Clero da Igreja Ortodoxa Russa (IOR) reuniu-se hoje de manhã na capital russa, no Templo de Cristo Redentor, para eleger aquele que irá substituir Alexis II, falecido em Dezembro passado, no cargo de Patriarca da mais numerosa confissão religiosa da Rússia.
Os bispos terão de escolher três candidatos ao cargo de Patriarca e um deles, no Concílio Local, reunião onde participam representantes leigos e religiosos das dioceses e mosteiros e que deverá realizar-se a 27, será entronizado.
As cerimónias mais importantes têm honras de transmissão directa no canal público televisivo “Rossia”, cujo sinal chega a todo o país e a numerosas regiões do globo.
O novo Patriarca será eleito no Concílio Local, que reúne clérigos e leigos que representam 30 mil paróquias e mais de 800 mosteiros da Igreja Ortodoxa Russa não só na Rússia, mas também no estrangeiro. Os delegados das dioceses e mosteiros foram eleitos em reuniões feitas a nível local e regional.
Segundo os estatutos da IOR, pode ser eleito Patriarca “qualquer clérigo com mais de 40 anos de idade, formação teológica superior e experiência diocesal”. O Concílio Local poderá fazer avançar amanhã um número ilimitado de candidatos ao cargo de Patriarca, mas, se não surgirem surpresas, a final deverá ser disputada entre o metropolita de Smolenski e Kalinninegrado Kirill (foto da esquerda), nomeado Patriarca interino pelo Concílio Episcopal, o metropolita de Kalujski e Borovski, Kliment (foto da direita) e o metropolita de Krutitski e Kolominsk, Iuvenal (foto do centro).
A “campanha eleitoral” foi dura e ficou marcada por fortes ataques lançados pelos sectores ortodoxos mais conservadores contra o principal pretendente ao cargo, Kirill, nomeadamente na Internet.
Kirill foi acusado de continuar a colaborar com o Conselho Mundial das Igrejas e a participar no movimento ecumenista com igrejas protestantes que defendem “casamentos homossexuais”, de “cripto-catolicismo” e de “ganhar dinheiro com a importação, sem pagamento de impostos, de vodka e cigarros”, privilégio dado à IOR pelo antigo Presidente russo, Boris Ieltsin, nos anos 90 do séc. XX, para conseguir meios financeiros para reconstruir as centenas de templos e mosteiros deixadas em ruínas pelos comunistas.
Igor Vijanov, porta-voz da Secção Internacional da Igreja Ortodoxa Russa, departamento também dirigido por Kirill, refuta todas as acusações e, no caso das relações com o Vaticano, em que Kirill é também acusado de “não travar a expansão católica na Rússia”afirma: “se neste campo foram obtidos êxitos, ouso atribuí-los aos nossos humildes esforços sob a direcção do actual Patriarca interino”.
Além disso, Kirill conta com o apoio do Kremlin, o que leva o deputado Serguei Markov, vice-presidente do Comité da Duma para Questões das Organizações Sociais e Religiosas, a dizer que “só um milagre” será capaz de evitar a eleição de Kirill.
“Só um milagre poderá impedir a eleição de Kiriil, pois trata-se do clérigo ortodoxo com maior apoio no interior da Igreja, tem realizado um excelente trabalho à frente da Secção Internacional da IOR”, declarou Markov à agência Lusa.
Uma votação organizada na Internet: www.zapatriarha.ru, dá também a vitória ao metropolita Kirill com 40,9 pc dos votos, seguindo do metropolita de Tóquio e do Japão, Daniil, com 39,5 pc.
Mas para evitar surpresas, Kirill fez reverências aos sectores conservadores que apoiam Kliment, desmentindo qualquer intenção sua de realizar reformas no seio da IOR, manifestando-se também contra a introdução do russo moderno como língua litúrgica.
Os bispos terão de escolher três candidatos ao cargo de Patriarca e um deles, no Concílio Local, reunião onde participam representantes leigos e religiosos das dioceses e mosteiros e que deverá realizar-se a 27, será entronizado.
As cerimónias mais importantes têm honras de transmissão directa no canal público televisivo “Rossia”, cujo sinal chega a todo o país e a numerosas regiões do globo.
O novo Patriarca será eleito no Concílio Local, que reúne clérigos e leigos que representam 30 mil paróquias e mais de 800 mosteiros da Igreja Ortodoxa Russa não só na Rússia, mas também no estrangeiro. Os delegados das dioceses e mosteiros foram eleitos em reuniões feitas a nível local e regional.
Segundo os estatutos da IOR, pode ser eleito Patriarca “qualquer clérigo com mais de 40 anos de idade, formação teológica superior e experiência diocesal”. O Concílio Local poderá fazer avançar amanhã um número ilimitado de candidatos ao cargo de Patriarca, mas, se não surgirem surpresas, a final deverá ser disputada entre o metropolita de Smolenski e Kalinninegrado Kirill (foto da esquerda), nomeado Patriarca interino pelo Concílio Episcopal, o metropolita de Kalujski e Borovski, Kliment (foto da direita) e o metropolita de Krutitski e Kolominsk, Iuvenal (foto do centro).
A “campanha eleitoral” foi dura e ficou marcada por fortes ataques lançados pelos sectores ortodoxos mais conservadores contra o principal pretendente ao cargo, Kirill, nomeadamente na Internet.
Kirill foi acusado de continuar a colaborar com o Conselho Mundial das Igrejas e a participar no movimento ecumenista com igrejas protestantes que defendem “casamentos homossexuais”, de “cripto-catolicismo” e de “ganhar dinheiro com a importação, sem pagamento de impostos, de vodka e cigarros”, privilégio dado à IOR pelo antigo Presidente russo, Boris Ieltsin, nos anos 90 do séc. XX, para conseguir meios financeiros para reconstruir as centenas de templos e mosteiros deixadas em ruínas pelos comunistas.
Igor Vijanov, porta-voz da Secção Internacional da Igreja Ortodoxa Russa, departamento também dirigido por Kirill, refuta todas as acusações e, no caso das relações com o Vaticano, em que Kirill é também acusado de “não travar a expansão católica na Rússia”afirma: “se neste campo foram obtidos êxitos, ouso atribuí-los aos nossos humildes esforços sob a direcção do actual Patriarca interino”.
Além disso, Kirill conta com o apoio do Kremlin, o que leva o deputado Serguei Markov, vice-presidente do Comité da Duma para Questões das Organizações Sociais e Religiosas, a dizer que “só um milagre” será capaz de evitar a eleição de Kirill.
“Só um milagre poderá impedir a eleição de Kiriil, pois trata-se do clérigo ortodoxo com maior apoio no interior da Igreja, tem realizado um excelente trabalho à frente da Secção Internacional da IOR”, declarou Markov à agência Lusa.
Uma votação organizada na Internet: www.zapatriarha.ru, dá também a vitória ao metropolita Kirill com 40,9 pc dos votos, seguindo do metropolita de Tóquio e do Japão, Daniil, com 39,5 pc.
Mas para evitar surpresas, Kirill fez reverências aos sectores conservadores que apoiam Kliment, desmentindo qualquer intenção sua de realizar reformas no seio da IOR, manifestando-se também contra a introdução do russo moderno como língua litúrgica.
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