O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, garantiu o apego do seu país à economia aberta e à renúncia do confronto, à atracção de investimentos estrangeiros.
“Apostamos na iniciativa privada, na liberdade de empreendimento, na abertura e integração racional na economia mundial”, declarou Putin no Fórum Económico de Sotchi, que reúne centenas de empresários estrangeiros e russos.
“As tentativas de atirar a Rússia para os tempos da guerra fria são uma ameaça directa ao nosso projecto de modernização. No fundo, são um desejo de o fazer abortar”, acrescentou.
Estas declarações do primeiro-ministro russo seguiram-se a afirmações de Robert Gates, ministro da Defesa dos Estados Unidos, que, numa entrevista à SkyNews, declarou que a Rússia poderá ter de enfrentar uma resposta de força da parte de Washington caso ataque a Geórgia depois da sua entrada na NATO.
“O confronto não é uma opção nossa. Não haverá da parte da Rússia nenhum “encerramento do mercado” politicamente motivado ou ruptura dos laços económicos”, declarou Putin.
O dirigente russo não se cansou de chamar a atenção para os factores atractivos do mercado russo.
“O nosso mercado já se tornou, segundo muitos parâmetros, o maior na Europa. No mundo há poucos países prontos a conceder ao mundo dos negócios um leque tão amplo de campos de investimentos: desde a agricultura e do sistema comunal ao projecto olímpico e altas tecnologias”, defendeu.
Vladimir Putin revelou que todos os índices fundamentais da economia russa continuam “dentro das normas”, incluindo o saldo positivo do comércio externo e o proficite do orçamento.
“Ao contrário dos nos anteriores, a Rússia tem hoje outro nível de desenvolvimento da economia e do sistema financeiro, outra reserva, qualitativamente maior, de solidez do Estado e do mundo de negócios russo”, sublinhou.
“As nossas reservas financeiras são de 550 mil milhões de dólares. Além disso, o Fundo de Reserva dispõe de 140 mil milhões e o Fundo do Bem-estar Nacional tem 32 mil milhões de dólares”, revelou.
Segundo o primeiro-ministro russo, “sinais negativos dos mercados financeiros mundiais estavam a chegar há alguns meses. São conhecidos os problemas ligados à “hipoteca americana”. Começaram a sentir dificuldades grandes institutos financeiros internacionais. Tendo em conta a grande interdependência, isso devia reflectir-se, mais tarde ou mais cedo, nos mercados em desenvolvimento, incluindo o russo”.
“Não gostaria de misturar a economia e a política, mas penso que muitos compreendem que, através da crise, através dos problemas, foi dado mais um passo para o reforço do mundo multipolar”, acrescentou.
Vladimir Putin considera que o mercado financeiro russo vai recuperar rapidamente e que ele é subestimados pelos investidores estrangeiros.
“Pode-se avaliar de forma diversa os seus parâmetros, mas acho que ele é fortemente subestimado segundo um parâmetro fundamental como a correlação entre o valor do mercado e os lucros das companhias cotadas”, afirmou.
“Em geral, está criado um forte alicerce para os investimentos. A Rússia é a sétima economia do mundo. Nos últimos dez anos, o PIB cresceu, anualmente, cerca de 07 por cento, os rendimentos reais da população aumentaram a uma média anual de 10 por cento”, acrescentou.
Estas declarações ocorrem num momento em que tem lugar uma forte saída de capitais do mercado russo. As autoridades russas reconheceram que, após o início da guerra entre a Geórgia e a Rússia a 07 de Agosto, a fuga de capitais foi de cerca de 07 mil milhões de euros, mas analistas independentes falam em 35 mil milhões.
“Apostamos na iniciativa privada, na liberdade de empreendimento, na abertura e integração racional na economia mundial”, declarou Putin no Fórum Económico de Sotchi, que reúne centenas de empresários estrangeiros e russos.
“As tentativas de atirar a Rússia para os tempos da guerra fria são uma ameaça directa ao nosso projecto de modernização. No fundo, são um desejo de o fazer abortar”, acrescentou.
Estas declarações do primeiro-ministro russo seguiram-se a afirmações de Robert Gates, ministro da Defesa dos Estados Unidos, que, numa entrevista à SkyNews, declarou que a Rússia poderá ter de enfrentar uma resposta de força da parte de Washington caso ataque a Geórgia depois da sua entrada na NATO.
“O confronto não é uma opção nossa. Não haverá da parte da Rússia nenhum “encerramento do mercado” politicamente motivado ou ruptura dos laços económicos”, declarou Putin.
O dirigente russo não se cansou de chamar a atenção para os factores atractivos do mercado russo.
“O nosso mercado já se tornou, segundo muitos parâmetros, o maior na Europa. No mundo há poucos países prontos a conceder ao mundo dos negócios um leque tão amplo de campos de investimentos: desde a agricultura e do sistema comunal ao projecto olímpico e altas tecnologias”, defendeu.
Vladimir Putin revelou que todos os índices fundamentais da economia russa continuam “dentro das normas”, incluindo o saldo positivo do comércio externo e o proficite do orçamento.
“Ao contrário dos nos anteriores, a Rússia tem hoje outro nível de desenvolvimento da economia e do sistema financeiro, outra reserva, qualitativamente maior, de solidez do Estado e do mundo de negócios russo”, sublinhou.
“As nossas reservas financeiras são de 550 mil milhões de dólares. Além disso, o Fundo de Reserva dispõe de 140 mil milhões e o Fundo do Bem-estar Nacional tem 32 mil milhões de dólares”, revelou.
Segundo o primeiro-ministro russo, “sinais negativos dos mercados financeiros mundiais estavam a chegar há alguns meses. São conhecidos os problemas ligados à “hipoteca americana”. Começaram a sentir dificuldades grandes institutos financeiros internacionais. Tendo em conta a grande interdependência, isso devia reflectir-se, mais tarde ou mais cedo, nos mercados em desenvolvimento, incluindo o russo”.
“Não gostaria de misturar a economia e a política, mas penso que muitos compreendem que, através da crise, através dos problemas, foi dado mais um passo para o reforço do mundo multipolar”, acrescentou.
Vladimir Putin considera que o mercado financeiro russo vai recuperar rapidamente e que ele é subestimados pelos investidores estrangeiros.
“Pode-se avaliar de forma diversa os seus parâmetros, mas acho que ele é fortemente subestimado segundo um parâmetro fundamental como a correlação entre o valor do mercado e os lucros das companhias cotadas”, afirmou.
“Em geral, está criado um forte alicerce para os investimentos. A Rússia é a sétima economia do mundo. Nos últimos dez anos, o PIB cresceu, anualmente, cerca de 07 por cento, os rendimentos reais da população aumentaram a uma média anual de 10 por cento”, acrescentou.
Estas declarações ocorrem num momento em que tem lugar uma forte saída de capitais do mercado russo. As autoridades russas reconheceram que, após o início da guerra entre a Geórgia e a Rússia a 07 de Agosto, a fuga de capitais foi de cerca de 07 mil milhões de euros, mas analistas independentes falam em 35 mil milhões.
22 comentários:
"A Rússia é a sétima economia do mundo."(Putin)
É impressionante como os russos(seus dirigentes) adoram "arrotar" uma grandeza que não possuem.
Seria isso necessidade de auto-afirmação, complexo...?
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(nominal)
Na verdade, segundo o FMI(como também pelo Banco Mundial e o CIA World Factbook), o país tem o décimo-primeiro PIB Nominal, atrás de países como Espanha e Brasil.
Atenção, há que ter cuidado ao usar essa estatísticas!
Por exemplo se recorrermos ao Produto Interno Bruto - Paridade de Poder de Compra (ou purchasing power parity - PPP), que é mais útil para comparar as diferenças no nível de vida entre os países (e portanto, a vitalidade da sua economia), verificamos que segundo o FMI, o Banco Mundial e o CIA Fact Book, a Rússia está em 7º lugar (FMI e CIA) ou 6º (BM).
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(PPP)
A Rússia é a salvação para as empresas europeias. Tem um potencial de mercado enorme, assim como uma mão-de-obra muito competente. No continente americano os europeus já não são competitivos; e no continente africano deparam-se com a ganância dos chineses. Ha muito que os franceses compreenderam isto e não se estão a dar nada mal: na finança russa; no sector automóvel; etc.
Se levarmos em conta o PIB PPC a China JÁ É a Segunda Potência Mundial. Com um PIB quase 4 vezes maior que da Rússia.
zé carlos
e se levarmos em conta o IDH (HDI) a Rússia (0,802)tem quase a mesma qualidade de vida que a Albânia (0,801) e Brasil (0,800) e pior que da Líbia, Panamá, Bosnia, Arábia Saudita, México, Cuba, etc. Se pensar que na época da URSS apresentava umas das melhores qualidades de vida do bloco comunista...que queda.
A economia vai bem, o povo vai mal...
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_Human_Development_Index
zé carlos
A estatísticas citadas estão corretas, e quando vocês comentaram a questão da qualidade de vida, também era melhor na União Soviética, assim como o índice de pobreza no Brasil era menor no regime militar, isto é o preço da economia de mercado imposta à Russia que adotava um regime totalmente diferente e agora sofre com a frieza e selvageria do capitalismo em que uma minoria tem tudo e a grande maioria não tem nada, mas é isto que a União Européia e os Estados Unidos queriam, um grande território para servir de mercado e extração de recursos. O erro é continuar avaliando o poder da Rússia em comparação com a União Soviética, a economia Russa hoje é melhor do que na era Soviética, sem ter que sustentar os estados satélites até com grãos como ocorria até 1990. Hoje a maioria destes estados(países) querem ser ou são da NATO. A Rússia está melhor sem eles. Quanto à China esta sim é uma potência econômica emergente e torna-se cada vez mais uma potência militar perigosa, apesar de seu poder causar mais preocupação em nível regional, principalmente para Taiwan, vai ser um tema interessante quando a China se sentir segura e confiante para fazer a reivindicação final sobre este país e esta não for atendida de forma pacífica, estou curioso para ver qual vai ser a reação dos Estados Unidos e da NATO. A China tem seus traumas e não são poucos, só é relembrar quais foram as potências Européias, mais os Americanos e os Japoneses que ocuparam o país e cometeram muitas atrocidades. Os Chineses não esqueceram e no momento praticam uma arte que lhes é milenar "A Paciência", portanto aguardem.
wandard,
a sua análise está correcta.
A China cultiva a arte da "paciência", e enquanto isso vai enchendo os seus cofres e proliferando nos mercados financeiros norte-americanos e ingleses, juntamente com Singapura e Hong Kong, através da compra de títulos de dívida. Este facto por si só, deveria constituir um factor de grande preocupação para o ocidente, apesar de eu pensar que, para já, a China vai funcionar como fiel da balança em eventuais conflitos de tipo bélico que possam surgir, atendendo a que o seu crescimento económico assenta sobretudo nos índices da exportação em larga escala.
"Hoje a maioria destes estados(países) querem ser ou são da NATO. A Rússia está melhor sem eles."
E "eles" também estão melhor sem a Rússia...é isso que querem a Geórgia, Ucrânia, Bálticos, etc. Uma existência melhor sem a Rússia.
zé carlos
A russia é hoje a 6 maior economia do mundo, 2,5 triliões $.
Calculem então qual seria a dimensão da economia soviética, se ainda fosse 1 país unificado e tivesse continuado a crescer desde 1989 até aos dias de hoje.
A Rússia NAO é a sexta economia do mundo, e sim a décima-primeira.
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(nominal)
Fato é fato.
Boas!
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra! A Rússia tem crescido muito, isso é inegável, tanto economicamente como em termos de importância internacional - se bem que neste parâmetro me parece mais uma imposição russa do que qualquer outra coisa - e tem de ser respeitada, mas com bom senso, pois a base da qual eles partiram me parece frágil e a canalização de fundos astronómicos para fins militares só o vem reforçar.
Quanto à China ainda é mais forte, tens mais biliões - fala-se numa reserva de um trilião e meio de dólares(!!!), uma autêntica bomba atómica financeira - mas também tem muitas questões internas por resolver e não falo só de problemas de soberania! Atentemos nos seus gigantescos problemas demográficos. Uma sociedade "sã" e equilibrada não se pode construir daquela forma, pois as autoridades chinesas ao querer estancar o crescimento exponencial de população, impuseram a política do filho único, que na maioria dos casos era mesmo filho e não "filha", o que daqui a duas ou três gerações terá efeitos catastróficos para a economia chinesa, pois a população activa não será capaz produzir o suficiente para suportar os enormes custos da população em idade de reforma.
Parece que esse gigantesco trilião já terá pelo menos um destino...
sr. Gilberto Mucio,
insistir no mesmo ponto 2 vezes de maneira errada já revela que é mesmo ignorancia e não um lapso.
O PIB da russia em termos nominais era 195 bilioes em 1999, em 2008, pelo mesmo sistema será 1700-1800 biliões.
O sr acredita mesmo que a economia russa cresceu quase 10 vezes entre 1999-2008?!!
(cresceu cerca de 80%, 7% ao ano).
O tamanho de uma economia é complexo de medir, o mecanismo mais correcto para o fazer é atravez do sistema PPP-paridade poder de compra, que elimina variações de moeda e preços.
bruno
Interessante que enquanto a economia russa está crescendo, a qualidade de vida das pessoas está caindo cada vez mais.
soares
Caro, Bruno.
Voce tem algum problema cognitivo, camarada, dislexia, ou algo do tipo?
Veja o link que eu te passei. Veja tambem no site do FMI, BM...!
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(nominal)
sr. Gilberto Mucio
Continue a tocar viola e deixe esses assuntos mais complicados que não domina e são demais para a sua cabeça.
bruno.
Caro Bruno: a sua observação é correcta, dado a saúde e estado de uma economia se medirem por vários parâmetros (PIB, rendimento per capita, criação de emprego, etc) e não pela análise muito simplista do PIB, no seu valor absoluto. Há apenas duas ressalvas: no caso russo, a péssima destribuição de riqueza, e claro está, o número dado por Putin, que obviamente será questionável. O valor correcto, tambem não tenho dados para lhe responder.
Manuel Santos
Eu recordo-me de em 1999( estudava economia no 12*ano) dizer aos professores de economia que a russia em 10-15 anos seria novamente uma das maiores economias do mundo, na altura, fui acusado de ser pouco realista.Mas quem tinha rasão era eu.
Tenho a firme convicção que se a russia inverter a queda demografica nos proximos anos vai ser uma economia muito mais poderosa do que por exemplo a americana que é um total desastre, demoraria horas a explicar o porquê, dica;verifiquem o défice comercial americano.
a intervenção recente do estado americano na economia é paradoxal, defendem o mercado mas manipulam-no atraves da intervenção directa ou indirecta(guerras e manipulação politica).
bruno
De facto, Bruno, creio que o principal problema russo prende-se com a demografia. Não sei como é que eles vão resolver isso (nem nós, os europeus ocidentais), mas em qualquer caso é fundamental para a sobrevivência deste país.
A Rússia melhorou mas... está longe de ter um nível de industrialização da Europa ocidental e distante até mesmo de países como Brasil, Malasia e Mexico. Ela é excessivamente dependente de gás e petróleo que são 80% de suas exportações (concentradas na europa), que fazem gerar um grandes superavits comerciais que em 2007 passou dos 100 U$ bi que permitiu ao país criar reservas e alimentar o mercado interno, que vive uma inflação de 13% neste ano à uma taxa de juros de 7,5% nominais que descontadas a inflação se torna negativa, sinal que bancos de investimentos e rolagens de dívidas públicas podem entrar em dificuldades, já que a inflação é maior que os juros... A Rússia corre o risco de no futuro ter turbulências com boa parte dos bancos, já está acontecendo com o sber bank que no último dia 17 recebeu 14 bi de ajuda com a bolsa desabando mais de 20%. A Rússia ainda é vunerável, o pib em parte está inflado pela inflação que vem gerando altos custos de vida, mais cedo ou mais tarde a econômia vai passar por algum ajuste...Já vimos algo parecido no Brasil nos anos 60-70 e nos 80 veio a bomba...
Mas quem apregoou que podia viver de costas para o Ocidente foi Medvedev!
Agora caíram na real, como dizem os brasileiros: onde têm $$$ e tecnologia para se desenvolver?
Essa de dizer que na URSS se vivia melhor é muito questionável.
E as estatísticas tb.No tempo da URSS eram fabricadas, pq não havia entidades independentes.
Creio que a melhor "estatística" será O José Milhazes.
Se ainda ler este comentário atrasado.
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