Contudo, Serguei Abramovitch, conhecido estudioso da obra de Puschkin, não concorda com semelhante hipótese, sublinhando a propósito do madrigal: “É claro que se trata de Puschkin quando ainda estava solteiro e de uma dama influente da sociedade, dona de um conhecido salão da capital, que gostava de se rodear de pessoas famosas. Nem o tempo da acção, nem a situação da dama na sociedade de São Petersburgo permitem relacionar este relato com Polética. Idália casou-se em 1829. Antes, ela não podia ter desempenhado um papel minimamente relevante na sociedade e, após o matrimónio, a sua situação na sociedade em nada fazia lembrar aquela que Gortchakov diz ser a heroína da anedota por ele contada”.
Baseando-se nas memórias de Vera Viazemskaia, amiga íntima de Puschkin, o seu biógrafo Piotr Barteniov apresenta outra versão da causa da inimizade entre Idália Polética e o poeta: “Parece que o motivo residia no facto de Puschkin não corresponder aos desabafos do coração de Idália e, certa vez, quando iam juntos num coche, ofendeu-a de alguma forma”.
Citando outras pessoas, Barteniov transmite as palavras que diz pertencerem à própria Idália a propósito da natureza dessa ofensa. Segundo ela teria revelado, quando viajava com Natália e Alexandre Puschkin no mesmo coche, o poeta ter-lhe-ia apalpado uma perna, o que, na época constituía – e, presentemente, continua a constituir – uma gravíssima ofensa . Seja como for, as relações entre eles degradou-se a tal nível que Idália passou a participar em intrigas com consequências fatais para a vida do poeta.
Foi a neta da Marquesa de Alorna que organizou em sua casa, em 2 de Novembro de 1836, um encontro fatal entre Natália Gontcharova (Puschkina) e o oficial francês Georges-Charles d’Anthés. Vera Viazemskaia afirmava que Idália Polética, por insistência de d’Anthés, “convidara Puschkina para sua casa, tendo-os deixado sozinhos”. Continua, porém, a ser uma incógnita se Natália caiu ou se deixou cair conscientemente na armadilha urdida por Idáli e d’Anthés.
Vera Viazemskaia afirmou que, nesse encontro, o oficial francês “sacou uma pistola e ameaçou suicidar-se se ela não se entregasse a ele”. Mas Alexandrina Gontcharova, uma das cunhadas de Puschkin, dizia que “d’Anthés apenas pedira a Natália que se divorciasse do poeta e se casasse com ele”.
Baseando-se nas memórias de Vera Viazemskaia, amiga íntima de Puschkin, o seu biógrafo Piotr Barteniov apresenta outra versão da causa da inimizade entre Idália Polética e o poeta: “Parece que o motivo residia no facto de Puschkin não corresponder aos desabafos do coração de Idália e, certa vez, quando iam juntos num coche, ofendeu-a de alguma forma”.
Citando outras pessoas, Barteniov transmite as palavras que diz pertencerem à própria Idália a propósito da natureza dessa ofensa. Segundo ela teria revelado, quando viajava com Natália e Alexandre Puschkin no mesmo coche, o poeta ter-lhe-ia apalpado uma perna, o que, na época constituía – e, presentemente, continua a constituir – uma gravíssima ofensa . Seja como for, as relações entre eles degradou-se a tal nível que Idália passou a participar em intrigas com consequências fatais para a vida do poeta.
Foi a neta da Marquesa de Alorna que organizou em sua casa, em 2 de Novembro de 1836, um encontro fatal entre Natália Gontcharova (Puschkina) e o oficial francês Georges-Charles d’Anthés. Vera Viazemskaia afirmava que Idália Polética, por insistência de d’Anthés, “convidara Puschkina para sua casa, tendo-os deixado sozinhos”. Continua, porém, a ser uma incógnita se Natália caiu ou se deixou cair conscientemente na armadilha urdida por Idáli e d’Anthés.
Vera Viazemskaia afirmou que, nesse encontro, o oficial francês “sacou uma pistola e ameaçou suicidar-se se ela não se entregasse a ele”. Mas Alexandrina Gontcharova, uma das cunhadas de Puschkin, dizia que “d’Anthés apenas pedira a Natália que se divorciasse do poeta e se casasse com ele”.
Foto: Puschkin e Idália, cena do espectáculo "Verdugo", do conhecido realizador de teatro Mark Zakharov.
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