Quando este post for publicado, já os russos entraram no ano de 2009 no Extremo Oriente e na Sibéria, mas Moscovo e Kiev ainda não chegaram a acordo sobre o abastecimento de gás à Ucrânia e a passagem desse hidrocarboneto para a União Europeia.
"No título", chamei a isto "novela", porque se vem estendendo há vários anos e acaba por ter sempre o mesmo fim, embora a quantidade de estragos seja cada vez maior.
Claro que se pode continuar a acusar a Rússia de utilizar os hidrocarbonetos como arma política. Como além dessa só tem armas nucleares, então que a continue a utilizar, para que nunca se sinta na necessidade de recorrer às segundas.
Mas não se pode deixar de sublinhar que as autoridades ucranianas, cegas pela luta pelo poder e pelo nível de enchimento dos seus bolsos sem fundo, dão oportunidades únicas a Moscovo de fazer brilhar a sua diplomacia.
É verdade que a Ucrânia deve dinheiro à Rússia pelo gás? Claro que sim. É verdade que Moscovo se aproveita desta situação para influir na política interna ucraniana? Também claro que sim? Mas também é verdade que os dirigentes ucranianos levam as coisas a um ponto tal que revelam total incompetência, eu diria que cometem um crime, corrupção absoluta e falta de respeito não só face à Rússia, mas também face à União Europeia.
Assiste o direito aos dirigentes ucranianos de se envolverem em lutas políticas internas capazes de levar o seu país à falência? De deixarem uma imagem asquerosa de si próprios? Desprezando os interesses do seu povo e dos países vizinhos?
Acho que não, assim como também não acho que a União Europeia, e principalmente os Estados Unidos, apoiem políticos desses só porque se dizem democráticos ou porque podem ajudar nas "guerrilhas" políticas externas.
Nos finais de 2004, justificou-se o apoio à "revolução laranja", porque políticos como Victor Ianukovitch, conhecido pelo seu pesado e longo cadastro criminal, tentaram falsificar a vontade do povo ucraniano, com o apoio do Kremlin. Mas isso não justifica que se apoie políticos corruptos como Iúlia Timochenko, ou incompetentes como Victor Iuschenko.
Parece-me é que continua a reinar o princípio de que "esse político é um filho da mãe, mas é um filho da mãe nosso!".
Se assim for, significa apenas que estão a dar ao Kremlin oportunidades únicas de copiar essa mesma doutrina.
"No título", chamei a isto "novela", porque se vem estendendo há vários anos e acaba por ter sempre o mesmo fim, embora a quantidade de estragos seja cada vez maior.
Claro que se pode continuar a acusar a Rússia de utilizar os hidrocarbonetos como arma política. Como além dessa só tem armas nucleares, então que a continue a utilizar, para que nunca se sinta na necessidade de recorrer às segundas.
Mas não se pode deixar de sublinhar que as autoridades ucranianas, cegas pela luta pelo poder e pelo nível de enchimento dos seus bolsos sem fundo, dão oportunidades únicas a Moscovo de fazer brilhar a sua diplomacia.
É verdade que a Ucrânia deve dinheiro à Rússia pelo gás? Claro que sim. É verdade que Moscovo se aproveita desta situação para influir na política interna ucraniana? Também claro que sim? Mas também é verdade que os dirigentes ucranianos levam as coisas a um ponto tal que revelam total incompetência, eu diria que cometem um crime, corrupção absoluta e falta de respeito não só face à Rússia, mas também face à União Europeia.
Assiste o direito aos dirigentes ucranianos de se envolverem em lutas políticas internas capazes de levar o seu país à falência? De deixarem uma imagem asquerosa de si próprios? Desprezando os interesses do seu povo e dos países vizinhos?
Acho que não, assim como também não acho que a União Europeia, e principalmente os Estados Unidos, apoiem políticos desses só porque se dizem democráticos ou porque podem ajudar nas "guerrilhas" políticas externas.
Nos finais de 2004, justificou-se o apoio à "revolução laranja", porque políticos como Victor Ianukovitch, conhecido pelo seu pesado e longo cadastro criminal, tentaram falsificar a vontade do povo ucraniano, com o apoio do Kremlin. Mas isso não justifica que se apoie políticos corruptos como Iúlia Timochenko, ou incompetentes como Victor Iuschenko.
Parece-me é que continua a reinar o princípio de que "esse político é um filho da mãe, mas é um filho da mãe nosso!".
Se assim for, significa apenas que estão a dar ao Kremlin oportunidades únicas de copiar essa mesma doutrina.
8 comentários:
Pois! Os ucranianos há muito que andam a pedir que os russos lhes vão lá "aconchegar a bilha", a bem dizer...
Bom 2009, JM!
E ao que parece, aconchegaram, pois cortaram-lhes o gás. Mas isto seria quase inevitável: com políticos hostis a Moscovo e governar a Uvrânia e a não pagarem as suas dívidas, nem sequer é preciso inventar desculpas para fechar a torneira. É pena mas é mesmo assim.
Caro JM, adivinham-se mudanças a breve trecho na política ucraniana? Quanto tempo poderá a população resistir até estalar a revolta?
Leitor Pippo, é difícil fazer prognósticos quanto à situação na Ucrânia, porque existem muitos factores circunstanciais que poderão acelerar ou travar os acontecimentos.
A julgar pelas declarações dos dirigentes ucranianos, o país acumulou reservas de gás que chegam até à primeira, mas a explosão pode não ser provocada por falta de gás (desculpe-me a linguagem paradoxal), mas pela falência financeira ou a continuação da guerra política.
A Ucrânia é um país ingovernável. Dividam ela entre a Polônia e a Rússia e tudo estará resolvido.
vanderley
Leitor Vanderley, será assim tudo tão simples? Pela sua lógica, mais de metade dos países do mundo, onde se vive pior que na Ucrânia, também deviam ser repartidos? Arranje entre quem. Estou confiante de que a Ucrânia é um país muito viável, desde que governada por dirigentes que gostem dela, que queiram a prosperidade do povo e não apenas a sua.
vanderley seguindo a sua teoria entao teriamos de voltar aos tempo da colonizaçao e tomar conta de todos os paises pobres e ingovernaveis da africa e asia.
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