24/08/2008
A Ucrânia celebrou hoje o Dia da Independência com a mais poderosa parada militar da sua história em Kiev. Milhares de soldados, dezenas de tanques e aviões voltaram à Praça da Independência, depois de um intervalo de sete anos.
Antes da parada, Victor Iuschenko, Presidente da Ucrânia, discursou para defender a acelaração do processo do seu país à NATO.
“Nós devemos acelerar o trabalho para aderir ao sistema europeu de segurança e para aumentar a capacidade de segurança do nosso país. Só esses passos garantem eficazmente a nossa segurança, a inviolabilidade das nossas fronteiras e a integridade da nossa terra”, afirmou.
“Cada um que se preocupa com a Ucrânia deve dizer abertamente: a adesão aoa sistema euro-atlântico de segurança é o único meio de defender eficazmente a vida e o bem estar das nossas famílias, filhos e netos”, acrescentou.
Iuschenko manifestou também o apoio à Geórgia no conflito com a Ossétia do Sul e da Rússia.
“A Ucrânia tudo fará para não permitir o aumento do vector da força na nossa região e para unir o mundo para a solução jurídica e justa das ameças dos “conflitos congelados” contra o “direito do forte” – concluiu o Presidente ucraniano.
A 24 de Agosto de 1991, a Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia proclamou a independência do país em relação à União Soviética e, num referendo realizado no dia 01 de Dezembro do mesmo ano, 90 por cento dos ucranianos apoiaram essa decisão.
Os festejos do Dia da Independência, informa a agência UNIAN, começaram com uma “Oração pela Ucrânia” na Igreja de Santa Sofia de Kiev, onde participou o dirigente ucraniano, Victor Iuschenko.
O serviço religioso foi seguido por uma parada militar na Praça da Independência, onde desfilaram cerca de seis mil soldados das mais bem treinadas unidades ucranianas.
Além disso, as ruas do centro da capital ucraniana foram atravessadas por 144 carros blindados, tanques e lança-mísseis, enquanto 08 helicópteros e 22 aviões sobrevoaram Kiev, entre os quais aparelhos Su e Mig.
A última parada militar da Ucrânia realizou-se m 2001, tendo a direcção ucraniana suspendido a realização desses eventos até este ano.
Os dirigentes ucranianos receiam que, controlada a situação no Cáucaso, Moscovo se vire para a Ucrânia, a pretexto deles terem apoiado a Geórgia, tanto mais que políticos influentes russos, como por exemplo, Iúri Lujkov, Presidente da Câmara de Moscovo, apresentam reivindicações teritoriais ao país vizinho.
Antes da parada, Victor Iuschenko, Presidente da Ucrânia, discursou para defender a acelaração do processo do seu país à NATO.
“Nós devemos acelerar o trabalho para aderir ao sistema europeu de segurança e para aumentar a capacidade de segurança do nosso país. Só esses passos garantem eficazmente a nossa segurança, a inviolabilidade das nossas fronteiras e a integridade da nossa terra”, afirmou.
“Cada um que se preocupa com a Ucrânia deve dizer abertamente: a adesão aoa sistema euro-atlântico de segurança é o único meio de defender eficazmente a vida e o bem estar das nossas famílias, filhos e netos”, acrescentou.
Iuschenko manifestou também o apoio à Geórgia no conflito com a Ossétia do Sul e da Rússia.
“A Ucrânia tudo fará para não permitir o aumento do vector da força na nossa região e para unir o mundo para a solução jurídica e justa das ameças dos “conflitos congelados” contra o “direito do forte” – concluiu o Presidente ucraniano.
A 24 de Agosto de 1991, a Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia proclamou a independência do país em relação à União Soviética e, num referendo realizado no dia 01 de Dezembro do mesmo ano, 90 por cento dos ucranianos apoiaram essa decisão.
Os festejos do Dia da Independência, informa a agência UNIAN, começaram com uma “Oração pela Ucrânia” na Igreja de Santa Sofia de Kiev, onde participou o dirigente ucraniano, Victor Iuschenko.
O serviço religioso foi seguido por uma parada militar na Praça da Independência, onde desfilaram cerca de seis mil soldados das mais bem treinadas unidades ucranianas.
Além disso, as ruas do centro da capital ucraniana foram atravessadas por 144 carros blindados, tanques e lança-mísseis, enquanto 08 helicópteros e 22 aviões sobrevoaram Kiev, entre os quais aparelhos Su e Mig.
A última parada militar da Ucrânia realizou-se m 2001, tendo a direcção ucraniana suspendido a realização desses eventos até este ano.
Os dirigentes ucranianos receiam que, controlada a situação no Cáucaso, Moscovo se vire para a Ucrânia, a pretexto deles terem apoiado a Geórgia, tanto mais que políticos influentes russos, como por exemplo, Iúri Lujkov, Presidente da Câmara de Moscovo, apresentam reivindicações teritoriais ao país vizinho.
19 comentários:
Mesmo o Sr Iuchenko não consegue esconder as suas tendencias pró-soviéticas. Já só falta admitir na Nato, a Mongólia
Tendências pró-soviéticas? O leitor não está enganado?
Esta parada militar so pode ter um significado, avisar a Russia de que "nós nao somos a Georgia, nao se metam connosco" Mas nao acredito muito que a imponente parada intimide a Russia.
Acho que temos aqui um efeito bola de neve: Georgia e Ucrania muito proximos da adesao à NATO Polonia assina acordo com os EUA para a instalaçao do escudo anti-misseis. Irá o kremelin ficar de braços cruzados, nao acredito!!!
Rui Carneiro
Boa noite. Tendências pró-soviéticas na parada militar bem ao estilo "Outubro Vermelho" e na forma de despotimo, pois contabilizado, pelo menos metade do povo da Ucrânia discorda em absoluto (e a Sra Timoshenko), e não só os de origem russa. Este presidente quer-se aliar ao ocidente mas nem consegue dissimular os maus hábitos de outrora. Era isso a que me referia. Cumpts
Passei por aqui e gostei do que vi e li. A verdade é esta, O Mundo está perigoso, Portugal está perigoso e Pinhel uma Linda mas tão mal tratada Cidade Portuguesa por estes políticos de cá está sem saída para a crise!
Visitem http://pinhelviva.blogspot.com/
o melhor para a ucrania seria aceitar a dominaçao russa
marcos santos
Caro Marcos Santos, concordo com sua interpretação das tendências pró-soviéticas, em relação à parada. Quando ao entregar-se ao domínio da Rússia, essa proposta ´e feita com tanta facilidade, pois é uma receita para os outros. Ponha-se no lugar dos ucranianos.
Caro Rui Carneiro, eu não seria tanto taxativo como você. A Ucrânia está muito melhor armada do que a Geórgia, tem, por exemplo, mísseis tácticos (não nucleares) que podem chegar às cidades russas.
Mas espero que as coisas não cheguem tão longe. Espero muito
M. Santos:
"[sobre a parada militar] Este presidente quer-se aliar ao ocidente mas nem consegue dissimular os maus hábitos de outrora."
Talvez se trate de falar a linguagem do adversário.
.
O problema aqui não é o de um confronto Rússia-Ucrânia mas sim o espectro de uma guerra civil com intervenções estrangeiras.
Metade da Ucrânia é habitada por russos e russófonos, mais ligados a Moscovo do que a Kiev. Duvido muito que eles estejam interessados em aderir à NATO, e será fácil, penso eu, instigá-los a uma revolta. O que fará Kiev nessa altura, enviará tanques para matar russos? E o que fará Moscovo, deixar-se-á ficar impavidamente? E o que fará a NATO? Auxiliará Kiev a matar uma minoria étnica queando uns anos antes destruiu a Sérvia para salvar uma minoria étnica?
O camarada Iuchenko joga um jogo perigoso, mas esquece-se que na eminência de uma guerra ele não lutará, contra um exército estrangeiro mas sim contra metade da sua população. E esta sim, poderá pedir ajuda ao exterior. Quererá a NATO meter-se neste vespeiro? Duvido, pois poderá levar muitas picadas...
Caro Pippo, será só Iuschenko que faz jogo perigoso? E Moscovo?
A Ucrânia serve a UE na questão da passagem do gás. E cada vez menos, com os novos projectos: South e North Stream, Nabucco,... .Os EUA servem-se da Ucrânia para limitar a hegemonia regional da Rússia. As ambições ocidentais dos dirigentes ucranianos (NATO e UE) parecem mais tentativas de chatear a Rússia do que uma estratégia económica para o país. Apesar da revolução laranja, os progressos económicos têm sido muito tímidos. A economia ucraniana é sim muito dependente dos Russos (exportações, gás, direitos de passagem do gás,..). Por exemplo, as exportações ucranianas têm sido puxadas pelo comportamento da industria pesada de transformação de matérias-primas (p.ex. siderurgia). Industrias altamente consumidoras de energia, energia essa fornecida a preços imbatíveis pelos russos. Afinal quem é que depende de quem Sr.s comentadores?? E já agora, Moscovo tem razão quando acusa a Ucrânia de querer consumir o gás a um quinto do preço de mercado, de não pagar o gás que consome e ainda por cima de roubar o gás dos pipelines (gás esse que é depois revendido aos europeus). Não é por acaso que a senhora Timotchenko é conhecida como a "princesa do gás". Desculpem mas temos razões para pensar que este poder politico ucraniano é muito pouco sério. Além do mais, é bom não esquecer que a parte leste do país tem vindo a apoiar os candidatos pro-Moscovo. Não quero ser o advogado dos russos, até porque eles têm gente muito melhor para o fazer. Agora, não queiram ser os advogados de um regime corrupto como é o regime de Kiev. Os primeiros que não merecem este regime são os próprios ucranianos.
Boas tardes. Antes de mais devo informar que MSantos é de "Manuel Santos" sendo Marco Santos outro ilustre comentador. Subscrevendo de todo os comentários de Nuno Bento, será melhor recordar o ínicio da história: A Rússia nos anos 90 não representava nenhuma ameaça. Apesar disso todo este cerco foi montado pelos EUA, ao fazer chegar ao poder destes países, líderes com ódio visceral aos russos. A pergunta que deixo é a seguinte: Toda a gente conhece a mentalidade do poder russo, mas se de início se tivesse abordado a Rússia acolhendo-a sem a hostilizar, se estes países em vez de quererem ser mais uma estrelinha na "stars n' strips" (só para ir buscar dinheiro, como nós fomos á UE) reclamando para os seus territórios bases americanas (meu deus, como os russos são sensíveis a isto) com armas e radares apontados ao coração da Rússia, se estes países fossem mais equidistantes, não haveria uma liderança Russa que fosse mais assertiva e menos paranóica? Cumpts
Caro Nuno Bento, os dirigentes ucranianos são uns corruptos. Estou de acordo. E os dirigentes russos.
Um exemplo, na sexta-feira, o Presidente Medvedev deu cidadania russa a um cidadão moldavo que é procurado pela Interpol, pois é um bandido, assassino, etc. No mesmo dia, foi anunciado que o Kremlin recusou a nacionalidade russa à jornalista moldava Natalia Morale,embora ela esteja casada com um cidadão russo. Essa jornalista foi expulsa da Rússia e assim "recompensada" por ter escrito artigos sobre a corrupção no Kremlin.
Caro Manuel Santos, estou de acordo consigo. O Ocidente teve uma política errada, para não utilizar um termo mais duro, para com a Rússia depois do fim da União Soviética, humilharam-na até dizer chega.
Mas lembra-se de um artigo que então foi escrito e apresentado como uma "revelação divina"? Chamava-se "O Fim da História" e foi escrito por um Sr. chamado Fukuyama. Afinal, o liberalismo não venceu, as coisas eram muito mais complicadas.
Mas o que passou, já lá vai. E, agora, deve-se emendar os erros do passado, o que é bem mais difícil do que cometê-los.
Caro José, parece-me, dadas as circunstâncias, que Kiev faz um jogo mais perigoso que Moscovo: Eis as razões:
1 - não tem o potencial económico da Rússia (e esta pode obter o que precisa de outras fontes);
2- não tem o potencial militar (se bem que isso, de momento, nem esteja em causa);
3 - é económicamente dependente do vizinho, como se viu há um ou dois anos atrás com os cortes de gás;
4 - adopta uma política externa claramente anti-russa;
5 (e a determinante, por ser a mais grave) - tem uma enorme fatia da população que não gosta muito de ser ucraniana e que, para mal dos pecados de V. Iuchenko, vive e trabalha no Leste do país, que é "apenas" o motor económico da Ucrânia.
Notem-se ainda umas coisas: os nacionalistas ucranianos são quase todos daz zonas de Kiev e Lvov, e muitos deles são Uniatas (católicos de rito bizantino, com mais ligações historicas com a Polónia do que com Moscovo); a sua capacidade de entrosamento com a população russa e russófona do Leste é mínima, para não dizer nula; e estes dirigentes nacionalistas participam activamente na política de cerco à Rússia, tal como foi preconizada por Zbigniew Brzezinski no seu "The Grand Chessboard".
Quanto à Rússia, esta não apostou em mudar o status quo com o fez a NATO/EUA há uma década atrás com a Bósnia, Crácia e Kosovo. Moscovo limitou-se a repor uma situação após uima agressão georgiana e colocou - e bem, a meu ver - um seu vizinho na ordem. Ou seja, não foi Moscovo quem agrediu; não foi Moscovo quem usou a força para mudar uma situação; e não foi Moscovo quem violou flagrantemente o DI, ao contrário dos seus acusadores. Como pode então ser A Rússia acusada de fazer "jogo perigoso"? O seu jogo não chega nem aos calcanhares, em termos de perigosidade, do jogo do "Ocidente", esse sim destabilizador e violador das normas básicas de convivência entre Estados.
Por isso, dadas as fraquezas, inclusive internas, do governo Iuchenko, parece-me que entre Moscovo e Kiev é Kiev quem anda a brincar com fósforos. Pode-se queimar...
pippo
Que exagero!!! os russos na ucrânia são 17% e não metade. Enquanto os ucranianos são 77%
http://en.wikipedia.org/wiki/Demographics_of_Ukraine
antunes
Tem razão, são 17% e não metade. Estive agora a ver os dados estatísticos. Russófonos são 24%. Contudo, 8 milhões de pessoas numa população de 46 milhões é "uma enorme fatia da população".E a sua importância é maior do que o seu peso demográfico.
Li aqui, que o melhor para a Ucrania era a ligação à Rússia.
E o melhor para Portugal? Como vamos sair desta?
Há alguma solução à vista?
Podres de nós.
Talvez sorrindo..............
Adenda.
Queria dizer, "pobres de nós"!
Mas na realidade também estamos "Podres"
Abraços
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