quinta-feira, agosto 21, 2008

OSCE sabia data de ataque georgiano, mas não preveniu a Rússia


“A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa sabia da data do ataque da Geórgia contra a Ossétia do Sul, mas não preveniu as forças de manutenção da paz russas”, acusou Anatoli Nogovitsin, vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas da Rússia.
Numa conferência de imprensa realizada na capital russa, o general Nogovitsin anunciou que a Rússia não tenciona criar obstáculos no acesso das organizações internacionais ao território do conflito controlado pelas tropas russas, mas sublinhou que todas as viagens devem ser previamente acordadas com Moscovo.
“Existem regras internacionais que seguimos. No que respeita ao cumprimento das funções de controlo que serão realizadas nas zonas da responsabilidade das forças de paz russas, vamos estabelecer contacto com as organizações internacionais e não tencionamos levantar obstáculos”, declarou.
O general russo reconheceu que as tropas de Moscovo impediram, ontem, observadores internacionais de entrar na cidade georgiana de Gori.
“Somos responsáveis pela vida de cada um. Não se trata de caprichos. A nossa posição consiste em que todos têm direito à realização das suas funções, mas no quadro das exigências existentes”, observou.
Anatoli Nogovitsin reafirmou que a Rússia não quer ver forças de paz georgianas na zona do conflito.
“Nessas fronteiras de responsabilidade, hoje apenas têm direito de cumprir a missão de paz as Forças Armadas da Rússia, que cumpre pontual e esforçadamente os acordos de 1992. A Geórgia, que violou de facto esse estatuto, não tem direito a cumprir funções de manutenção de paz”, explicou.
O general anunciou também que todas as tropas russas serão concentradas nas fronteiras da responsabilidade das forças de manutenção de paz do seu país na Ossétia do Sul até ao fim do dia 22 de Agosto.
Comentando as informações de que Moscovo poderá reforçar as suas forças navais no Mar Negro devido ao aparecimento de navios norte-americanos na região, Nogovitsin sublinhou que elas não correspondem à verdade.
“A Armada do Mar Negro não necessita de reforço. As unidades dessa Armada da Rússia são suficientes para a região”, frisou.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estive a fazer uma consulta e já se pode ver Tskinvali no Google Earth. A vilória é mesmo pequena!
A maior parte da cidade está intacta. Contudo, alguns blocos a Norte e Oeste da cidade estão claramente arrasados. Um outro bloco de apartamentos a 500m a SO de um lago foi "nivelado".
Por toda a cidade, aqui e ali, estão prédios e construções sem telhado e com aspecto de estarem queimadas.
Umas curiosidades: a uns 700m a SSE do lago e a 300m a Oeste do rio está o que parece ser uma trincheira (em zig-zag);
num bairro a NO da cidade está estacionado um helicóptero de transporte (a resolução não permite ver o tipo, mas deve ser um Mi-17); há camiões militares por todo o lado.
Infelizmente não se consegue ver Gori decentemente, a imagem está empastelada. Seria interessante estabelecer uma comparação...