da Rússia, tendo a sua candidatura sido apoiada pela esmagadora maioria dos deputados da Duma Estatal (câmara baixa) do Parlamento Russo.
Tal como se previa, Putin trouxe da Administração Presidencial homens da sua confiança para ocuparem lugares fulcrais de comando no novo Governo russo: Igor Chuvalov, antigo assessor de Putin no Kremlin, bem como o antigo primeiro-ministro Victor Zubkov, passam a ocupar os cargos de primeiros vice-primeiros-ministros, uma espécie de braço direito e esquerdo de Putin.
Serguei Sobianin, ex-chefe da Administração Presidencial, passou a vice-primeiro-ministro com o cargo de dirigente do aparelho do Conselho de Ministros. Igor Setchin, antigo vice-chefe da mesma Administração, passa também a vice-primeiro-ministro.
Zubkov vai supervisionar a Agricultura, Pescas e Indústria Florestal, bem como uma série de comissões governamentais, enquanto Chuvalov irá controlar a política na esfera do Comércio e Planificação, acompanhar as conversações sobre a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio, controlar a Propriedade Pública, a Política Anti-monopolista e o Desenvolvimento da Concorrência.
Jukov irá responder pelos Projectos Nacionais, Política de Estado no campo da Educação, Saúde, Segurança Social, ao passo que Setchin, antigo agente secreto soviético que trabalhou em Angola e Moçambique, passa a controlar a Política do Governo no campo da Energia, Utilização das Riquezas do Solo (leia-se petróleo e gás) e Meio Ambiente.
Kudrin irá encarregar-se de elaborar os parâmetros fundamentais do Desenvolvimento Sócio-económico, Política Financeira, Monetária e de Crédito, Planificação Financeira, Orçamento de Estado, Política de Investimentos e Dívida Pública.
Os vice-primeiros-ministros Alexandre Jukov e Alexei Kudrin conservam os seus cargos. Kudrin continuará à frente do Ministério das Finanças, mas Jukov passa a dirigir também os “projectos nacionais”, pasta anteriormente a cargo de Dmitri Medvedev, actual Presidente da Rússia.
Serguei Ivanov foi despromovido de primeiro-vice-primeiro-ministro a simples vice-primeiro-ministro. Fontes contactadas pela Lusa consideram que, desse modo, Ivanov paga os insucessos da indústria e ciência russas no campo das altas tecnologias.
Não foram penalizados e continuam com as mesmas pastas Anatoli Serdiukov, ministro da Defesa, Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, Rachid Nurgaliev, ministro do Interior, Tatiana Golikova, ministra da Saúde e do Desenvolvimento Social, Serguei Choigu, ministro para Situações de Emergência, Andrei Fursenko, ministro da Instrução e Ciência, Aleksei Gordiev, ministro da Agricultura, Dmitri Kosak, ministro do Desenvolvimento Regional, Iúri Trutnev, ministro dos Recursos Naturais, Igor Levitin, ministro dos Tansportes e Elvira Nabiulina, ministra do Desenvolvimento Económico.
Anteriormente, Nabiuluna dirigia o Ministério do Desenvolvimento Económico e do Comércio, mas Putin achou por bem dividir esse ministério e entregar o Comércio a Victor Khristenko, que, em executivos anteriores, chefiou a pasta da Indústria e Energia, mas agora passa a dirigir o Ministério da Energia e do Comércio.
A energia será dirigida por um ministro à parte, neste caso Serguei Chmatko, que chefiava a Atomstroieksport, holding estatal de exportação de materiais radioactivos e de construção de centrais nucleares no estrangeiro.
Quanto a novas caras, salienta-se a nomeação de Alexandre Konovalov, representante do Presidente Putin na Região do Volga, para substituir Vladimir Ustinov à frente do Ministério da Justiça.
O novo chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, ex-KGB) é Alexandre Bortnikov, que dirigia o Serviço da Segurança Económica do FSB. Nikolai Patruchev, que chefiava os serviços secretos russos, passou a ser secretário do Conselho de Segurança da Rússia, um dos órgãos mais importantes nas estruturas de poder no país.
O ex-chefe do Protocolo do Kremlin, Igor Chegoliev, foi nomeado Ministro das Comunicações e Meios de Informação.
Anteriormente, essas funções estavam repartidas entre o Ministério das Comunicações e o Ministério da Cultura e Meios de Comunicação.
O novo ministro da Cultura é Alexandre Avdeev.
Na sua intervenção na primeira reunião do novo Executivo, Putin defendeu a necessidade urgente de transformar “os planos em projectos-lei concretos”.
Nomeadamente, anunciou que irão ser apresentados à Duma Estatal projectos-lei prioritários como o de Desenvolvimento do Mercado Financeiro e Sistema Tributário e um outro de Apoio à Iniciativa Empresarial.
Ao terminar a sua intervenção, o novo primeiro-ministro deixou uma mensagem clara aos jornalistas: “Todos os que incomodarem o nosso trabalho, deixarão de ser convidados”.
Vladimir Putin, no passado dia 07 de Maio, entregou o cargo de Presidente a Dmitri Medvedev, eleito num escrutínio realizado no passado 02 de Março e, a 08 de Maio, foi nomeado primeiro-ministro do Governo da Rússia, tendo a sua candidatura sido apoiada pela esmagadora maioria dos deputados da Duma Estatal (câmara baixa) do Parlamento Russo.
6 comentários:
Caro leitor Diogo, volto a recordar-lhe, pela última vez, que este blogue se chama darússia e tem uma linha editorial precisa. Não experimente mais a minha paciência, por favor. Lembre-se que eu nasci na Póvoa de Varzim e vive até aos 18 anos nas Caxinas. Se não sabe o que isso significa, pergunta aos leitores. Pode ser que algum lhe explique.
Caro Milhazes,
E quanto ao ex-ministro Dankvert? Ele perdeu o seu posto no novo governo?
Caro Almir, tem de ter um pouquinho de paciência porque Dankvert era chefe do Departamento de Veterinária e, por isso, será confirmado ou afastado mais tarde, quando o respectivo ministro puser a casa em ordem. Mas Dankvert deverá ficar.
Caro José Milhazes,
Sou aluno de Estudos Europeus, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e há algum tempo que sentia a necessidade de agradecer o excelente trabalho que tem realizado.
De facto, já nutria em mim um enorme interesse pela Rússia, mas devo dizer que o seu blogue foi fulcral para compreender e aprofundar os meus conhecimentos deste colosso que é a Rússia.
Em grande parte por causa do seu blogue irei inscrever-me num curso livre da minha Universidade: Língua e Cultura Russa. E para o ano a Faculdade de Letras irá ter um novo curso intitulado de Estudos Eslavos, que certamente trará um novo leque de cadeiras relacionadas com a Rússia. Fico à espera!
Caro leitor gundisalvus, obrigado pela sua mensagem. Pode ser até que nos encontremos nesse Curso de Estudos Eslavos. Oxalá.
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