Victor Ianukovitch, dirigente do Partido das Regiões (pró-russo) anunciou que aceita cooperar com a primeira-ministra da Ucrânia, Iúlia Timochenko caso ele seja Presidente e ela continue à frente do Governo.
“Eu tenho paciência, embora isso não seja nada simples, convencionalmente falando. Tenho grande experiência de trabalho em diferentes condições com pessoas”, declarou Ianukovitch, citado pela agência RBC-Ucrânia.
Estas declarações vêem fundamentar as suspeitas, levantadas na quinta-feira pelo diário Segodnia, de que Timochenko e Ianukovitch chegaram a um acordo “estratégico e para o futuro”.
O jornal, baseando-se em declarações de vários deputados ucranianos, escreveu que “a estratégia é a seguinte: Ianukovitch será Presidente, Timochenko será primeira-ministra”.
“As eleições presidenciais realizam-se nos prazos previstos, ou seja, nos finais de 2009 ou princípio de 2010. Timochenko participa na primeira volta das eleições, mas desiste, deixando frente a frebte Victor Iuschenko e Victor Ianukovitch. Claro que vence o último”, sublinha o diário.
Segundo fontes deste jornal, Timochenko renunciará ao cargo de Presidente, porque a Constituição será alterada.
“Depois das presidenciais, o primeiro-ministro torna-se um verdadeiro senhor, ficando para o Presidente a política externa e e comando das Forças Armadas”, conclui.
Na terça-feira, o Presidente da Ucrânia, Victor Iuschenko, considerou que os acontecimentos na Rada Suprema (Parlamento do país) deram início a uma nova coligação e que, se ela não for formalizada nos prazos legais, poderá dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas.
Na segunda-feira, a Rada Suprema aprovou, com os votos do Partido das Regiões, Partido Comunista (forças políticas pró-russas) e do Bloco de Iúlia Timochenko ( chefiado pela primeira-ministra e aliada de Iuschenko na revolução “laranja de 2004), uma lei que facilita o afastamento do Presidente da República desse cargo, reduz os poderes presidenciais e alarga as prerrogativas do Governo.
“De facto, na Rada Suprema foi criada uma nova coligação parlamentar. O Bloco de Iúlia Timochenko passou a cooperar com o Partido das Regiões e os comunistas, recusou as propostas de trabalho contrutivo com o bloco Nossa Ucrânia – Autodefesa Popular”, declarou então o Presidente ucraniano.
“Eu tenho paciência, embora isso não seja nada simples, convencionalmente falando. Tenho grande experiência de trabalho em diferentes condições com pessoas”, declarou Ianukovitch, citado pela agência RBC-Ucrânia.
Estas declarações vêem fundamentar as suspeitas, levantadas na quinta-feira pelo diário Segodnia, de que Timochenko e Ianukovitch chegaram a um acordo “estratégico e para o futuro”.
O jornal, baseando-se em declarações de vários deputados ucranianos, escreveu que “a estratégia é a seguinte: Ianukovitch será Presidente, Timochenko será primeira-ministra”.
“As eleições presidenciais realizam-se nos prazos previstos, ou seja, nos finais de 2009 ou princípio de 2010. Timochenko participa na primeira volta das eleições, mas desiste, deixando frente a frebte Victor Iuschenko e Victor Ianukovitch. Claro que vence o último”, sublinha o diário.
Segundo fontes deste jornal, Timochenko renunciará ao cargo de Presidente, porque a Constituição será alterada.
“Depois das presidenciais, o primeiro-ministro torna-se um verdadeiro senhor, ficando para o Presidente a política externa e e comando das Forças Armadas”, conclui.
Na terça-feira, o Presidente da Ucrânia, Victor Iuschenko, considerou que os acontecimentos na Rada Suprema (Parlamento do país) deram início a uma nova coligação e que, se ela não for formalizada nos prazos legais, poderá dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas.
Na segunda-feira, a Rada Suprema aprovou, com os votos do Partido das Regiões, Partido Comunista (forças políticas pró-russas) e do Bloco de Iúlia Timochenko ( chefiado pela primeira-ministra e aliada de Iuschenko na revolução “laranja de 2004), uma lei que facilita o afastamento do Presidente da República desse cargo, reduz os poderes presidenciais e alarga as prerrogativas do Governo.
“De facto, na Rada Suprema foi criada uma nova coligação parlamentar. O Bloco de Iúlia Timochenko passou a cooperar com o Partido das Regiões e os comunistas, recusou as propostas de trabalho contrutivo com o bloco Nossa Ucrânia – Autodefesa Popular”, declarou então o Presidente ucraniano.
9 comentários:
Bem, eis um quadro político instável que a UE vai estudar até altas horas. É o segundo problema para o ocidente em menos de um mês. Contudo, eu e Kremlin agradecemos pelos fatos novos e torcemos pela paz na Ucrania, eu creio. Mas, cuidado: tumultos se farão por conta da CIA; se houver, a cervejola perde o sabor. Um brinde a todos.
Caro António, este esquema até pode estabilizar a situação na Ucrânia, pois poderá alargar a base de apoio do poder e acalmar os ânimos
Caro José Milhazes, gostaria de o felicitar pelo seu blog, pela oportunidade que ele nos dá de termos acesso em português a notícias sobre esse país enorme, extraordinariamente complexo e fascinante.
Como leigo apreciador de política e relações internacionais e interessado na cultura Russa, nomeadamente na sua literatura e na sua música, acho o seu blog de grande utilidade. Além disso, tenho apreciado a qualidade argumentativa da maioria dos comentadores, mesmo nos tópicos mais "delicados", o que torna ainda mais interessante a sua leitura.
Gostaria de lhe perguntar o seguinte: relativamente aos três grandes grupos eslavos de russos, bielorrussos e ucranianos, a ideia com que eu fico é que é muito mais aquilo que estes povos têm em comum do que aquilo que os separa; é esta a sensação com que fico, do pouco que tenho lido e de conversas que tenho tido aqui em Portugal com amigos Russos e Ucranianos. Alguns desses amigos, de resto, sobretudo os que estão na casa dos quarentas -início dos cinquentas, ainda têm vincada uma perspectiva de União Soviética como um espaço comum (sejam eles Ucranianos ou Russos). Mesmo entre os mais jovens, não vejo que pensem de maneira diferente uns dos outros. Eu li no Verão passado um livro interessantíssimo de Gogol, "Contos de S. Petersburgo", que achei fascinante. Penso que se Gogol, em vez de ser Ucraniano, fosse Russo ou Bielorrusso, tal facto não teria tido influência no seu talento e na sua perspectiva.
Será que as divisões (ou rivalidades, se quisermos) que muitas vezes nos são apresentadas como existentes entre estes povos não são de certo modo fruto de alguma (ir)responsabilidade das suas próprias classes dirigentes, muito mais do que fruto de eventuais sentimentos negativos que estes povos pudessem ter entre si? Não será que algumas destas pretensas incompatibilidades têm também muito a ver com este período transitório, de dificuldades económicas e financeiras e de alguma instabilidade política por que estes países e povos passam desde o colapso da União Soviética? Ou seja, com o "assentar da poeira" da instabilidade (que provavelmente ainda demorará alguns anos), não será provável que as afinidades entre estes três povos tornem natural o estabelecimento de relações de cooperação e boa vizinhança entre si, e que isso se verifique também, como reflexo, nas suas elites dirigentes?
Gostaria de ouvir a sua opinião, que desde já lhe agradeço.
Desculpe a minha pouca capacidade de síntese.
Cumprimentos,
Jorge Ramalheira
sou português e tenho amigos ucranianos. penso que, pelo que falo com eles, têm orgulho da ex-URSS e não no regime que governava o seu país.
penso que( aliaz tenho a certeza) que não se importavam que a união continuasse a existir mas entre povos eslavos. Ucrania, biélorrusia, russia e cazaquistão.
Conheçi alguns que não destestam a russia mas têm uma visão da russia como um estado que oprime os outros povos.
Na minha opinião a rússia não deveria incorporar esses países, acho que já não são dignos de fazer parte da "mãe russia" e penso que os russos não o desejam.
Acho que é logico que se não fosse a russia esses estados nunca existiriam. A ucrania/biélorussia existem como países desde quanto??? haja paciencia! ler livrinhos de história as vezes ajuda.
B.
Caro Jorge, os povos russo, ucraniano e bielorruso têm muitos séculos de vida comum. Considero que, mais tarde ou mais cedo, as relações se irão normalizar. O principal é arranjar um modo vivendus que permite a cada povo seguir o seu caminho, mas para isso é preciso que deixe de haver ingerências nos assuntos uns dos outros.
Caro leitor B., devemos ter cuidado com leituras simplistas da história. O se não faz parte da história, mas apenas factos. É verdade que os ucranianos e ainda mais os bielorrussos não tiveram longa existência estatal, mas isso não pode significar que eles não tenham direito a viver em Estados independentes.
Mas, voltando aos se, se não fosse a tentativa de golpe de Estado comunista a 19 de Agosto de 1991, talvez, penso eu, Gorbatchov conseguisse manter unida grande parte da URSS, à excepção dos três países do Báltico.
sr. José milhazes eu colocaria a questão de outra forma, não se têm direito a ser independentes, mas será que devem? terá sentido? será que isso lhes trará vantagens?
qual é a diferença entre um ucraniano e um russo?
ucrania significa zona de fronteira, os ucranianos não são mais do que descendentes de colonos russos e outros povos eslavos iguais ou com poucas diferenças de um cidadão russo.
Eu sou do norte de portugal e acho que tinha mais sentido a galiza e o norte de portugal serem uma só nação mas tal, seria uma criação artificial de um novo estado, Não tem sentido serem criados países por decreto. Quando a união acabou uma das primeiras politicas na ucrania foi acabar com o domino russo na ucrania, o objectivo erá o de criar á pressa um sentimento de nação que não existia.
A ucrania aliada á russia tinha um enorme peso internacional, hoje o que é a ucrania?Nada.
Milhões de ucranianos hoje vêm-se sem outra opção que não seja imigrar( só em portugal são milhares) devido a desegregação da união e o cãos provocado pela falencia da estrutura produtiva da união.
A ucrania não tinha por exemplo necessidade de ter problemas energéticos. Se estivesse integrada numa união com a rússia esse problema, que é grave, estaria ultrapassado.
quando a alguns meses,a rússia quis aumentar o preço do gaz á ucrania, estes reagiram com indignação, e acusaram a rússia de fazer chantagem, ora, para quem não sabe, a ucrania paga a energia a um custo mais baixo por ser considerado pela rússia um país irmão, bem, então querem ser tratados como amigos e ao mesmo tempo viram as costas á russia? querendo a nato( uma alinça hostil) e ao mesmo tempo querem continuar com vantagens financeiras com a russia..pois.. contradiçoes de um país nem rei nem roque.
B.
Caro B., eu também sou do norte de Portugal, mas só para irritar os meus amigos do Sul do país é que levanto a hipótese da criação de um Estado do Mondego há Corunha.
São as circunstâncias históricas, muitas das vezes, que fazem os Estados e não o facto de serem povos muito próximos ou não. Portugal poderia ser perfeitamente parte de Espanha, pois portugueses e castelhanos, galegos, etc. somos muito semelhantes.
Quanto à Ucrânia, este país tem uma história muito complexa. Foi sempre um povo, cujo território esteve dividido por diferentes potências: Rússia, Polónia, Austro-Hungria e até Turquia. O território da actual Ucrânia terminou a sua formação em 1954.
Eu não sei se é verdade ou não o seu raciocínio de que se a Ucrânia fizesse parte da Rússia,teria todos os problemas que enumerou resolvidos.
Quanto à entrada na NATO, penso que se trata mais de um passo psicológico. Devido à história comum, os países vizinhos da Rússia não confiam nos dirigentes de Moscovo, pois, sejam de que cor política seja, não perdem a pretensão ao "título" de "irmãos mais velho.
Uma anedota ilustrativa. Dois guardas fronteiriços, um soviético e um polaco, encontraram em cima da linha da fronteira uma grande pepita de ouro. O soviético diz: "Vamos dividir isto como irmãos?". "Não, respondeu o polaco, o melhor é dividir a meio".
Aahah! Excelente anedota!
JM, pode clarificar-me, se puder, as relações entre os governos bielorrusso e russo? Dá-me a sensação de que os dois países colaboram de um modo de tal modo estreito que quando o actual presidente bielorrusso abdicar os dois países unir-se-ão naturalmente, sem rebuliços nem quaisquer problemas.
Estarei enganado?
Abraço
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