Mikhail Saakachvili não pode ser mais um parceiro aceitável para conversações”, declarou Serguei Lavrov, numa entrevista à Rádio Eco de Moscovo.
Segundo o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, “tudo o que essa pessoa diz nos últimos dias não corresponde absolutamente aos factos e as suas conclusões políticas, que faz na base de mentiras, são simplesmente indignantes”.
“Estou convencido que se trata de um provocador. Quando uma pessoa ordena perfidamente o início de bombardeamentos em massa de peças de artilharia, de aviões, contra bairros pacíficos da cidade de Tskhinvali, mas, depois, declara dos ecrãs da televisão, dando nas vistas com a bandeira da União Europeia por detrás dele, que defende aqui os valores americanos, o cinismo destas declarações é evidente para todos”, acrescentou.
“Mesmo o que o tentam defender, compreendem que se trata de um caso perdido”, frisou.
Serguei Lavrov considerou também que “ao resolver o conflito na Ossétia do Sul, se pode esquecer as conversas sobre a integridade territorial da Geórgia”.
“De facto, criou-se uma situação em que nem os ossetes, nem os abkhazes simplesmente não desejam viver no mesmo Estado com uma pessoa que lança tropas contra ele”, acrescentou.
O chefe da diplomacia russa considerou que “é impossível imaginar o aparecimento de forças da paz georgianas na zona do conflito”.
O ministro russo defende que “a direcção americana está mal informada” sobre as acções da parte russa na Ossétia do Sul e Geórgia, acrescentando que “é importante que a conversa seja feita com base em factos”.
Serguei Lavrov diz desconhecer a forma como o Ocidente pretende isolar a Rússia, sublinhando que “ele tem de escolher: por todos os pesos da balança no lado do projecto virtual da actual direcção georgiana ou pensar que no mundo há situações muito mais sérias, onde não podemos evitar a parceria”.
“A actual direcção georgiana, frisou ele, é um projecto especial dos Estados Unidos e claro que dói ver o seu controlado com um ar completamente indecente. Logo que Mikhail Saakachvili abre a boca, ficamos logo a saber com quem estamos a tratar”, concluiu Lavrov.
Quanto ao possível obstáculo à entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio, Lavrov declarou: “Ninguém pretende aceitar-nos nesse organização, estamos cada vez mais convencidos disso”, sublinhou.
O chefe da diplomacia russa queixou-se de ter grandes dificuldades em falar com as autoridades georgianas.
“Ontem, surgiu a necessidade de conversar com a senhora Tkechelachvili, ministra dos Negócios Estrangeiros da Geórgia, e foram precisas horas para ouvir uma resposta por telefone, mas as conversações acabaram por ter lugar” , declarou.
Segundo o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, “tudo o que essa pessoa diz nos últimos dias não corresponde absolutamente aos factos e as suas conclusões políticas, que faz na base de mentiras, são simplesmente indignantes”.
“Estou convencido que se trata de um provocador. Quando uma pessoa ordena perfidamente o início de bombardeamentos em massa de peças de artilharia, de aviões, contra bairros pacíficos da cidade de Tskhinvali, mas, depois, declara dos ecrãs da televisão, dando nas vistas com a bandeira da União Europeia por detrás dele, que defende aqui os valores americanos, o cinismo destas declarações é evidente para todos”, acrescentou.
“Mesmo o que o tentam defender, compreendem que se trata de um caso perdido”, frisou.
Serguei Lavrov considerou também que “ao resolver o conflito na Ossétia do Sul, se pode esquecer as conversas sobre a integridade territorial da Geórgia”.
“De facto, criou-se uma situação em que nem os ossetes, nem os abkhazes simplesmente não desejam viver no mesmo Estado com uma pessoa que lança tropas contra ele”, acrescentou.
O chefe da diplomacia russa considerou que “é impossível imaginar o aparecimento de forças da paz georgianas na zona do conflito”.
O ministro russo defende que “a direcção americana está mal informada” sobre as acções da parte russa na Ossétia do Sul e Geórgia, acrescentando que “é importante que a conversa seja feita com base em factos”.
Serguei Lavrov diz desconhecer a forma como o Ocidente pretende isolar a Rússia, sublinhando que “ele tem de escolher: por todos os pesos da balança no lado do projecto virtual da actual direcção georgiana ou pensar que no mundo há situações muito mais sérias, onde não podemos evitar a parceria”.
“A actual direcção georgiana, frisou ele, é um projecto especial dos Estados Unidos e claro que dói ver o seu controlado com um ar completamente indecente. Logo que Mikhail Saakachvili abre a boca, ficamos logo a saber com quem estamos a tratar”, concluiu Lavrov.
Quanto ao possível obstáculo à entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio, Lavrov declarou: “Ninguém pretende aceitar-nos nesse organização, estamos cada vez mais convencidos disso”, sublinhou.
O chefe da diplomacia russa queixou-se de ter grandes dificuldades em falar com as autoridades georgianas.
“Ontem, surgiu a necessidade de conversar com a senhora Tkechelachvili, ministra dos Negócios Estrangeiros da Geórgia, e foram precisas horas para ouvir uma resposta por telefone, mas as conversações acabaram por ter lugar” , declarou.
12 comentários:
"Mikhail Saakachvili não pode ser mais um parceiro aceitável para conversações”, declarou Serguei Lavrov, numa entrevista à Rádio Eco de Moscovo." Bravo, mas então com quem querem falar eles. Se calhar alguem que seja mais próximo da Rússia. Será que neste momento ainda existe esse alguém na Geórgia, não contando com as Regiões pró-Russas desse país. Esclarecedor é o facto de a maior parte dos países que fazem fronteira com a Rússia e fizeram parte da URSS, estarem contra a Rússia e apoiarem a Geórgia. Essa é mais uma dificil de engolir para os Russos. Iludem-se e iludem a opinião russa com o argumento da Europa estar dividida entre os países mais antigos e mais recentes da UE. Mesmo que fosse assim, a verdade é que nem todos tiveram de viver durante décadas sob o jugo Russo.
Meu caro Sérgio a Rússia já falou e voltará a falar com o presidente em exercicio da UE que é o Presidente da França.O Presidente da UE da Rússia seguiu para a Geórgia e encontra-se disponivel para mediar o conflito.Além do mais a OSCE já decidiu mandar observadores para a região para que o cessar fogo seja mesmo efectivo,acto que a Rússia aceita.Portanto mediadores não faltam,depois do cessar fogo há todo o trabalho diplomático a desenvolver.Não morro de amores pela Rússia e até compreendo que os paises da ex-URSS tenham um sentimento de desconfiança.Mas tambem não me parece que instalações militares americanas nesses países contribuam para um clima de paz,tal como não contribuia instalações russas em Cuba ou na Venezuela.Quanto a divisões entre os membros da UE não me apercebi que isso seja verdade.
Do que se sabe as eleições na Georgia foram mais livres e democraticas, do que as realizadas na Russia. Aqui, foram neutralizados certos concorrentes, fecharam-se certos canais de TV e jornais e até os assassinaram,criou-se um partido oligarquico, transferindo-se o presidente para 1º. ministro, onde se viu isto? Só na Russia ou coisa semelhante. Isto não é democracia é DITADURA oligarquica do petroleo e da industria de guerra.
Portanto os russos não estão em condições éticas e morais de impor o que quer que seja aos Georgianos. Melhor seria estarem calados. Um pouco de humildade lhes ficaria bem.
Como arrogantes, alias um dos maiores defeitos russos, não vão compreender as virtudes dos outros.
Cara leitora Ana, a divisão entre a nova e velha Europas, infelizmente, existe, e desde o início da adesão dos países da nova. A nova vive ao lado da Rússia. Veja o que aconteceu hoje na Polónia. Antes, Varsóvia tinha dúvidas sobre a instalação de elementos do sistema de defesa anti-míssil, hoje, assinou o acordo com os Estados Unidos. Haverá exemplo mais evidente?
"verdadeiros objectivos"? Mas não estavam já declarados de facto desde há dias com o início do ataque russo ?
Também me parece que infelizmente existem duas europas, melhor dizendo foi uma estupidez o alargamento. Mas quanto ao tratado, por favor... quer o José Milhazes dizer que desde o fim de semana passado, os polacos chamaram pelos americanos:"pá, os russos acabaram de invadir a geórgia, isto não vai ficar por aqui, acabaram-se-nos as dúvidas, venham cá já urgentemente que nós assinamos já hoje o acordo"? Ou não será que o mais provável é que já tudo estivesse preparado, isto é, é independente do que os russos fizeram ou deixaram de fazer?
Cara Ana Costa eu queria-me referir ao representante da Geórgia nestas negociações que deverão ser na minha óptica o Governo democraticamente eleito pelo povo Georgiano. Queria também chamar atenção para o facto da Rússia não considerar Mikhail Saakachvili como um parceiro aceitável, muito bem é a opinião deles, e se o Presidente Georgiano considerar que os Dirigentes Russos não são parceiros aceitáveis para conversações, em que ficamos. Mas se reparar só os Russos se lembram de dizer estas coisas, deve ser isso que me incomoda, a atitude da Rússia que pensa poder substituir um governante num país estrangeiro como se de uma provincia Russa se tratasse, só porque assim o entendem e dizem isto em voz alta ao mundo inteiro com a maior naturalidade. Se a Rússia quer negociar, coisa que não o deveria fazer porque o problema é entre as regiões separatistas Georgianas e a Geórgia, a Rússia deveria ser parte da solução e não do problema, deveria ter pelos menos um pouco mais de respeito por quem se encontra do outro lado, independentemente dos mediadores. Quanto aos EUA acho que já deixei a minha opinião bem patente, ninguém é perfeito, todos cometem erros e cometeram erros como os EUA, a UE deve ter uma opinião própria principalmente nos assuntos que lhe dizem directamente respeito como é o caso da Geórgia que se encontra praticamente nas suas fronteiras, opinião que deve expressar mesmo que contrária à vontade dos EUA, ou de qualquer potencia deste planeta. Mas isso é o tal papel que a UE tem que definir para si e pensar sobre aquilo que quer ser no futuro. Também achei interessante a Rússia ter pedido aos EUA que escolhessem entre ela ou a Geórgia, isto mais ou menos em termos gerais. A Rússia tem que compreender que não pode por a sua vontade acima da vontade dos seus vizinhos, por mais poderosa que seja, e não pode utilizar os seus vizinhos como moeda de troca no que quer que seja. Por muitos erros que os EUA tenham cometido, que imagem dariam ao mundo se aceitassem a proposta da Rússia e negociassem a Geórgia.
Realmente é difícil de entender o pensamento de vocês. É certo que a Era Soviética foi danosa para todos que viveram sob o jugo do comunismo e principalmente se considerarmos o caldeirão de etnias que compõe os ex-satélites Soviéticos, mas esta Russofobia é o que mais me espanta. Os Estados Unidos expandem seu poder a cada dia forçando sua economia, sua moeda e seus protecionísmos alfandegários e subsídios agrícolas goela abaixo a todos os países que não possuem poderio militar capaz de enfrentá-lo. Passaram os últimos anos intimidando a Rússia e aquartelando suas forças em conjunto com a NATO, cada vez mais próximos das fronteiras Russas e contando com o apoio da Letônia,Estônia, Lituania, Polonia, República Tcheca.... Com a ajuda de Ieltsin quase desintegraram a estrutura militar Russa, parabéns a Sergei Ivanov que conseguiu evitar o pior. Neste meio tempo invadiram Iraque e Afeganistão milhares de cidadãos desses países foram mortos por soldados da coligação, inclusive soldados Georgianos. Por fim resolveram minar a economia Russa construindo um oleoduto do Azerbaijão até a Turquia, para atender claro às necessidades Americanas e Européias, sendo que neste caso o oleoduto passa por onde? A Geórgia claro, estando 55km aonde? Na Ossétia do Sul. Ora senhores, com todo o respeito, parece que os Russos são sempre os vilões e os Americanos os mocinhos. Vamos ver então se os Russos instalarem bases em Cuba, na Venezuela, na Bolívia e os Americanos reclamarem e ameaçarem, então terão o apoio da União Européia e etc.... Muito interessante parece a política da Lieubstraum de Karl Haushofer a Rússia e a Ásia central devem ser administados pelos Estados Unidos e pela Europa. Bem, Hitler também queria isso e não ganhou.
Há dias vi uma reportagem de um canal Português no Afeganistão, em que foram relatadas várias situações de várias pessoas que lá vivem. Nessa reportagem aparecia um rapazinho que dizia ter um sonho de um dia vir a ser advogado, e que nunca mais queria que o seu país estivesse sob o domínio Talibã. Bem ele se vive lá e apesar da sua juventude deve saber do que fala.
Sem duvida nenhuma que afinal quem ficou a ganhar com a guerra entre a russia e a georgia, foram os estados unidos, nao so estao a conseguir o isolamento internacional da russia e ja assinaram com a polonia o acordo para a instalaçao dos misseis. Espero muito sinceramente que o senhor Hobama ganhe as eleiçoes para ver se nao entramos de novo numa guerra fria. Queria aproveitar para deixar uma questao, nao deveria a uniao europeia ate porque todas as condiçoes para isso, ter um super exercito para estar em pe de igualdade com os estados unidos e a russia??
O facto da Geórgia ser uma democracia não a coloca, moralmente falando, acima da Rússia. A democracia é apenas um sistema de governo onde as pessoas votam em candidatos e depois estes fazem mais ou menos aquilo que lhes apetece. Não estou no terreno, mas tenho a certeza que se lhes perguntassem, a maioria dos georgianos não teriam apoiado esta guerra (sobretudo porque a perderam, é claro!). E para vossa informação, o "democrata" Saakashvili tambem soube mandar opositores políticos para a prisão sob o mais variado tipo de acusações. Mas claro, como ele é pró-americano, é dos bons. É como disse o Eisenhower relativamente ao Somoza: "Somoza is a son of a bitch, but he is OUR son of a bitch". A questão da moralidade, ou da oposição entre as "boas" democracias e a "maligna ditadura" russa, não tem pois lugar nesta questão, por mais que os média ocidentais assim o queiram retratar.
E repare-se noutra coisa: da mesma maneira que os antigos satélites soviéticos são russófobos (bem, nem todos, a população búlgara até gosta dos russos, mas isso pouco importa agora), também a maioria dos países da América Latina são anti-norte-americanos: o México olha para os EUA com desconfiança; o Brasil actua como contra-poder relativamente aos EUA e a Venezuela e a Bolívia são abertamente hostis aos EUA. Só a Colombia gosta dos EUA. E porquê toda esta hostilidade? Porque desde 1848 que os EUA olham par a restante América como o seu quintal das traseiras. As intervenções sucederam-se: México, Panamá e Cuba (mais do que uma vez); Rep. Dominicana; El Salvador; Nicarágua; Granada; para além dos apoios dados aos grupos anti-comunistas na Argentina, no Brasil e no Chile. Portanto, em termos de moralidade, estamos conversados.
Este caso tem apenas que ver com PODER: após a queda da URSS os EUA estenderam o seu poder pelo espaço ex-soviético, da mesma maneira que tentam desalojar os franceses da África francofona. Os EUA comportam-se como nos tempos da Guerra Fria. Quemmanda em Washington leu bem Mahan, McKinder e Haushofer. Zbignew Brzezinsky deu o mote quando preconizou, mesmo após a queda da URSS, uma política de cerco à Rússia (ler “The Great Chesboard”). Com este tipo de atitudes, como poderiam eles não querer que lhes respondessem à altura?
Enganei-me quanto ao autor da frase. Foi o Presidente Franklin Delano Roosevelt quem disse "Somoza may be a son-of-a-bitch, but he's our son-of-a-bitch".
Querem falar com alguém mais manso, mais discipllinado, mais acessível aos opinos russos, no fundo alguém que faça poucas ondas no lago russo.
Não deixa de ser um pouco intrigante as acusações tendenciosas ao Sr. presidente georgiano, quando não é novidade para ninuém os frequentes "tendencialismos" da direcção russa e a sua frequente rotulagem de serventes do ocidente daqueles cujo pensamento é divergente de Moscovo.
É evidente e a história assim o comprova que os estados que se vÊm ameaçados por uma condução política agressiva e uma diplomacia de ferro, de um país vizinho (caso russo que me parece que ninguém pode discordar) procuram alianças com outras nações. Isso torna-se particularmente vital para a georgia dado o desnível entre as duas nações.
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