A Duma Estatal da Rússia, câmara baixa do parlamento Russo, apoiou hoje por esmagadora maioria a candidatura de Vladimir Putin ao cargo de primeiro-ministro do governo russo.
Na sessão extraordinária, que contou com a participação de 448 dos 450 deputados, 392 parlamentares apoiaram Putin, tendo votado contra 56. Os partidos Rússia Unida, Rússia Justa e Liberal Democrático votaram a favor e só o grupo parlamentar comunista se manifestou contra.
O novo Presidente russo, Dmitri Medvedev, foi o primeiro a tomar a palavra para apresentar o seu candidato ao cargo de chefe do executivo.
“Vladimir Vladimirovitch não precisa de apresentações especiais. Nós sabemos o muito que fez o Presidente Putin”, começou Medvedev, sublinhando que, nos oito anos em que Putin esteve no Kremlin, “a vida no país começou a mudar para melhor”, “o Estado reforçou-se e a segurança da Rússia aumentou”, “a Rússia voltou a ser respeitada no mundo”.
“Peço que analisem e apoiem a candidatura de Vladimir Vladimirovitch para o cargo de primeiro-ministro”, concluiu.
A seguir, Vladimir Putin subiu à tribuna para apresentar não só o programa do governo, mas um plano de reformas fundamentais até 2020.
“Estou convencido que temos todas as possibilidades para aumentar o poder de concorrência da nossa economia e mudar a sua estrutura à custa do desenvolvimento das produções mais modernas”, disse.
“Além disso, somos capazes e devemos, nos próximos 10-15 anos, entrar no número de países que estão à frente no que respeita aos índices da qualidade de vida: nível de rendimentos, segurança social, qualidade da educação e saúde, longevidade e habitação”, sublinhou, muito aplaudido pelos deputados.
“Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a Rússia ocupa hoje o sétimo lugar no mundo mas, segundo os prognósticos de peritos internacionais, será capaz de, no ano corrente, subir mais um degrau e ultrapassar um país do G-8 (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Japão, mais a Rússia) como o Reino Unido”, prometeu.
Entre as prioridades imediatas, Putin apontou a luta contra a inflação, a corrupção e a pobreza.
“O nosso objectivo, nos próximos anos, será fazer descer a inflação anual abaixo dos 10 por cento. Precisamos de estabilidade ao nível macroeconómico e, por isso, vamos prestar a maior das atenções a todos os aspectos da política financeira, principalmente a medidas para reduzir a inflação”, declarou o novo primeiro-ministro.
Vladimir Putin comprometeu-se a aumentar seriamente os investimentos na educação e na saúde, na ciência e na cultura, na segurança social e ecónomia de inovação, na modernização das infraestruturas.
O novo primeiro-ministro russo não se esqueceu também das Forças Armadas da Rússia, sublinhando que “o apoio do governo ao exército e armada continuará a ser uma prioridade incondicional”.
“Só Forças Armadas bem equipadas, completas, com um alto espírito, poderão defender a soberania e a integridade do país”, declarou.
“Depois de 2001, as Forças Armadas receberam mais de 300 novos modelos de tecnologia militar, mas isso é claramente insuficiente... No futuro, o apoio ao exército e armada continuará a ser uma prioridade incondicional para nós”, sublinhou.
Cada um dos grupos parlamentares representados na Duma Estatal teve direito a fazer uma pergunta ao candidato e uma intervenção da tribuna, mas o Partido Rússia Unida renunciou a esse direito.
«Nós podemos falar com o nosso líder a qualquer momento», disse o presidente da Duma e membro da Rússia Unida, Boris Grizlov.
Respondendo à pergunta de uma deputada, Putin acusou os países ocidentais de “discriminarem” o capital russo e criarem barreiras à sua entrada, sublinhando que o governo russo irá apoiar os empresários e empresas russas que pretendam investir no estrangeiro.
Se esse processo continuar, Putin prometeu responder com “medidas equivalentes”, regulando os investimentos estrangeiros na Rússia.
O clima radioso e optimista foi temporariamente “estragado” pela intervenção de Guennadi Ziuganov, dirigente do Partido Comunista da Rússia, que depois de prestar homenagem aos serviços prestados por Vladimir Putin, desenhou um retrato tenebroso da situação no país e voltou a defender o regresso ao modelo soviético de desenvolvimento.
“Com esta política e esta equipa não conseguiremos avançar”, frisou Ziuganov. “Por isso, iremos votaremos contra a candidatura de Vladimir Putin”, concluiu.
O nacionalista Vladimir Jirinovski, dirigente do Partido Liberal Democrático, subiu à tribuna para responder ao dirigente comunista, lembrando todo um rosário de crimes cometidos pelos lideres da União Soviética.
Na sessão extraordinária, que contou com a participação de 448 dos 450 deputados, 392 parlamentares apoiaram Putin, tendo votado contra 56. Os partidos Rússia Unida, Rússia Justa e Liberal Democrático votaram a favor e só o grupo parlamentar comunista se manifestou contra.
O novo Presidente russo, Dmitri Medvedev, foi o primeiro a tomar a palavra para apresentar o seu candidato ao cargo de chefe do executivo.
“Vladimir Vladimirovitch não precisa de apresentações especiais. Nós sabemos o muito que fez o Presidente Putin”, começou Medvedev, sublinhando que, nos oito anos em que Putin esteve no Kremlin, “a vida no país começou a mudar para melhor”, “o Estado reforçou-se e a segurança da Rússia aumentou”, “a Rússia voltou a ser respeitada no mundo”.
“Peço que analisem e apoiem a candidatura de Vladimir Vladimirovitch para o cargo de primeiro-ministro”, concluiu.
A seguir, Vladimir Putin subiu à tribuna para apresentar não só o programa do governo, mas um plano de reformas fundamentais até 2020.
“Estou convencido que temos todas as possibilidades para aumentar o poder de concorrência da nossa economia e mudar a sua estrutura à custa do desenvolvimento das produções mais modernas”, disse.
“Além disso, somos capazes e devemos, nos próximos 10-15 anos, entrar no número de países que estão à frente no que respeita aos índices da qualidade de vida: nível de rendimentos, segurança social, qualidade da educação e saúde, longevidade e habitação”, sublinhou, muito aplaudido pelos deputados.
“Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a Rússia ocupa hoje o sétimo lugar no mundo mas, segundo os prognósticos de peritos internacionais, será capaz de, no ano corrente, subir mais um degrau e ultrapassar um país do G-8 (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Japão, mais a Rússia) como o Reino Unido”, prometeu.
Entre as prioridades imediatas, Putin apontou a luta contra a inflação, a corrupção e a pobreza.
“O nosso objectivo, nos próximos anos, será fazer descer a inflação anual abaixo dos 10 por cento. Precisamos de estabilidade ao nível macroeconómico e, por isso, vamos prestar a maior das atenções a todos os aspectos da política financeira, principalmente a medidas para reduzir a inflação”, declarou o novo primeiro-ministro.
Vladimir Putin comprometeu-se a aumentar seriamente os investimentos na educação e na saúde, na ciência e na cultura, na segurança social e ecónomia de inovação, na modernização das infraestruturas.
O novo primeiro-ministro russo não se esqueceu também das Forças Armadas da Rússia, sublinhando que “o apoio do governo ao exército e armada continuará a ser uma prioridade incondicional”.
“Só Forças Armadas bem equipadas, completas, com um alto espírito, poderão defender a soberania e a integridade do país”, declarou.
“Depois de 2001, as Forças Armadas receberam mais de 300 novos modelos de tecnologia militar, mas isso é claramente insuficiente... No futuro, o apoio ao exército e armada continuará a ser uma prioridade incondicional para nós”, sublinhou.
Cada um dos grupos parlamentares representados na Duma Estatal teve direito a fazer uma pergunta ao candidato e uma intervenção da tribuna, mas o Partido Rússia Unida renunciou a esse direito.
«Nós podemos falar com o nosso líder a qualquer momento», disse o presidente da Duma e membro da Rússia Unida, Boris Grizlov.
Respondendo à pergunta de uma deputada, Putin acusou os países ocidentais de “discriminarem” o capital russo e criarem barreiras à sua entrada, sublinhando que o governo russo irá apoiar os empresários e empresas russas que pretendam investir no estrangeiro.
Se esse processo continuar, Putin prometeu responder com “medidas equivalentes”, regulando os investimentos estrangeiros na Rússia.
O clima radioso e optimista foi temporariamente “estragado” pela intervenção de Guennadi Ziuganov, dirigente do Partido Comunista da Rússia, que depois de prestar homenagem aos serviços prestados por Vladimir Putin, desenhou um retrato tenebroso da situação no país e voltou a defender o regresso ao modelo soviético de desenvolvimento.
“Com esta política e esta equipa não conseguiremos avançar”, frisou Ziuganov. “Por isso, iremos votaremos contra a candidatura de Vladimir Putin”, concluiu.
O nacionalista Vladimir Jirinovski, dirigente do Partido Liberal Democrático, subiu à tribuna para responder ao dirigente comunista, lembrando todo um rosário de crimes cometidos pelos lideres da União Soviética.
3 comentários:
Há aqui um "cheiro" aos discursos da antiga URSS, com pinceladas, aqui e ali, do tipo ocidentais. Muitas promessas, discurso de ocasião. A Russia é uma potência, mas os resquícios do passado obstam a um claro desenvolvimento de todo um povo. A Nomenklatura mantém-se com a agravante dopoder cada vez mais crescente da Matrioshki(não sei se é assim que se escreve), a Máfia.
Ora combate à corrupção, inflação e pobreza. O combate à currupção terá a sua dificuldade mas não posso comentar porque não conheço o meio. Agora combate á inflação e pobreza será mais dificil, pois para reduzir a inflação terá de haver uma politica monetária muito restritiva que agravará o crescimento do PIB (que será anti-popular e agravará a sua posição politica), isto através do aumento das taxas de juro, que induzem um menor investimento e um menor consumo (pois o crédito ficou mais caro). Assim terá de haver fortes politicas sociais para os mais pobres, e toda a gente conhece a dificuldade de implementação eficaz de tais politicas. Apenas conheço um discurso do Kruschev, mas este do Putin ainda é mais demagogico, moderno e ocidental!
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