O Presidente da Venezuela, Hugo Chavez, que hoje deixa a capital russa, propôs ao Kremlin uma aliança na esfera da exploração e exportação do petróleo, bem como no campo militar.
Na conferência de imprensa realizada depois do encontro de Chavez com o seu homólogo russo, Dimitri Medvedev, o Presidente venezuelano anunciou que a Rússia e Venezuela planeiam criar uma empresa conjunta para transformar recursos energéticos.
“Dentro em breve, faremos a primeira perfuração de um poço de gás com a Gazprom no Ocidente da Venezuela e também realizaremos a primeira perfuração no vale do rio Orinoco com a Lukoil. Estamos prontos para criar uma empresa conjunta e avançar na produção e transformação de petróleo” – declarou.
Chavez defendeu que os dois países devem tornar-se aliados estratégicos nas esferas petrolífera e técnico-militar.
Paralelamente ao encontro dos presidentes, Herman Han, director executivo da empresa mista russo-britânica “TNK-BO”, e Ramires Carreno, presidente da Companhia Petróleos de Venezuela, assinaram um acordo sobre a exploração do bloco Aiakucho-2, na província de Orinoco.
A empresa russa Lukoil também assinou um memorando com a Companhia Petróleos de Venezuela sobre a prospecção conjunta do bloco Junin-3, também em Orinoco.
“Para a nossa defesa é extremamente importante a cooperação técnico-militar no quadro do processo bolivariano nacional” – declarou ele.
“Isso irá garantir a soberania da Venezuela, que é actualmente ameaçada pelos Estados Unidos” – acrescentou o dirigente venezuelano.
Segundo ele, é também possível a realização dos projectos da indústria mineira.
Hugo Chavez apoiou a ideia de Moscovo de transformar o rublo russo numa moeda mundial.
Na mesma conferência de imprensa, o Presidente Medvedev afirmou que a criação da “OPEC do gás” continua em aberto.
“A solução sobre este assunto não foi tomada por ninguém, mas é incorrecto considerar essa questão fechada e esgotada” – declarou.
Dmitri Medvedev abordou também a situação no Zimbabué, considerando que os últimos acontecimentos confirmam que a Rússia tomou uma posição correcta na questão da não ingerência do Conselho de Segurança da ONU nos assuntos internos do país.
“Os últimos acontecimentos mostram que a nossa posição foi correcta” – afirmou ele, acrescentando que tinha em vista o encontro do Presidente do Zimbabué, Robert Mugabé, com o dirigente da oposição.
“Espero que, durante essas consultas, sejam conseguidas todas as decisões necessárias para normalizar a situação” – concluiu.
O Presidente Chavez encontrou-se também com Vladimir Putin, primeiro-ministro russo, bem como com directores de fábricas de armamentos.
Segundo a imprensa russa, Caracas pretende adquirir tanques, submarinos e sistemas de defesa anti-aérea, no valor de mais de dois mil milhões de dólares.
Na conferência de imprensa realizada depois do encontro de Chavez com o seu homólogo russo, Dimitri Medvedev, o Presidente venezuelano anunciou que a Rússia e Venezuela planeiam criar uma empresa conjunta para transformar recursos energéticos.
“Dentro em breve, faremos a primeira perfuração de um poço de gás com a Gazprom no Ocidente da Venezuela e também realizaremos a primeira perfuração no vale do rio Orinoco com a Lukoil. Estamos prontos para criar uma empresa conjunta e avançar na produção e transformação de petróleo” – declarou.
Chavez defendeu que os dois países devem tornar-se aliados estratégicos nas esferas petrolífera e técnico-militar.
Paralelamente ao encontro dos presidentes, Herman Han, director executivo da empresa mista russo-britânica “TNK-BO”, e Ramires Carreno, presidente da Companhia Petróleos de Venezuela, assinaram um acordo sobre a exploração do bloco Aiakucho-2, na província de Orinoco.
A empresa russa Lukoil também assinou um memorando com a Companhia Petróleos de Venezuela sobre a prospecção conjunta do bloco Junin-3, também em Orinoco.
“Para a nossa defesa é extremamente importante a cooperação técnico-militar no quadro do processo bolivariano nacional” – declarou ele.
“Isso irá garantir a soberania da Venezuela, que é actualmente ameaçada pelos Estados Unidos” – acrescentou o dirigente venezuelano.
Segundo ele, é também possível a realização dos projectos da indústria mineira.
Hugo Chavez apoiou a ideia de Moscovo de transformar o rublo russo numa moeda mundial.
Na mesma conferência de imprensa, o Presidente Medvedev afirmou que a criação da “OPEC do gás” continua em aberto.
“A solução sobre este assunto não foi tomada por ninguém, mas é incorrecto considerar essa questão fechada e esgotada” – declarou.
Dmitri Medvedev abordou também a situação no Zimbabué, considerando que os últimos acontecimentos confirmam que a Rússia tomou uma posição correcta na questão da não ingerência do Conselho de Segurança da ONU nos assuntos internos do país.
“Os últimos acontecimentos mostram que a nossa posição foi correcta” – afirmou ele, acrescentando que tinha em vista o encontro do Presidente do Zimbabué, Robert Mugabé, com o dirigente da oposição.
“Espero que, durante essas consultas, sejam conseguidas todas as decisões necessárias para normalizar a situação” – concluiu.
O Presidente Chavez encontrou-se também com Vladimir Putin, primeiro-ministro russo, bem como com directores de fábricas de armamentos.
Segundo a imprensa russa, Caracas pretende adquirir tanques, submarinos e sistemas de defesa anti-aérea, no valor de mais de dois mil milhões de dólares.
Apenas algumas notas sobre esta viagem de Hugo Chavez a Moscovo. Durante as conferências de imprensa, o dirigente venezuelano não poupou elogios ao Presidente Medvedev e à Rússia (a defesa da ideia da transformação do rublo num substituto do dólar nos mercados internacionais, a possibilidade de no território venezuelano puderem aparecer soldados russos, que, segundo Chavez, seriam recebidos "com canções e tambores" são exemplos disso), mas eles não foram suficientes para levar o Kremlin a embarcar na retórica anti-americana de Chavez. Dmitri Medvedev sublinhou que a cooperação russo-venezuelana não é feita contra terceiros países.
Quanto aos documentos assinados, é de assinalar os acordos assinados por grandes petrolíferas russas com a empresa pública petrolífera da Venezuela sobre a exploração de novos poços de petróleo. Porém, alguns jornais russos chamam a atenção para o facto de esses documentos não passarem de cartas de intenções, com um futuro pouco claro.
Também não há clareza no que respeita ao fornecimento de armamentos russos a Caracas. Fala-se dos mais diversos armamentos: tanques, submarinos, etc., de valores astronómicos, mas pouca coisa de concreto.
A forma de financiamento desses fornecimentos transporta riscos para a Rússia. Segundo o esquema previsto, Moscovo abre uma linha de crédito para financiar o fabrico de armas para a Venezuela e Caracas só começará a pagar depois de os receber. Como já mostrou várias vezes a prática com outros países, a Rússia arrisca-se a ficar com mais uma dívida insolúvel.
Moscovo está interessado em conseguir encomendas para as suas fábricas militares, mas parece não acreditar muito nos gestos e declarações impulsivas e calorosas de políticos como Hugo Chavez. Tanto mais que na Rússia, actualmente, não há muitos dirigentes em construir o "socialismo do séc. XXI", como defende o dirigente venezuelano. Por estes lados, os gostos são outros.
10 comentários:
Yutarets! kasagad bah!
Alla hu akhbar!!!
Baw ah, kasagad sa imo maghimo blog. Nalingaw gd ko basa.
Kanami sang imo blog. Daw spaghetti.
Caros enviadores de mensagens, de todas elas só percebi que Alá é Grande!
Traduzam o resto, por favor.
Caro José Milhazes
Quando refere "Por estes lados, os gostos são outros", em relação ao socialismo, o que refere especificamente? Pode concretizar?
Obrigado.
P.S. É pura curiosidade! Como levantou a pontinha do véu...
Caro Tiago, por estes lados está na moda o capitalismo, e ainda pouco civilizado, mas a situação já foi muito pior.
Por falar em alianças, qual é a a sua opinião Sr. José Milhazes, para as duas grandes organizações de segurança das quais a Rússia faz parte, falo da Organização para a Cooperação de Xangai e penso que se diz assim em português, a Organização do Tratado de Segurança Colectiva. Qual delas prevalecerá? A da Cooperação de Xangai é muito tentadora ao permitir à Rússia fazer parte de um bloco imenso com a participação da China e com todas as vantagens e riscos que daí poderão advir, enquanto a do Tratado de Segurança Colectiva, embora não tão ambiciosa em proporção pode-se revelar bem mais confortável para a Rússia ajudando-a a criar a sua esfera de influencia que tanto ambiciona. Pergunto-me se a Rússia poderá tentar integrar nesta última o Irão criando assim uma posição geo-estratégica muito importante, para alem dos recursos naturais energéticos que passariam a controlar, principalmente o gás. Será assim tão irreal pensar numa parceria entre o Irão e a Rússia?
Caro Sérgio, o Tratado de Segurança Colectiva visa manter a influência russa no antigo espaço soviético. Se não houver alterações radicais nesta região do mundo, não vejo a possibilidade do Irão aderir a esta organização.
Isso é bem mais real se se falar da Organização de Cooperação de Xangai, onde o Irão já é observador.
A Organização de Cooperação de Xangai pode ter grandes perspectivas como organização de cooperação económica, sendo pouco provável que adquira uma vertente militar. Pequim não gosta de se comprometer com alianças militares.
Considero que as duas organizações irão continuar a existir paralelamente, porque têm objectivos diferentes.
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