O falecimento inesperado de Alexis II, Patriarca de Moscovo e de Toda a Rússia, apanhou de supresa muitos dos clérigos e crentes ortodoxos, embora já se falasse do seu precário estado de saúde.
Agora, a Igreja Ortodoxa Russa tem seis meses para eleger um novo Patriarca, sendo até lá pelo dirigida pelo mais velho dos membros do Santo Sínodo. O novo chefe da IOR é eleito pelo seu Concílio Universal convocado para o efeito.
Segundo o Estatuto da Igreja Ortodoxa Russa, o Patriarca deve ser um clérigo com mais de 40 anos de idade, ter formação teológica suprior e experiência ao nível de diocese.
No séc. XX, o Patriarca Tikhon foi eleito por sorteio entre três candidatos aprovados pelo Concílio Universal, mas, durante a ditadura comunista na União Soviética (1917-1991), os Patriarcas Serguei e Alexis I foram eleitos por proposta do Governo Soviético.
Alexis II foi eleito Patriarca no Concílio Universal em 1990 numa votação secreta em que participaram três candidatos.
Os especialistas em assuntos religiosos e a imprensa russa avançam os nomes de três candidatos ao cargo de sucessor de Alexis II: Filarete, metropolita de Minsk e Slutski (Bielorrússia); Iuvenal, metropolita de Krutitzki e Kolomenski, chefe da Comissão de Canonização junto do Santo Sínodo; Kirill, metropolita de Smolenski e Kaliningrado, presidente da Secção de Relações Internacionais do Patriarcado de Moscovo, e Kliment, metropolita de Kalujski e Borovski, chefe da Administração do Patriarcado de Moscovo.
Todos os quatros são membros permanentes do Santo Sínodo, mas os dois últimos são considerados os mais fortes candidatos.
O metropolita Kliment, ao contrário de Kirill, é uma figura muito pouco pública na IOR.
“Kliment não polemiza com os adeptos dos valores liberais, não dá aulas aos alunos de escolas laicas cuja comparência é obrigatória. Não se encontrou com o Papa de Roma... Na sua mensagem pascal, não falou de problemas globais, mas queixou-se de que a juventude está longe da Igreja”, escreve o diário Nezavissimaia Gazeta ao contrapô-lo ao metropolita Kirill.
Quanto a este último, são conhecidos os seus contactos internacionais, nomeadamente com Bento XVI, podendo isso fazer com que ele não tenha o apoio dos sectores mais nacionalistas e conservadores da IOR, que o acusam de realizar a “político do ecumenismo”, diálogo inter-cristãos mal visto por esses sectores.
Nessa eleição, muito irá depender da luta nos corredores da IOR, bem como da figura em que aposte o Kremlin, pois é de todos conhecida a submissão do poder religioso ao poder político na Rússia.
Agora, a Igreja Ortodoxa Russa tem seis meses para eleger um novo Patriarca, sendo até lá pelo dirigida pelo mais velho dos membros do Santo Sínodo. O novo chefe da IOR é eleito pelo seu Concílio Universal convocado para o efeito.
Segundo o Estatuto da Igreja Ortodoxa Russa, o Patriarca deve ser um clérigo com mais de 40 anos de idade, ter formação teológica suprior e experiência ao nível de diocese.
No séc. XX, o Patriarca Tikhon foi eleito por sorteio entre três candidatos aprovados pelo Concílio Universal, mas, durante a ditadura comunista na União Soviética (1917-1991), os Patriarcas Serguei e Alexis I foram eleitos por proposta do Governo Soviético.
Alexis II foi eleito Patriarca no Concílio Universal em 1990 numa votação secreta em que participaram três candidatos.
Os especialistas em assuntos religiosos e a imprensa russa avançam os nomes de três candidatos ao cargo de sucessor de Alexis II: Filarete, metropolita de Minsk e Slutski (Bielorrússia); Iuvenal, metropolita de Krutitzki e Kolomenski, chefe da Comissão de Canonização junto do Santo Sínodo; Kirill, metropolita de Smolenski e Kaliningrado, presidente da Secção de Relações Internacionais do Patriarcado de Moscovo, e Kliment, metropolita de Kalujski e Borovski, chefe da Administração do Patriarcado de Moscovo.
Todos os quatros são membros permanentes do Santo Sínodo, mas os dois últimos são considerados os mais fortes candidatos.
O metropolita Kliment, ao contrário de Kirill, é uma figura muito pouco pública na IOR.
“Kliment não polemiza com os adeptos dos valores liberais, não dá aulas aos alunos de escolas laicas cuja comparência é obrigatória. Não se encontrou com o Papa de Roma... Na sua mensagem pascal, não falou de problemas globais, mas queixou-se de que a juventude está longe da Igreja”, escreve o diário Nezavissimaia Gazeta ao contrapô-lo ao metropolita Kirill.
Quanto a este último, são conhecidos os seus contactos internacionais, nomeadamente com Bento XVI, podendo isso fazer com que ele não tenha o apoio dos sectores mais nacionalistas e conservadores da IOR, que o acusam de realizar a “político do ecumenismo”, diálogo inter-cristãos mal visto por esses sectores.
Nessa eleição, muito irá depender da luta nos corredores da IOR, bem como da figura em que aposte o Kremlin, pois é de todos conhecida a submissão do poder religioso ao poder político na Rússia.
6 comentários:
Espero pois que o senhor Milhazes nos elucide quais serão as consequências para a Rússia (e o Mundo, consquentemente) com a eleição da sua espécie de Papa...
Será que o sacerdote Bielorrusso fomentaria uma incorporação da Bielorrussa na Federação Russa, apenas como uma normal província, um conjunto delas, ou até mesmo com a formação de uma República Bielorrussa dentro da Rússia?
...Apenas um comentário á noticia env. pelosnr. Milhazes.
Porque será que ele escreve a certa altura e cito :.. "aquando da ditadura comunista"..bla bla bla !!!
...então quando estudou e se formou?!! às custas da ditadura porque não lhe chamava, assim?!!
... a isto chama-se oportunismo ou ingratidão?!!
leitor anónimo, já respondi a essa pergunta numerosas vezes. Eu vim para a URSS porque acreditava no ideal comunista. Em contacto com a prática, as ideias foram mudando. Nunca escondi que estou infinitamente grato ao povo soviético que me permitiu terminar um curso superior, pois não tinha essa possibilidade em Portugal por razões económicas.
Por isso, a este povo agradeço, e a ninguém mais.
O que é que a vida pessoal do JM tem que ver com o tema "Quem poderá suceder a Alexis II à frente da Igreja Ortodoxa?" ?
Mantenham-se focados no essencial, sff.
Caro Anónimo,
"... a isto chama-se oportunismo ou ingratidão?!!"
Chama-se factualidade. As opiniões do José Milhazes podem ter mudado mas uma ditadura é sempre uma ditadura...
Rarara.
Que anônimo mais patético!
Isto que o sr. JM escreveu chama-se ístinaia právda.
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