O Kremlin não pretende aprofundar o conflito como Ocidente e “afastará” altos funcionários comprometidos com a “retórica agressiva” contra a União Europeia e os Estados Unidos, escreve hoje o diário Nezavissimaia Gazeta.
O jornal, citando fontes informadas na administração do Presidente da Rússia, informa que Dmitri Medvedev tenciona passar para uma política de “desanuviamento moderado” com o Ocidente devido a vários factores, como “a reacção bastante moderada dos Estados Unidos e particularmente da União Europeia face ao reconhecimento da Abkházia e da Ossétia do Sul pela Rússia”.
Segundo as fontes do jornal, o Kremlin poderá “melhorar a sorte de vários cidadãos russos que no Ocidente são considerados presos políticos (à excepção de Mikhail Khodorkovski)”, “liberalizar as condições da participação de grandes corporações transatlânticas em projectos de extracção de matérias-primas em território russo” e “propôr ao Ocidente a mudança de cargo de alguns funcionários que provocam demasiada irritação no Ocidente e nas capitais europeias, passarão para segundo plano”.
Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia poderá ser uma das primeiras vítimas dessa rotação.
“Muitos coincidem em que o chefe da diplomacia russa, que formalmente deveria reconciliar as contradições políticas e afinar as arestas, exagerou na retórica “patriótica””, escreve o jornal, acrescentando que “Lavrov, altamente estimado por Putin e Medvedev, poderá ser até promovido a vice-primeiro-ministro, mas já não será o rosto da política externa”.
O Nezavissimaia Gazeta sublinha, porém, que o Kremlin continuará a defender rigidamente as suas posições, não pretendendo ceder nas questões do reconhecimento da independência da Abkházia e Ossétia do Sul e da instalação de bases militares nos seus territórios.
“Exluem-se também cedências radicais na esfera económica, por exemplo, a ratificação da Carta Energética, que prevê o trânsito livre dos combustíveis asiáticos através do território da Rússia”, continua o diário russo.
O jornal, citando fontes informadas na administração do Presidente da Rússia, informa que Dmitri Medvedev tenciona passar para uma política de “desanuviamento moderado” com o Ocidente devido a vários factores, como “a reacção bastante moderada dos Estados Unidos e particularmente da União Europeia face ao reconhecimento da Abkházia e da Ossétia do Sul pela Rússia”.
Segundo as fontes do jornal, o Kremlin poderá “melhorar a sorte de vários cidadãos russos que no Ocidente são considerados presos políticos (à excepção de Mikhail Khodorkovski)”, “liberalizar as condições da participação de grandes corporações transatlânticas em projectos de extracção de matérias-primas em território russo” e “propôr ao Ocidente a mudança de cargo de alguns funcionários que provocam demasiada irritação no Ocidente e nas capitais europeias, passarão para segundo plano”.
Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia poderá ser uma das primeiras vítimas dessa rotação.
“Muitos coincidem em que o chefe da diplomacia russa, que formalmente deveria reconciliar as contradições políticas e afinar as arestas, exagerou na retórica “patriótica””, escreve o jornal, acrescentando que “Lavrov, altamente estimado por Putin e Medvedev, poderá ser até promovido a vice-primeiro-ministro, mas já não será o rosto da política externa”.
O Nezavissimaia Gazeta sublinha, porém, que o Kremlin continuará a defender rigidamente as suas posições, não pretendendo ceder nas questões do reconhecimento da independência da Abkházia e Ossétia do Sul e da instalação de bases militares nos seus territórios.
“Exluem-se também cedências radicais na esfera económica, por exemplo, a ratificação da Carta Energética, que prevê o trânsito livre dos combustíveis asiáticos através do território da Rússia”, continua o diário russo.
7 comentários:
Estratégia politica, sem duvida. Até porque penso sinceramente que o Sr. Lavrov é um funcionário de grande qualidade. A gestão externa da invasão da Geórgia não seria fácil para ninguém, e julgo que ele teve uma actuação interessante apesar de todas as condicionantes. Estou certo que não vai ser completamente encostado ao armário.
A velha estratégia comunista: um passo atrás e dois à frente.
Acho que começa a imperar o bom senso nos dirigentes russos. É bom que assim seja, para bem de todos os povos do mundo e em particular da Europa.
Sou partidaria de uma adesão da Russia à Europa democratica,faz falta, mas para isso terão que ser eles a inflectir e mudar as práticas menos claras e democratizar a sociedade em todas as suas vertentes.
Se assim for, por mim, serão bem vindos.
O posicionamento patriótico de Lavrov, deve ser merecidamente reconhecido pela Rússia. Depois dos anos de humilhações e principalmente do trânsito de personalidades políticas como a Srª Condoleeza Rice, Donald Rumsfeld, George Bush e agora a Srª Sara Palin destilando prepotência e ar de superioridade, suas atitudes e a atitude de qualquer representante de uma nação que queira se impor perante humilhações não poderia ser diferente. A França foi sensata quando se retirou da NATO na década de sessenta apesar do ensaio de retorno atual, agora Sarkozy dá um passo à frente no sentido de buscar um acordo com a Rússia. já é passada a hora da União Européia rever seus conceitos, seu posicionamento radical já custou duas guerras mundiais e qulquer erro de cálculo daqui por diante poderá levar a um conflito futuro.
Se Lavrov for corrido, seria um tiro no pé para a Rússia.
Voltamos aos tempos do ignóbil "Homem de Aço" que corria (...) os competentes com medo da concorrência?
Pelos vistos, poderá estar de saída como MNE, não gabinete. Em qualquer caso, penso que a sua actuação foi muito positiva e ele revelou, a todo o tempo, uma extraordinária contenção, pois deveria ter sido mais duro nas suas palavras. Mas a diplomacia tem outras exigências...
Grande peta! Viu-se o desanuviamento com a reestruturação militar. Metade dos jornalistas em Moscovo trabalham para a CIA.
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