Os dirigentes russos não se cansam de apregoar que o rublo, moeda nacional da Rússia, pode e deve transformar-se numa moeda de reserva regional, mas as ambições são “arrefecidas” pela crise económica e financeira.
Há um ano atrás, dirigentes e cidadãos russos olhavam com optimismo para o futuro. Em 2007, o Produto Interno Bruto russo conhecera um crescimento recorde de 08,1pc e os prognósticos para 2008 eram de 07,6 pc, o que permitia acreditar na promessa do primeiro-ministro Bladimir Putin de duplicar o PIB até 2010.
O alto preço dos combustíveis no mercado mundial, o aumento em flecha dos investimentos estrangeiros na economia russa o reforço do rublo em relação ao dólar levaram os dirigentes russos a defender a transformação da moeda nacional numa divisa de reserva, convertível.
“A partir das altas tribunas, a direcção do país começou a falar da transformação do rublo numa divisa de reserva, por enquanto regional, mas claramente com planos posteriores mais ambiciosos”, recorda a analista económica Ekaterina Mereminskaia.
Hugo Chavez e Daniel Ortega, presidentes da Venezuela e Nicarágua, defenderam, em Dezembro passado, a transformação do rublo russo na moeda de reserva da Alternativa Bolivariana para a América.
Não obstante as declarações de Vladimir Putin e de outros dirigentes russos de que a Rússia era uma “ilha de estabilidade”, de que “o país não será atingido pela crise”, os investidores estrangeiros começaram a debandar do mercado russo, a produção desceu abruptamente e o rublo entrou numa perigosa queda.
Porém, no início de Fevereiro, Putin voltou a defender a transformação do rublo em moeda de reserva pelo menos no interior da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), organização que reúne 11 das 15 antigas repúblicas da URSS.
Ele assinalou, nomeadamente, que “90pc das mercadorias russas exportadas para a Bielorrússia são pagas em rublos e 45pc das importadas”.
Além disso, Moscovo defende que os combustíveis russos podem ser vendidos em rublos aos países estrangeiros, existindo já contratos assinados com a Bielorrússia, o Cazaquistão e outros países da CEI.
No entanto, os analistas, não pondo de parte a possibilidade de o rublo se vir a tornar no “dólar da CEI”, consideram que isso não está para breve.
“Claro que, potencialmente, o rublo se pode transformar numa divisa de reserva! Mas tomemos como exemplo a Ucrânia, um forte parceiro comercial nosso... Aí, a grivna (moeda nacional ucraniana) perdeu, num curto espaço de tempo, 2/3 do seu valor em relação ao dólar, o rublo perdeu 1/3. Como será possível estabelecer um câmbio fiável entre essas moedas se não se sabe o que irá acontecer com elas amanhã?”, pergunta Andrei Netchaev, antigo ministro da Economia da Rússia e actual presidente da “Corporação Financeira da Rússia”, em declarações aos jornalistas.
O economista kazaque Dossim Satpaev, director do “Grupo de Avaliação de Riscos”, chama a atenção para outros obstáculos.
“Em muitos países da CEI, nomeadamente da Ásia Central, há desconfiança em relação à Rússia. Todos vêem que a Rússia tenta reforçar a sua influência, reforçar as suas posições, e eles receiam que, ao ao avançar essa ideia, a Rússia simplesmente quer impôr o seu domínio económico”, considera ele.
“Além disso, embora já tenham passado 17 anos da desintegração da URSS, muitos ainda recordam como a Rússia expulsou esses países da zona do rublo”, acrescentou.
“Para que o rublo seja visto como o dólara ou o euro, é preciso percorrer um longo caminho... Hoje, essa questão precisa ainda de ser bem estudada”, considera Karim Massimov, primeiro-ministro do Cazaquestão.
Há um ano atrás, dirigentes e cidadãos russos olhavam com optimismo para o futuro. Em 2007, o Produto Interno Bruto russo conhecera um crescimento recorde de 08,1pc e os prognósticos para 2008 eram de 07,6 pc, o que permitia acreditar na promessa do primeiro-ministro Bladimir Putin de duplicar o PIB até 2010.
O alto preço dos combustíveis no mercado mundial, o aumento em flecha dos investimentos estrangeiros na economia russa o reforço do rublo em relação ao dólar levaram os dirigentes russos a defender a transformação da moeda nacional numa divisa de reserva, convertível.
“A partir das altas tribunas, a direcção do país começou a falar da transformação do rublo numa divisa de reserva, por enquanto regional, mas claramente com planos posteriores mais ambiciosos”, recorda a analista económica Ekaterina Mereminskaia.
Hugo Chavez e Daniel Ortega, presidentes da Venezuela e Nicarágua, defenderam, em Dezembro passado, a transformação do rublo russo na moeda de reserva da Alternativa Bolivariana para a América.
Não obstante as declarações de Vladimir Putin e de outros dirigentes russos de que a Rússia era uma “ilha de estabilidade”, de que “o país não será atingido pela crise”, os investidores estrangeiros começaram a debandar do mercado russo, a produção desceu abruptamente e o rublo entrou numa perigosa queda.
Porém, no início de Fevereiro, Putin voltou a defender a transformação do rublo em moeda de reserva pelo menos no interior da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), organização que reúne 11 das 15 antigas repúblicas da URSS.
Ele assinalou, nomeadamente, que “90pc das mercadorias russas exportadas para a Bielorrússia são pagas em rublos e 45pc das importadas”.
Além disso, Moscovo defende que os combustíveis russos podem ser vendidos em rublos aos países estrangeiros, existindo já contratos assinados com a Bielorrússia, o Cazaquistão e outros países da CEI.
No entanto, os analistas, não pondo de parte a possibilidade de o rublo se vir a tornar no “dólar da CEI”, consideram que isso não está para breve.
“Claro que, potencialmente, o rublo se pode transformar numa divisa de reserva! Mas tomemos como exemplo a Ucrânia, um forte parceiro comercial nosso... Aí, a grivna (moeda nacional ucraniana) perdeu, num curto espaço de tempo, 2/3 do seu valor em relação ao dólar, o rublo perdeu 1/3. Como será possível estabelecer um câmbio fiável entre essas moedas se não se sabe o que irá acontecer com elas amanhã?”, pergunta Andrei Netchaev, antigo ministro da Economia da Rússia e actual presidente da “Corporação Financeira da Rússia”, em declarações aos jornalistas.
O economista kazaque Dossim Satpaev, director do “Grupo de Avaliação de Riscos”, chama a atenção para outros obstáculos.
“Em muitos países da CEI, nomeadamente da Ásia Central, há desconfiança em relação à Rússia. Todos vêem que a Rússia tenta reforçar a sua influência, reforçar as suas posições, e eles receiam que, ao ao avançar essa ideia, a Rússia simplesmente quer impôr o seu domínio económico”, considera ele.
“Além disso, embora já tenham passado 17 anos da desintegração da URSS, muitos ainda recordam como a Rússia expulsou esses países da zona do rublo”, acrescentou.
“Para que o rublo seja visto como o dólara ou o euro, é preciso percorrer um longo caminho... Hoje, essa questão precisa ainda de ser bem estudada”, considera Karim Massimov, primeiro-ministro do Cazaquestão.
27 comentários:
Sim, também não estou a ver que seja para breve e se isso irá acontecer.
O que deve ser feito hoje em dia é diversificar o cabaz de moedas.
Embora eu veja mais isto como um apelo aos russos para não pensarem que o rublo não é uma moeda com alguma estabilidade e refugiarem-se em moedas alternativas, como o dólar e euro.
JM:
acabei de ler no site oficial de Putin que ele considerou a Turquia a prioridade da política externa russa. Entretanto na Ria Novosti está que é prioridade, no sentido de que é uma das, mas não a. Como não sei russo, não sei o que terá dito de facto Putin. Pode verificar no site oficial dele o que disse em russo para sabermos se é uma das ou se passou a ser a?é que se passou a ser a, o caso é importante.
Obrigada
ABC
ABC,
Se me permite, não faz sentido a Turquia ser A prioridade.
No entanto existe muitas razões para a Rússia devotar atenção à Turquia.
Permito e aprovo.
Por isso preciso de saber o que disse o Czar, porque se passou a ser a é porque tem a ver com os gasodutos.
Sei 6 línguas, mas nada de russo. Dava jeito agora...
Por que o rúblo não se tornar uma moeda para operações de comércio na zona CEI? Muito provavelmente, mais cedo ou mais tarde, isso зщву acontecer.
Mas, hóje, não é a questão mais importante.
Por sinal, hóje ouvi pela televisão uma conversa de uns especialistas na economia, ouvi opiniões de que a crise pode ser mais profunda que parece (se tratando da economia norte-americana), tem opiniões de que o dólar pode cair. Quanto ao rublo na CEI, não se trata de que o rublo pode se tornar um rival do dólar ou euro num futuro proximo, mas do papel do rublo na CEI. Tudo é possivel, mas agora isto não é o maior problema para a Rússia. Por sinal, o Rúblo cresceu nos últimos dias.
ABC:
Experimente utilizar o software de tradução em www.translate.ru
É bastante eficiente e traduz do Russo para Alemão, Inglês, Francês e Espanhol.
Jorge
ABC ,
"Czar, czar" - não corresponde á realidade. Sabiam, que existe na internet russa 2 sítios muito populares e vizitados, onde se colocam traduções dos artigos da imprensa estrangeira sobre a Rússia. Sabem, quanto podem irritar a gente russa as tolices que regularmente aparecem lá e a russofobía? (nem tudo são tolices e russofobia, mas não faltam tambem.
ABC,
Claro que a questão energética é uma das mais importantes.
E a Turquia está numa zona delicada onde se cruzam vários pipelines e muitos interesses.
Mas a questão energética só por si não justifica tanta importância dedicada à Turquia.
O que o faz pensar nisso?
Quem sabe em um futuro isso possa acontecer, no momento não é viavel. Bom parte do capital estrangeiro que saiu da Rússia é capital de especulação que não está empregado em nada, esse capital de nada ajuda a economia real.
Caro ABC, Putin disse que a Turquia é uma das prioridades na política externa da Rússia. Vou publicar mais informações.
Anónimo russo:
então já descobriu a segunda base americana em Portugal? Até que o faça, os seus comentários para mim são zero. Vá espiar outro.
Jorge:
os softwares fazem tradução globalizante, não dão os termos específicos e aqui trata-se apenas da importância de um artigo que definiria uma nova política externa.
Portuguese Man:
não entendo o seu segundo comentário se você leu o meu comentário inicial, mas eu repito. Se o Czar tivesse dito que a Turquia era a prioridade teríamos um novo rumo. Se não disse, nada mudou.
JM:
pronto. Assim sendo está tudo na mesma. Alguém terá que informar o Czar que os tradutores ingleses do seu site oficial andam a induzir os leitores em engano.Cá está mais uma, JM, que prova que o vertical deve ser é horizontal: o homem nem controla o que sai no site oficial. A isto chama-se Ídolo de pés de barro. Tenho pena , porque pensava que ele fosse bastante melhor.
Finalmente:
para quem desconhece ainda e para quem quiser verificar o que eu disse e para quem quiser ver o original em russo, eis o site do Czar:
http://premier.gov.ru/eng/events/2098.html
Cumprimentos.
ABC disse...
Anónimo russo:
então já descobriu a segunda base americana em Portugal
Voce está me confundindo com alguem, não sou especialista em bases militares em Portugal.
Ó FSB, vá mas é vigiar o que andam os ucranianos a fazer online e deixe os portugueses em paz. Disfarçar a incompetência por aqui não resulta.
Anónimo disse...
Ó FSB, vá mas é vigiar o que andam os
È fácil dizer coisas assim pela internet, mas não sei se me diria isso no rosto. Humilde, não sou do FSB (onde aprendeu essa palavra?)
Putin valora las relaciones con Turquía como una prioridad de la política exterior rusa
20:19 | 13/ 02/ 2009
Moscú, 13 de febrero, RIA Novosti. Las relaciones ruso-turcas son una de las prioridades de la política exterior de Rusia, declaró hoy el primer ministro ruso Vladímir Putin, reunido con el presidente de Turquía, Abdullah Gül, que está realizando una visita de Estado a Rusia.
"El derrotero turco es una prioridad de nuestra política exterior", dijo Putin.
Se desarrollan con bastante eficacia las relaciones económicas entre ambos Estados. El comercio ruso-turco se situó en 32.000 millones de dólares en 2008, señaló.
"Rusia llegó a ser el socio comercial número uno de Turquía, la que a su vez es uno de los líderes entre los países que realizan comercio con Rusia", añadió Putin.
A tradução da Ria novosti pode não corresponder ao dito em russo. Arre, que ustedes sois burros!
A base americana em Portugal, é a base das Lajes , Açores.
Provavelmente alguém que não tenha conhecimento geográfico da região confundiu e achou que eram duas, acompanhei a postagem do período e não foi o anômino russo, mesmo assim sendo apenas uma, ela existe, e se não me engano são 24 bases americanas em território europeu, sem contar outras instalações e as bases dos países do leste europeu que estacionam forças da Otan. Os americanos possuem entre 700 a 800 instalações militares ao redor do mundo.
Wandard again
(que activo estamos hoje)
a defender o anónimo russo do que não tem defesa ( este Wandard deve ser o outro anónimo russo...) Chamei-lhe a atençâo sobre as 2 bases e ele repetiu o disparate em tom de desafio (infelizmente os russos cometem esse erro muitas vezes). E a seguir nada de admitir o erro e continuar a fingir que era outra pessoa e agora este Wandard confirma. Como pode confirmar o oposto do que está escrito?
Em relação às Lajes é pré-NATO o acordo com os EUA, e não é uma base da NATO nem nunca foi. A única base estrangeira em território continental é da Alermanha, em Beja e vai acabar este ano e passar a aeroporto civil. Até era para lá que iriam os aviões russos anti-incêndio que já não vão ( borrada de opção do Czar!)
Durante a 2ª. guerra se Portugal não tivesse cedido a base, embora fosse país neutral, teria sido ocupada e durante a Guerra Fria foi muito útil. Não me importo nada de ter lá os Yankees, até porque a defesa de Portugal depende deles.E quanto à NATO, Portugal é fundador, não foi por arrastamento. Isto é Atlântico Norte, mesmo, não é Mar Negro, por isso a Nato não devia ter ido para Leste, mas aqui é o lugar dela. Quem não gosta, vai viver para outro lado.
Como vê, quem não sabe, deve ter a humildade de perguntar e não de vir para aqui descarregar discursos feitos que nem sequer entende.
Passarem todos muito bem!
ABC,
"Chamei-lhe a atençâo sobre as 2 bases e ele repetiu o disparate em tom de desafio"
Tu respondes pelas tuas palavras?
Ou realmente, nem tudo está bem com a tua cabeça?
O anónimo que só se assina russo quando quer e quando não só assina anónimo já não engana ninguém. Vai dormir, que o teu mal é sono.
ABC,
Não sou anônimo russo e sempre assino meus posts. Quanto a defender ou não defender, pois não considero a minha intervenção defesa, mas caso for é um direito particular meu e a forma de enxergar ou a opinião divergente é direito de cada um. Pelo visto não é militar. Em relação base das Lajes, pode ser Pré-Nato, operação conjunta pouco importa o eufemismo que se quiser utilizar no contexto civil, ou na forma que os cidadãos portugueses queiram ver, o que importa no campo militar é que está sendo utilizada pelos Estados Unidos. A Europa possui 24 bases americanas instaladas, a forma que os governos dos países as encaram é um problema particular de cada um deles. Tenho colegas das FAS americanas servindo em algumas destas bases, e segundo o que você colocou provavelmente todos eles devem sofrer de alucinações e não saberem aonde estão, já que só existe uma base estrangeira. Se você gosta da presença americana, então seja feliz.
Passar bem, ABC again.
ABC disse...
"O anónimo que só se assina russo quando quer e quando não só assina anónimo já não engana ninguém. Vai dormir, que o teu mal é sono."
Repito de novo:
Tu respondes pelas tuas palavras?
Ou, realmente, nem tudo está bem com a tua cabeça?
Pois Wandard, se você não é o anónimo do disparate das 2 bases e o anónimo russo também não, quem será então o tal anónimo?
O que é certo é que este Wandard não sabe português. Será que é por ser russo? Fala do seu direito de defesa e de formas de enxergar, quando eu me referia à defesa de Portugal. A seguir admite conhecer militares americanos na tal segunda base em Portugal. Eu peço encarecidamente que apareçam essas almas, onde quer que estejam, mesmo que sejam fantasmas.
Que triste e patética e alucinada ignorância. Vai estudar, Wandard.Que estás tu a fazer num site português, se não entendes o que é escrito e ignoras a realidade do país?
haja pachorra!
Oh, cara ABC! Então isso é linguagem que uma senhora utilize?
Caro Wandard, você tem que ter alguma paciência e condescendência. Acho que ABC não faz por mal.
ABC,
Leia com atenção o que escrevi e veja que me refiro ao "continente europeu", e falei que tenho colegas militares americanos em bases em outros países do continente, jamais comentei de existir uma segunda base em Portugal isto é entre você e outro leitor.
E conheço razoavelmente a realidade não só de Portugal como de outros países europeus, por vários motivos e vínculos.
Ó anónimo, aqui o ABC só tem pena de não te poder mostrar a prova de que não é uma senhora e depois enfiar-te dois murros nos cornos. Vai chamar mulher a quem vês ao espelho.
Caro Wandard, não perca o seu tempo com ABC/Kremlino. Ele de facto não leu o que você escreveu. Além disso, ele parece ter um problema compulsivo de falta de educação.
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