sexta-feira, setembro 26, 2008

Moscovo envia vaso de guerra para combater pirataria nas costas da Somália


A Rússia enviou o vaso de guarda-costeira Neustrachimii (Destemido) para as costas da Somália a fim de combater a pirataria e libertar o navio ucraniano Faina, que transportava tanques de guerra para o Quénia e ontem foi desviado por piratas somalis.
“O navio de guerra russo, sob o comando do capitão de mar e guerra Oleg Gurinov, saiu do porto principal da Armada do Báltico no dia 24 de Setembro com o objectivo de garantir a presença militar naval em vários oceanos”, anunciou Igor Digalo, porta-voz da Marinha da Rússia.
Digalo precisou que o Destemido irá proteger os navios mercantes russos junto das costas da Somália.
No início da semana, o almirante Vladimir Visotskii, comandante da Marinha de Guerra da Rússia, admitiu o envio de navios de guerra russos para combater a pirataria.
“Planeia-se realizar isso nos próximos. tempos. Porém, os navios russos não participarão em manobras internacionais, mas irão realizar essa tarefa separadamente”, declarou o almirante russo, citado pela Agência Interfax.
O navio guarda-costeiro faz parte da Armada do Báltico da Rússia desde 1993. Com um comprimento de 128,9 metros e 15,6 metros de largura e um calado de 3 590 toneladas, pode atingir 30 milhas por hora e transportar 210 marinheiros.
O Destemido está equipado com complexos de mísseis de combate a submarinos e aviões, metralhadoras de 100 mm e torpedos. O navio transporta também um helicóptero Ka-27.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, o navio ucraniano Faina, que navegava sob a bandeira de Belize, foi tomado de assalto por piratas somalis perto da costa do Quénia, para onde transportava 33 tanques T-72.
A tripulação do navio mercante era constituída por 21 homens, 17 dos quais ucranianos, três russos e um letão.

17 comentários:

Anónimo disse...

Interessante. Um só navio. Igualmente interessante, pertence à esquadra do Báltico (levará bastante tempo a chegar ao seu destino). Mais intessante ainda, vai para a Somália para proteger um navio ucraniano (ou seja, vai passar um atestado de incapacidade às autoridades ucranianas).

Em termos meramente militares, a eficácia de um navio destes é magra, pois a sua principal função é a luta anti-submarina. Por outro lado, como afirmação política é uma manobra inteligente. Note-se, contudo, que é apenas um navio, sem grandes necessidades logísticas, e que não constitui uma "ameaça" aos interesses norte-americanos na região. A não ser, é claro, que os russos estejam a entabular conversações, por exemplo, com Asmara, para adquirir "facilidades" na região...

Como é que reagirá Washington se os russos decidirem aumentar a sua presença aeronaval na coutada norte-americana?

Nota: JM, tem de corrigir as especificações técnicas. Aqui vão:
1 - não é um navio guarda-costas mas sim uma fragata ASW (Anti-Submarine Warfare).
2 - está equipado com mísseis anti-navio Kh 35 Uran; lnçador anti-submarino RBU-6000; torpedos ASW; mísseis AA Tor e um canhão de tiro rápido de 100mm (tal como as nossas fragatas, uma vez que este tipo de canhão tembém tem função anti-aérea); e claro, o Kamov 27, um "must" na marinha russa.

Anónimo disse...

Já agora, JM, posso colocar este tipo de artigos e alguns dos comentários no meu Hi5? Referirei a origem, é óbvio...

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Pippo, Não é um atestado de incapacidade às autoridades ucranianas, porque, antes, foram desviados navios russos e no navio ucraniano há três tripulantes russos. Trata-se, como afirmou a Marinha Russa, de defender os seus navios. Dmitri Medvedev prometeu defender os cidadãos russos em qualquer lugar.
Quanto à Ucrânia, este país pode não ter capacidade e meios para enviar navios para a Somália.
Quanto às características do navio e armamentos, agradeço que as envie em português. Eu traduzi do russo e não sou craque em armamentos, mas também não gosto de escrever em inglês. Será que se trata de uma fragata de combate a submarinos? Quanto aos mísseis que o barco leva e outros armamentos, obrigado pela informação.
Caro Pippo, pode colocar todos estes materiais onde achar por bem.

Anónimo disse...

A designação ASW é uma designação NATO. É, evidentemente, uma fragata de luta anti-submarina.

Obrigado pela permissão.
Ab,

osátiro disse...

JM parece que alguém do Kremlin leu os seus posts!!!
Há dias, a propósito das manobras com a Venezuela, deu como exemplo o facto da Rússia não enviar navios para as costas da Somália para combater os piratas.
Alguém leu isso...
Estou curioso para ver como os russos irão combater os piratas, se vai ser destruir tudo em frente, e como vão reagir as carpideiras de Guantanamo.

osátiro disse...

Pippo, essa da coutada USA é de paranóia anti USA e dá vontade de rir!
São os USA quem garante a navegabilidade em toda aquela região, que permite o transporte de petróleo em segurança, para que os preços não subam ainda mais, e seu carro não pague gasolina a preços astronómicos.
A cegueira anti USA é doentia.

MSantos disse...

Boa tarde

Para quem quiser obter informação sobre a classe Neustrashimy:

http://en.wikipedia.org/wiki/
Neustrashimy_class_frigate

Que estranho o presidente ucraniano não pedir ajuda aos amigalhaços de Washington, e ter de ser um navio russo a partir (quanta ironia).

A marinha ucraniana tem várias fragatas "Krivak" e presumo que ainda detenha um cruzador pesado classe "Slava". Sobre as condições de navegabilidade dos navios, isso já será outra conversa.

Anónimo disse...

Parece que o regime houviu os conselhos do Sr. Milhazes.

Estamos... a caminhar rapidamente em colocar a navegar centenas de navios militares,armados com sistemas sofisticadissimos e poderosos em destruição.
Estou crendo, que algo de terrível está para acontecer neste planeta.

É minha convicção e de fé, que o mundo está a ser governado, em todos os lados, por um conjunto de politicos que assaltaram o poder, rafeiros, mafiosos e perigosos que se preparam para o confronto. E ele vem aí.

Anónimo disse...

Osátiro, mas onde é que está a paranoia anti-americana? Os EUA não controlam os estreitos para que o seu (do Osátiro) carro ande com gasolina barata, controlam-nos porque é do seu (norte-americano) interesse.

Os EUA são uma potência naval, aliás, todo o seu poder se baseia numa concepção de poder naval vs poder terrestre em conformidade com as concepções do Alfred T. Mahan e do Halford McKinder.
O Estreito de Aden, assim como o de Ormuz, são pedras fundamentais para o controlo dos mares e para o fluxo de matérias primas. Já o eram na concepção de poder naval português de Afonso de Albuquerque relativamente ao Índico.
Por essa razão, estes mares são, sim senhor, uma coutada norte-americana porque deles depende a subsistência económica dos EUA, e eles não verão com agrado uma forte presença naval de uma poência inimiga na região. E podem acreditar que a Rússia não é vista como "parceira" mas sim como inimiga.

A presença de uma mera fragata na Somália não alterará grande coisa no que diz respeito à luta anti-pirática (os indonésios e malaios andam nisso há anos e com bem mais que um navio), mas serve, isso sim, para ridicularizar Kiev, que comprovadamente nem consegue proteger os seus navios e cidadãos.

Mas as coisas mudarão caso os russos tomem a decisão de colocar uma "Task Force" na região, com umas duas/três fragatas e outros tantos navios menores, um navio de apoio e, quem sabe, uma base naval amiga na região (não sei como estão as relações entre Moscovo e Asmara, mas nunca se sabe).

Enfim, o que eu quero dizer com isto tudo que as minhas afirmações não são fruto de uma qualquer paranoia anti-qualquer-coisa, mas sim geopolítica, e nada mais que isso.

Anónimo disse...

Retirei isto deste site (http://ap.google.com/article/ALeqM5ifpBJseu0GVLta5D6t_1zOpaKSiwD93ENISO0):

(...)"The Navy says the 5th Fleet includes the USS Ronald Reagan aircraft carrier and several support ships, which "deter destabilizing activities and ensure a lawful maritime order in the Arabian (Persian) Gulf, Arabian Sea, Gulf of Oman and Gulf of Aden.""[note-se que nem toda esta esquadra serve de dissuasor aos piratas africanas]
(...) "Most of their [pirate]attacks are based on opportunity. So if they see something that looks attackable and looks captureable, they'll attack it," he said.
Middleton said it was unclear how the pirates might react if confronted by military action, noting that they have fled from authorities in the past. On the other hand, he said, they are usually well-armed and organized and are based in an unstable country — Somalia.
"It could potentially get pretty messy," he said.
Long a hazard for maritime shippers — particularly in the Indian Ocean and its peripheries — high-seas piracy has triggered greater alarm since the Sept. 11 terrorist attacks on the United States because of its potential as a funding and supply source for global terrorism.
Pirate attacks worldwide have surged this year and Africa remains the world's top piracy hotspot, with 24 reported attacks in Somalia and 18 in Nigeria this year, according to the International Maritime Bureau's piracy reporting center. (...) In June, the U.N. Security Council — pushed by France and the United States — unanimously adopted a resolution allowing ships of foreign nations that cooperate with the Somali government to enter their territorial waters "for the purpose of repressing acts of piracy and armed robbery at sea."

Para uma introdução à pirataria nos estreitos de Malaca e Lombok, podem explorar o site do IIAS: http://www.iias.nl/index.php?q=search/node/piracy

Abraço a todos,

Anónimo disse...

Mais umas informações:

1 - No site http://life.ru/ está a ser feita uma cobertura deste caso ("entrevista exclusiva com o capitão do navio Faina"). O JM poderá adiantar mais alguma coisa?
2 - Ontem um navio grego foi apresado por piratas somalis. Aparentemente, os bandidos actuam na zona semi-independente de Puntland (Norte da Somália, anteriormente ocupada pelos ingleses, ao contrário do restante país que foi colonizado pelos italianos).

Silva Brandão disse...

"O Destemido está equipado com complexos de mísseis de combate a submarinos e aviões, metralhadoras de 100 mm e torpedos."

apenas uma sugestão de correcção: para "mísseis de combate a submarinos" que serão torpedos e "metralhadoras de 100mm" que serão peças de 100mm.

Continuação do excelente trabalho,

Um fiel leitor

Slayer disse...

A mim quer-me parecer que os russos não vão ficar a olhar quando la chegarem e vamos ter imagens dum resgate típico da Spetsnaz.

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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