A Organização de Cooperação de Xangai (OCX), cuja cimeira se realizou hoje em Duchambém, capital do Tadjiquistão, apoiou o papel de paz da Rússia, mas defendeu o princípio da inviolabilidade das fronteiras.
Numa declaração publicada depois da reunião, os dirigentes dos Estados membros da OCX apoiam “o papel activo da Rússia na contribuição para a paz e a cooperação nessa região (Cáucaso)”.
“Os Estados membros da OCX manifestam profunda preocupação face à tensão surgida recentemente na questão da Ossétia do Sul e apelam às partes do conflito a resolverem, através de um diálogo pacífico, os problemas existentes, a fazeram esforços para a reconciliação e o início de conversações”, lê-se no documento aprovado.
“Os Estados membros da OCX saudam os seis princípios de solução do conflito na Ossétia do Sul, aprovados a 12 de Agosto em Moscovo, e apoiam o papl activo da Rússia na contribuição para a paz e a cooperação nessa região”, consideram os dirigentes da Rússia, China, Cazaquestão, Uzbequistão, Tadjiquistão e Quirguízia.
Por outro lado, no comunicado sublinha-se que os países da OCX consideram “inabalável a integridade territorial dos Estados e sem perspectivas a aposta na força como meio de solução dos conflitos locais”.
No documento não se aborda a questão do reconhecimento da independência da Ossétia do Sul e da Abkházia e nenhum dos países da OCX declarou individualmente o seu apoio à decisão de Moscovo.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão fez hoje saber que “não é tempo para se falar nisso”.
O Presidente russo, Dmitri Medvedev, agradeceu aos seus colegas “pela avaliação objectiva dos esforços de paz da Rússia”, sublinhando que uma posição solidária dos países da OCX terá “grande ressonância internacional e servirá de sinal sério para os que tentam apresentar o preto como branco e justificar a agressão realizada pela direcção georgiana”.
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8 comentários:
Isto é que foi uma resposta rápida Sr. José Milhazes. E quanto aos possiveis futuros menbros da OCX não houve desenvolvimentos.
Caro Sérgio, tenha calma. Não sou de ferro, mas responderei logo que puder. Um abtaço. JM
A posição foi mais favorável à Rússia do que aquilo que eu esperava. Evidentemente, reafirmam-se os princípios do DI, mas a solidariedade face à Rússia, em lugar de uma condenação "diplomática", parecem-me bem evidentes.
Caro Pippo, cada um lê as coisas como quer
Ora, ora. Com tantas facetas económicas a vigorar nas américas, não seria interssante para a OCX insistir na idéia de laços mais profundos. Se é bom observador, o G-7 é quem está a perder se discordar da Russia seja em qualquer esfera de relações; prova disso é a expansão da NATO. Se o crescimento da China beira os 11% sem invadir as terra alheias, é sinal que "o capital" ressurge bem mais trabalhado, ordeiro, embora sujo e poluidor, mas independente de americanos e europeus, que mesmo travando as relações comerciais, representaria algo em torno de menos de 20% para baixo na sua economia, o que logo logo, dentro de cinco ou dez anos se restabelecia. Para a China, "dependência" ou "independência" do ocidente tudo é uma porcaria só, assim eu penso.
Caro José, concordo consigo.
O mais engraçado de tudo é que a Rússia está a utilizar as "armas" da economia de mercado para combater o Ocidente
Caro MSSAntos, a Rússia é uma economia de mercado, que já nada tem de socialismo. Pode ter uns desvios de "feira da ladra", mas isso é normal em períodos de transição.
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