quinta-feira, novembro 27, 2008

Agente de ligação entre oficial estónio e serviços secretos russos era português



O diário estónio Eesti Ekspress escreve hoje que o agente que fazia a ligação entre o oficial Herman Simm(na foto), alta patente das Forças Armadas da Estónia, e os serviços secretos russos, a quem o estónio vendia valiosos segredos militares da UE e da NATO, era português.
“Agente de ligação não é espanhol, mas sim português”, escreve o jornal estónio, sublinhando que esse elo de ligação tinha “identificação portuguesa”.
O caso do oficial Herman Simm, a quem um dos jornais estónios chamou “Carta de Ouro” dos serviços secretos russos, está a ter fortes repercussões não só na Estónia, mas também no seio da União Europeia e NATO, pois ele tinha acesso a informação sobre a “defesa informática” do seu país, bem como sobre o sistema de defesa antimíssil que os Estados Unidos pretendem instalar no Leste da Europa e sobre as operações da Aliança Atlântica no Afeganistão e Balcãs.
Herman Simm, de 61 anos, ocupava um alto cargo no aparelho do Ministério da Defesa da Estónia e, segundo os órgãos de informação estónios, colaborou quase dez anos com os serviços secretos russos. Foi detido em Setembro passado, juntamente com a esposa, uma advogada que trabalhava para a polícia estónia.
Os órgãos de informação estónios escrevem que Simm recebeu da Rússia milhões de dólares e que passou a estar no centro das anteções dos serviços secretos estónios depois de adquirir terras e imóveis.
Os serviços secretos norte-americanos e europeus tentam agora determinar os prejuízos causados ao sistema de segurança ocidental.
“Quanto mais eles estudam este caso, mais clara se torna a envergadura do prejuízo causado pelo acusado de traição”, escreveu a propósito a revista alemã Der Spiegel.

15 comentários:

Anónimo disse...

Como diz o velho ditado, quem procura acha. Na última década do século xx o mundo teve a oportunidade e a esperança de um novo século, reinante de paz e prosperidade, com o fim do choque de ideologias de duas superpotências, se houvesse ocorrido ajuda mútua e interação, teríamos hoje duas nações extremamente poderosas, agindo como mediadoras e intervenientes em situações de conflito que hoje se alastram pelo mundo, mas o que se viu, foi a candidata a nova Roma, mobilizando-se para asfixiar seu outrora opositor. Se ao atacarem os Estados Unidos o Japão acordou um gigante adormecido, segundo as palavras do Almirante Yamamoto, os Estados Unidos e seus aliados, estimularam o sentimento de sobrevivência e defesa que acomete os animais quando estão feridos, principalmente os ursos.

Por fim o que estamos a ver é o velho jogo da Nova Guerra Fria.

Jest nas Wielu disse...

Triste, mas são ossos de ofício, na Estónia não há pena capital, como tal o traidor não irá temer pela vida.

Anónimo disse...

pelo aspecto fisico tem pinta de ser portuga, não tem os olhos em bico como os estónios nem traços mongolois.

edgar

Anónimo disse...

sr. jest num sei do que, os portugueses entendem-se bem com nações fortes e dignas tais como; Reino Unido, espanha, frança, russia, agora, com países como estonia, ucrania, polonia so queremos é usar-vos para satisfazer os nossos interesses.

As nações antigas da europa é que devem decidir o futuro da europa e não esses estados taliban

edgar

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitor Edgar, a foto é do funcionário estónio, o português servia de ligação entre ele e os russos.

Anónimo disse...

Isto lembra-me o caso das informações prestadas às autoridades sérvias por um oficial francês durante a guerra do Kosovo que terão contribuído para abatar o F-117 (cujos destroços foram prontamente inspeccionados pelos russos).

MSantos disse...

Caro Wandard
Não poderia concordar mais com o que afirmou. Lembro-me que o período 1988-1991 representou tempos de imensa esperança com aquela célebre noite em que "todos fomos berlinenses". O comunismo havia implodido por si próprio e havia uma nova era de concórdia e entendimento (á excepção dos tumultos nacionalistas que cresciam e anteviam a tragédia que aí vinha). Lamentavelmente o Ocidente em vez de repousar sobre o cadáver comunista, e até assimilar o que de positivo se tinha conquistado ( a logínqua 3ª via de Olof Palme), guinou brutalmente á direita numa euforia de vitória arrogante e gananciosa, exigindo sempre mais, primeiro independências, depois parcerias económicas (em seu favor, claro) até á absorção pela NATO, que tinha sido até então uma exemplar organização defensiva e de manutenção de paz transformara-se na ponta da lança da "nova Roma" como muito bem afirmou.

Chocou-me particularmente quando já estávamos em pleno esplendor neo-ultra-liberal e já com guerras monstruosas em várias frentes na Euroásia, os ditos gurus afirmarem que os modelos nórdicos não tinham futuro, pois havia muita preocupação social e os cidadãos tinham uma tendência igualitária, o que era nocivo.

Para mim, os modelos seguidos nos países nórdicos , foram e serão sempre o exemplo de total democracia na sua plenitude, onde qualquer cidadão poderá com maiores probabilidades, almejar o seu sonho mediante as suas capacidades e trabalho demonstrados (e não a via oportunista e de sorte, que é na realidade o "american dream").

O resultado desta utopia neo-liberal levada ao extremo e da sua plena implementação ao longo dos últimos 17 anos está á vista de todos.

Cumpts
Manuel Santos

Anónimo disse...

Por isso é que eu digo, MSantos e Wandard, que viver aqui na Finländia, mesmo com frio e fraca cultura gastronómica, terá sido o melhor que fiz para mim e para a minha família.

Já agora, vemos que os bancos dos países nórdicos que seguiram a 3.a via de Olof Palme estäo bem; a isländia foi na onda dos EUA, e veja-se...

Quando aos grunhidos do "Jest-sei-lá o-quê", ignorem. Já agora, "traidor" só porque serve os interesses da Rússia? Se servisse os da OTAN, tudo bem, né? Pensava que traidores eram aqueles que iam contra os interesses do próprio país, vendendo-se seja a quem for. E sim, a Estónia está cheinha deles.

Anónimo disse...

Meus caros, os Estónios não têm os olhos em bico, nem traços mongóis. Os Estónios são grupo étnico europeu misturado com alemães, russos e suecos, logo seria bastante difícil terem traços asiáticos. De resto, concordo com um leitor que diz que ter vindo para a Finlândia foi a melhor coisa que fez. Estou a estudar cá e a adorar a experiência. E aqui percebe-se com muito maior intensidade as tensões entre a Rússia e o Ocidente, até porque este país vive sob a sombra de dois gigantes, sem grande espaço de manobra. Como sempre, um excelente post, informativo e imparcial. Parabéns pelo blog, JM.

Anónimo disse...

Entao mas os oficiais do exercito estonio têm de andar maquilhados?

Jest nas Wielu disse...

2 Edgar

1. Nem falei do seu país, falei sobre o ex-ministro estónio.
2. Se para si o auxílio na venda dos segredos da NATO para a Rússia significa “entendem-se bem com nações fortes e dignas tais como Reino Unido, espanha, frança”, então quem aqui é Taliban?

Anónimo disse...

"Rússia satisfeita com recuo dos EUA sobre Geórgia e Ucrânia

A Rússia está "satisfeita" com a decisão dos Estados Unidos de renunciar à concessão do estatuto de candidato oficial de adesão à NATO para Geórgia e Ucrânia, declarou, hoje, o presidente russo Dmitri Medvedev, de visita a Cuba."

http://sic.aeiou.pt/online/noticias/mundo/Russia+satisfeita+com+recuo+dos+EUA+sobre+Georgia+e+Ucrania.htm

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Russia, um país digno? É piada de português por acaso? hahahaha


carmem

Anónimo disse...

Não, é piada de brazuca! Ahahah!