quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Europa Central ou do Leste?

Rapto da Europa ( Valentin Serov,1910)

Os ministros dos Negócios Estrangeiros russo e checo discordaram hoje, em Moscovo, sobre a situação geográfica da Polónia e da República Checa, onde poderá ser instalado o sistema de defesa antimíssil norte-americano.
"O sistema não é implantado na Europa Oriental, mas na Europa Central, gostaria de esclarecer este ponto," disse Karel Schwarzenberg numa conferência de imprensa após a reunião da «troika» UE-Rússia.
"O radar e mísseis interceptores não visam a Rússia, temos deixado bem claro isso aos nossos parceiros russos," acrescentou o ministro checo.
“A Polónia e República Checa estão na Europa de Leste e não na Europa Central”, retorquiu o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.
Lavrov acrescentou que "no âmbito da ONU, há grupos de Estados responsáveis pela apresentação de candidatos para os diferentes órgãos da ONU. A Polónia e a República Checa são parte integrante do 'Grupo de Estados da Europa de Leste'".

Se considerarmos que a Rússia faz parte da Europa, coisa de que não tenho dúvidas, então o ministro Schwarzenberg tem toda a razão, porque, nesse caso, a Rússia será a Europa do Leste e a Polónia e República Checa encontram-se na Europa Central.

Mas será essa discussão necessária e útil num momento em que se discutem problemas bem mais importantes: a instalação ou não do sistema de defesa antimíssil norte-americano na República Checa e na Polónia? Ou, para ser mais exacto, o sistema vai ser instalado, resta saber se com a participação da Rússia ou não.

28 comentários:

Anónimo disse...

"Ou, para ser mais exacto, o sistema vai ser instalado, resta saber se com a participação da Rússia ou não. "

Diz isso com muita certeza. será que vai?

Será que a Polónia e Rep. Checa querem arriscar-se assim tanto a represálias por parte da Rússia?

Será que a Europa quer ver os Iskander apontados para ela?

Será que os EUA querem o S-300 no Irão?

Existe demasiado em jogo e interrogo-me se será instalado.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Se o Irão continuar com o programa nuclear e de construção de foguetões e mísseis, não duvido que esse sistema será instalado, e com a participação da Rússia. Moscovo já entendeu que os mísseis iranianos podem atingir território russo.
Seria bom se me enganasse e o Irão deixasse de preocupar os vizinhos.

Anónimo disse...

É claro que podem atingir território russo, tanto eles como o Paquistão, India, China, Coreia do Norte, Europa e EUA.

E todos estes mencionados estão já ao alcance dos mísseis russos.

Para a Rússia é simplesmente mais uns a possuir essa potencialidade. E nem são os mais perigosos.

Agora de todos estes, apenas um país ameaça o sistema nuclear russos e esses são os americanos.

Nunca haverá participação russa num sistema que ameace a eficácia do sistema deles.

A ser instalado na Polónia e Rep. Checa, a Rússia irá colocar os Iskander como tem ameaçado que coloca.

Não haverá reduções de número de ogivas nucleares conforme proposto recentemente pelos EUA (acho que a proposta ainda não é oficial), com um sistema anti-míssil às portas da Rússia.

E a Polónia e Checos podem dizer adeus a gás e petróleo russos, assim que estiverem lançados os novos pipelines.

Será um preço muito alto para deixar colocar um sistema antí-míssil no território.

Anónimo disse...

Obviamente que são Europa Central. Essa de serem do Leste não é geográfica, é política. O sr. Lavrov está a usar termos soviéticos.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitor Portugueses, explique-me como é que 10 mísseis receptores e um radar são uma ameaça ao arsenal nuclear russo? Tanto mais se a Rússia tiver possibilidade de participar no programa de defesa antimíssil. Ou a Rússia já está mais fraca do que nós imaginamos, ou as suas contas estão erradas.

Anónimo disse...

A Rússia não vai participar num sistema que visa também ela.

São 10 agora. E ainda com a tecnologia numa fase embrionária.

E 10 são para quê? Para parar num máx. 10 mísseis iranianos?

Porque é que o sistema não é instalado noutro lado? porque não na Turquia que é um membro da NATO? Tem que ser ali mesmo ao pé dos russos?

Isto são interceptores e fazem parte de um sistema muito maior.

Sistema esse que recorre a canhões lasers e satélites nucleares no espaço.

Está tudo a avançar. Obama ainda não parou nada.

Começamos com 10 amanhã 50, porque o Irão entretanto lá construiu mais uns misseizitos ou alguém diz que eles construiram e começamos a ter uma verdadeira barreira para os mísseis russos.

E se existe desiquilibrio de forças existe tentações, nunca se sabe o dia de amanhã.

E porque acha que a China andou a fazer pontaria a satélites?

Acha que os chineses estão felizes por ver aparecer um sistema anti-míssil na sua zona que quase anula a sua capacidade nuclear a única força capaz de prevenir um conflito com os EUA?

Anónimo disse...

Caro Jose Milhazes,

Tambem não acredito que a Russia aceite os planos americanos.

A Russia já se disponibilizou para monitorizar o Irão em conjunto com a NATO através do Radar Russo no Azerbeijão, e que até, penso eu, daria mais jeito porque está mais perto do Irão. No entanto os EUA rejeitaram a proposta, isto porque o objectivo dos americanos é a Russia e não o Irão.
Nem sequer é credivel a ideia de que o Irão possa fazer a curto ou medio prazo misseis capazes de chegar até á europa central.

A colocaçao de Radares ou misseis na Europa de Leste é uma ameaça à Russia, porquê? Porque em caso de guerra NATO/Russia, a Russia estaria aqui com uma desvantagem estratégica, e por isso a ideia é interpretada como uma ameaça.

Obama ja prometeu rever os planos, esperemos então pela decisão final.

E como diz o PortugueseMan, a Russia pode responder com a colocaçao de misseis em Kaliningrado ou com sanções energéticas.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Quem estará a mentir: "O Irão desmente a informação de que dispõe de foguetões (mísseis) capazes de atingir qualquer ponto da Terra, declarou hoje Mahmud Reza Sajadi, embaixador iraniano na Rússia.
“Pelo que sei, essa informação não corresponde à realidade”, afirmou o diplomata numa conferência de imprensa realizada na capital russa.
Na véspera, Vitalii Lopota, presidente do cónsórcio espacial russo Energuia, afirmou que o Irão dispõe desse tipo de foguetões (mísseis).
“Tiro o chapéu perante os cientistas iranianos que lançaram o segundo satélite. Eles mostraram que os seus foguetões estão prontos para atingir qualquer ponto do Globo Terrestre”, declarou Lopota, numa conferência de imprensa em Moscovo".

Anónimo disse...

Jose Milhazes,

Segundo o instituto claremont do EUA, o Missil com maior alcance do Irão é de 2500km, estive a ver no mapa e parece que sempre dá para chegar á Europa de Leste, se for lançado na fronteira ao pé da Turquia.
Mas o missil em questão é o Shahab-3, que o Irao ja tem desde 2003...
Corrija-me se estiver errado, mas a discuçao do programa nuclear do Irão não é tão antiga. O que significa que se o Irão é ameaça por isto, então já não é de agora.

Para já, o Irão não tem misseis intercontinentais, é que o diz a maioria das fontes que encontro.

O Lopota de certeza que percebe mais que eu, mas vamos lá ver se não está a fazer o mesmo tipo de declaraçãoes sem fundamento que G. Bush fez para justificar a invasão ao Iraque. Dizem que há misseis e depois afinal não há.

Deixo a fonte de onde tirei as informações do Irão: http://missilethreat.com/missilesoftheworld/id.107/missile_detail.asp

Cumprimentos.

MSantos disse...

Como já foi referido aqui, obviamente que o principal objectivo é a Rússia. E o importante nem são os 10 interceptores cuja eficácia face a um ataque massivo de saturação, será discutível.

O busílis reside nas estações de radar que vão dotar os EUA duma cobertura contínua 24 horas por dia, 365 dias por ano sobre o espaço russo europeu.

Tudo isto vai ser centralizado na famosa sala de ecrãs do NORAD e terão uma imagem em tempo real de qualquer movimentação, até uma mosca, na Rússia europeia.

Poderia argumentar muito mais. Lembro-me só aquando da crise georgiana, assinarem de imediato os acordos com os polacos, numa clara resposta á acção russa.

Porquê virar os radares para a Rússia e nem sequer se preocuparem em "varrer" o território iraniano?

Perdoem-me o termo mas só ingénuos e tendenciosos poderão invocar o Irão, quando há na sua área geográfica, países que podiam albergar o sistema, fornecendo o alerta avançado muito mais imediato.

Quanto á conversa estéril sobre a geografia destes países, porque é que eles eram de leste na altura sovética e agora que são "democráticos", são da Europa Central?

Querem ver que agora somos do sul de França?

Cumpts
Manuel Santos

Jacob disse...

Sapatada no Cazaquistão.
.
Vídeo interessante: a autoridade econômica atirou uma garrafa plástica de água em um jornalista e recebeu diversos sapatos em contrapartida.
.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=sapatada-no-cazaquistao&cod_Post=160556&a=111

Anónimo disse...

ninguém mente.

Ambos dizem a verdade.

O russo diz que o Irão está no bom caminho para chegar à capacidade de construir ICBM's.

Mas hoje não possuem essa capacidade.

Anónimo disse...

Sem duvida que o sistema é apontado à capacidade estrategica russa. E sem duvida que o maior mal não serão os Iskander em Kalinegrad mas sim a velada ameaça da colocação de sistemas estratégicos na periferia dos USA como retaliação. Essa ameaça é tão tangivél que um alto responsavel da US Air Force já declarou que seria um cruzar de uma linha inadmissivel. Parece que só os USA podem traçar linhas.....

Anónimo disse...

Sr. Milhazes,

A intenção do sistema, não é nem nunca foi deter ataques oriundos do Iran ou da Coréia, todos sabem disso. A Rússia nunca concordará com um sistema desses nas suas portas e duvido que a atual administração americana leve isso em frente da forma que o Sr. Bush, descerebradamente pretendia.

Anónimo disse...

Se caso os americanos levarem adiante, os Russos avançarão com as pretensões em Cuba e Venezuela, os Izkander em Kalinigrado..... e os americanos que considerem o que quiserem como inadmissível, há muito espero ver uma ameaça dos Estados Unidos a uma nação que não seja um Iraque, Afeganistão, Granada, Cuba..............

Anónimo disse...

o Irã é uma ameaça para o ocidente ( EUA e UE), mas não para a Rússia, os 2 países mantem excelentes relações diplomaticas e o ministro russo já disse que não se preocupa com o alcance dos misseis do Irâ. Masa falando do posto, como as coisas são curiosas na epoca da URSS só se falava em europa ocidental e oriental, agora já surgiu o termo centra, por conveniensia de alguns, daqui a pouco só a Rússia será do leste.

Anónimo disse...

Caro Jose Milhazes,

Ontem fiz referências a outras armas a serem desenvolvidas pelos os EUA, no que respeita a sistemas anti-mísseis.

Curiosamente ontem saiu também um artigo do Dr. Loren B. Thompson, focando as armas lasers para abater mísseis.

"Airborne Laser offers new era for ballistic missile defense"

http://www.upi.com/Security_Industry/2009/02/11/Airborne_Laser_offers_new_era_for_ballistic_missile_defense/UPI-24871234376751/

Alguns excertos:

"The revolutionary Airborne Laser weapon consists of three major subsystems:
-- An oxygen-iodine laser that generates intense light by chemical reaction and then focuses the light into a tight beam that can be delivered against targets hundreds of miles away..."

"...Unlike other missile defense systems, which require one or more interceptors to destroy a single ballistic missile, an ABL can destroy up to 20 missiles before its chemical supply is depleted and must be refilled..."

"...Experts estimate that ballistic missiles propelled by liquid fuel could be successfully intercepted using ABL at distances up to 360 miles, while less vulnerable solid-fuel missiles could be destroyed at distances up to 180 miles..."

"...The program is scheduled to conduct its first shootdown of a realistic target in 2009, after which the experimental aircraft performing that feat will be available for real-world missions if needed..."

Chamo a atenção que está previsto para ESTE ANO, o primeiro teste contra um MÍSSIL. O programa está bastante avançado.

Esta é também uma das razões da necessidade da Rússia implementar novos sistemas, como o está a fazer agora.

Existe o risco de boa parte do arsenal nuclear russo tornar-se obsoleto e entrarmos numa nova era nuclear, onde um país tem o potencial de usar armas nucleares sem temer uma retaliação de grandes porporções.

Isto não é ficção científica. Isto é a REALIDADE DE HOJE.

Anónimo disse...

Do mesmo autor temos um outro artigo que é interessante olhar.

"Why ICBMs are more vulnerable in their boost phase"

http://www.upi.com/Security_Industry/2009/02/05/Why_ICBMs_are_more_vulnerable_in_their_boost_phase/UPI-34741233878938/

"The U.S. Missile Defense Agency describes boost phase and ascent phase as the "ideal" time to intercept ballistic missiles, given the characteristics the missiles exhibit during the earlier stages of flight:..."

"...The warheads and decoys have not fully separated from the missile, so there are FEWER targets to engage..."

"...the timelines for successful interception are so compressed that a 2003 study by the American Physical Society found it would not be feasible to achieve boost-phase interception of missiles launched by North Korea or Iran under normal circumstances..."

"...concluded that in most scenarios there would be insufficient time for defenders to detect a launch and then intercept the missiles from LIKELY DEFENSIVE SITES..."

Agora vamos olhar para um mapa e vamos fazer o seguinte exercício:

Se o Irão dispara um míssil em direcção à Europa, o sistema como está colocado na Polónia e Rep. Checa, vai interceptar o míssil na fase descendente, na sua fase mais rápida e final. Ora o sistema é mais eficaz e está desenhado é para interceptar mísseis na fase INICIAL.

Qual o melhor local para interceptar mísseis iranianos? o mais perto possível deles. Veja onde está posicionado a Turquia.

Agora façamos um outro raciocíno. Se eu quiser interceptar mísseis russos, quais os melhores sítios?

Anónimo disse...

PortugueseMan,

Sua análise condiz com a realidade, e esta é a condição hoje na qual se encontram os Estados Unidos, pois eles não tem capacidade anti-míssil suficiente para conter um ataque russo, e a única forma que teriam de neutralizar seria com este sistema instalados nas portas do país, o que daria tempo para o desenvolvimento da rede de proteção dentro dos EUA, cuja a previsão é de dez anos para estar completa, o problema é que a atual condição financeira e o custo da estrutura militar espalhada pelo mundo, dificultam e muito a realização deste feito. Eis o motivo da atual administração ter feito a proposta de entendimento com a Rússia. Em contrapartida a Rússia iniciou a modernização e instalação de novos sistema há tres anos. A verdade é que os EUA e a Otan quiseram vencer a Rússia desmontando-a no período do caos, assim seria fácil vencer uma guerra e dobrar o velho urso. Vamos ver daqui pela frente quais serão os vôos da águia careca.

Anónimo disse...

Se o Irão dispara um míssil em direcção à Europa, o sistema como está colocado na Polónia e Rep. Checa, vai interceptar o míssil na fase descendente, na sua fase mais rápida e final. Ora o sistema é mais eficaz e está desenhado é para interceptar mísseis na fase INICIAL.
O Senhor PortugueseMan com esta palavra INICIAL diz tudo sobre as razões que levam ao grande interesse pela instalação do sistema DAM nas fronteiras da Rússia.
É mesmo na fase inicial que os interceptores são mais eficazes porque depois dos engenhos saírem da atmosfera terrestre torna-se muito mais difícil destrui-los. Primeiro; é no momento de arranca que geram mais calor, por isso fáceis de detectar por os sistemas de alerta, começando de imediato a serem monitorizados pelos radares. Segundo; a vulnerabilidade dos portadores a baixa velocidade é total. Porque depois da entrada em orbita accionam de imediato os mecanismos de despistagem. Os americanos e os Chineses já efectuaram testes de destruição de satélites no espaço com êxito. Com um engenho apenas. Mas se uma ogiva nuclear fosse acompanhada de 10 engodos? Conseguiam identificar a verdadeira das falsas? Impossível! Agora imagem cinco portadores que colocassem no espaço dez ou quinze engodos cada?
Mas esses cinco portadores mesmo lançados em simultâneo, podem ser todos destruídos na fase inicial pelos sistemas DAM.
Cita e muito bem, que na fase descendente é muito difícil destrui-los. Creio que quase impossível. Os infelizes alvos apenas conseguem ver momentaneamente uma bola de fogo sobre as suas cabeças até ficarem assados.
Quando se argumenta que a instalação dos DAM na Europa é para prevenir um eventual ataque do Irão, não é mais que o prolongamento da falácia. Primeiro o Irão nunca poderá dispor de mísseis suficientes para lançar um ataque maciço contra uma grande extensão territorial, além disso a Europa também não é o seu alvo. Segundo qualquer líder Iraniano por mais louco que fosse também compreenderia as consequências que daí resultariam ( com a retaliação). Como disse o Chirac, ainda os mísseis Iranianos não tinham entrado em orbita e já as cidades Iranianas estavam reduzidas a cinzas.
Os Objectivos são claros, tão claros como isto. Porque motivo os Americanos não estão interessados em usar os radares de Gabala no Azerbaijão?
Porquê? Simplesmente o que resta à Rússia para se defender é a sua capacidade de dissuasão nuclear, embora caduca mas ainda pode fazer imensos estragos. Com a assinatura do tratado START 1 (1991) ficou com cerca de 1100 portadores e 5500 ogivas, em caso de um conflito se o inimigo no primeiro golpe lhe destruísse 80% do potencial, ainda lhe restavam mais de 1000 ogivas. Portanto ainda mantinha uma enorme capacidade de retaliação e como se diz em linguagem militar, de Destruição Mutua Assegurada (DMA). Deste modo é compreensível que ninguém por enquanto se atreve em ser o primeiro a premir o botão. E o maior receio dos Russos é perderem essa capacidade com a instalação do sistema DAM próximo das suas fronteiras.
A Rússia militarmente está muito debilitada, talvez até se possa dizer que este é um dos momentos mais críticos da sua história. Senão veja-se: Os EUA dispõem de 52 submarinos nucleares modernos com uma grande capacidade de polivalência que ao todo podem transportar perto de 2800 mísseis de cruzeiro,tanto podem ser equipados com cargas nucleares ou convencionais. A Rússia tem cerca de 20 submarinos e nem todos operacionais que no total têm cerca de 100 mísseis de cruzeiro nucleares. Os EUA dispõem de 12 porta aviões cada um com 85 aviões a bordo. A Rússia dispõe de 1 em que condições? Isto para não falar da frota naval de superfície Americana com capacidade para transportarem mais de 8000 mísseis de todos os tipos , dos bombardeiros estratégicos B52N e B2 etc. Todo este arsenal não está incluído em quaisquer acordos de controle de armamentos.
Por outro lado não esqueçamos que a frota Russa esteve 12 (doze) anos sem sair para o mar alto. Quanto ao sector aéreo da Rússia ainda há poucos dias um alto responsável Russo (Anatoli Kornukov) deu uma entrevista ao jornal Kommersat dizendo que todo o parque da aviação está obsoleto, que um terço dos aviões não está em condições de voar.
Além disso os Americanos mantêm um conjunto de cerca de 800 bases militares de apoio espalhadas por todos os continentes. A Rússia retirou-se de Lourdes em Cuba e de Cam Ranh no Vietnam. Os EUA dispõem de uma eficiente rede de satélites de comunicações e de telemetria dos mísseis. A Rússia ainda não conseguiu concluir a sua rede da Glonass. Para complicar , ficaram com toda a frente ocidental da Rússia desprotegida, por não terem «chegado» a acordo sobre os radares dos Cárpatos na Ucrânia. Com a agravante dos radares da NATO em Skundra na Letónia vigiarem em permanência a estratégica base de Arkangelsk.
Quanto a forças convencionais, a Rússia actual não tem capacidade defensiva nem ofensiva, tudo o que lhe resta são alguns meios embora ainda bastante eficazes, mas com projectos com mais de 20 anos. As forças armadas da Rússia hoje não são mais que um exército de farrapos, e o exemplo da guerra com a Geórgia mostrou bem essa evidência, ainda vão lamber as feridas por muito tempo. Um país que se quer mostrar como uma grande potência não dispõe de uma força naval de desembarque. Resumindo; o grande urso pode rosnar mas já não tem garras!
Além disso socialmente a Rússia de hoje é a América Latina da Europa com os seus imensos desníveis sociais.
É muito fácil compreender a reacção das chefias Russas quando os Americanos propuseram uma redução dos arsenais das (FEN) Forças Estratégicas Nucleares.
O general Nikolai Makárov, Chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Rússia. Veio logo dizer que; “A arma nuclear é o principal factor de dissuasão que protege a Rússia contra a agressão”. Mas por quanto tempo mais?
Também não há muito tempo um general das FEN Americanas, desabafou (com grande irritação dos Russos) que em 30 minutos destruía toda a capacidade militar da Rússia sem empregar a arma nuclear desde que localiza-se todos os centros de comando. Ele de certeza sabia o que estava a dizer! Talvez com os tais mísseis de cruzeiro equipados com as bombas rebenta bunkers.
Quando no final do ano tiverem que renegociar o tratado START veremos como vai ser?
Como dizia o grande físico Niels Bhor; tudo está relacionado com tudo e nada existe fora dessa relação. Portanto todos os jogos que se têm processado naquela parte do mundo fazem parte da mesma teia de interesses. Sejam eles económicos políticos ou de qualquer outra ordem. “Conquista de espaço”
Cin.naroda

Jest nas Wielu disse...

Ja que o centro georgrafico da Europa fica na Ucrania (visao do Imperio Austro - Hungaro e da URSS), entre as cidades Tichiv e Rahiv, entao com certeza R. Checa e a Polonia sao do paises do Centro da Europa. O termo Europa do Leste e um termo puramente politico.

p.s. continuo com o teclado ingles...

Anónimo disse...

A questão, por si só, é irrelevante.
Mas lembro-me que até 1989, todos os países de ficavam "para lá do Muro" pertenciam à Europa de Leste. Será que a geografia mudou assim tanto desde então?

Quanto ao sistema de mísseis, parece-me que isso já foi aqui discutido anteriormente. O Irão não constitui qualquer ameaça à Rússia, com quem tem muito boas relações, mas constitui uma ameaça a Israel ou ao Paquistão, aliados dos EUA.

Ora, parece evidente que se o Irão fosse A ameaça, o sistema de mísseis estaria colocado numa zona mais próxima da da intercepção. Ao coloca-lo na Polónia, o objectivo mais evidente será o de inutilizar o sistema de mísseis estratégicos russo.
Ora, pergunta o JM como é que isto constitui uma ameaça? É fácil. É que o sistema de mísseis estratégicos é um sistema dissuasor, funciona como uma última "garantia". A alternativa a esta garantia, muito poderosa, são as forças convencionais, que são mais facilmente utilizáveis, como se sabe.
Ora, admitindo que a Rússia não está à altura dos EUA/NATO em termos convencionais, na eventualidade de estalar um conflito, a Rússia poderia ser atacada numa situação de fragilidade, sem ter capacidade de resposta que ameaçasse verdadeiramente o inimigo.
Assim, a instalação de um escudo anti-míssil pode ser encarada como uma ameaça pela Rússia.

Anónimo disse...

Francisco,

Apesar de alguns números, referenciados ao inventário americano que você citou estarem dentro da realidade a sua análise quanto ao potencial russo está muito equivocada, tanto do ponto de vista nuclear quanto na questão convencional, digo-lhes isso como militar, como conhecimento no assunto em específico.

Abraço,

Anónimo disse...

Pippo,

É bom tê-lo de volta.

A situação das forças convencionais da Rússia, não se encontram nas condições descritas pelo leitor Francisco, é um erro de informação que se repete em virtude do volume de sites com dados desencontrados ou desatualizados, assim como o descritivo do potencial nuclear não estar dentro da realidade atual. Existe uma certa superioridade em números dos EU em submarinos nucleares, mas não na proporção colocada pelo Francisco e de forma geral na marinha, mas a diferença tem sido reduzida ano após ano, nos processos de modernizações, recomissionamentos e lançamentos de novas belonaves, em relação aos porta-aviões ele está certo, mas também tem de ser considerado o posicionamento geográfico dos Estados Unidos em relação à Rússia, a aviação estratégica está empatada e demais efetivos são equiparados, exceto tanques e blindados de forma geral pois os números russos são superiores.

A questão do escudo reflete-se mais em uma deficiência do sistema de defesa americano qo que efetivamente na fragilidade russa.

Anónimo disse...

здорово!
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Anónimo disse...

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