Os peritos confirmaram a presença de álcool no organismo do piloto do Boeing-737 que se despenhou em Perm a 14 de Setembro do ano passado, anunciou aos jornalistas Alexei Morozov, vice-presidente do Comité Estatal de Aviação da Rússia.
O aparelho da companhia aérea Aeroflot-Nord, que fazia o voo Moscovo-Perm, despenhou-se ao tentar fazer uma segunda aterragem no aeroporto daquela cidade russa dos Urais, tendo a catástrofe provocado a morte de 88 passageiros e tripulantes.
“Os resultados da peritagem de medicina legal mostraram a existência de álcool etílico no organismo do comandante da nave aérea antes de falecer”, declarou Morozov.
“O regime de trabalho e de descanso do piloto, no período que antecedeu o acidente aéreo, contribuiu para a acumulação de cansaço e não correspondeu às normas vigentes”, acrescentou.
Segundo Morozov, a perda de orientação espacial pela tripulação foi a causa directa da catástrofe.
“A perda de orientação espacial ocorreu durante o voo à noite, entre nuvens, com o piloto automático desligado”, explicou, acrescentando que para isso contribuiu também o nível insuficiente de preparação profissional da tripulação para pilotar aviões estrangeiros.
Esta não é a primeira vez que pilotos russos com álcool no sangue se sentam ao comando de aviões.
Em Dezembro passado, trezentos passageiros impediram que um avião da companhia aérea russa Aeroflot levantasse voo porque se convenceram que o piloto estava bêbado.
Quando o piloto Alexander Cheplevski deu as boas-vindas aos seus passageiros, que entraram em Moscovo no Boeing 767 da Aeroflot com destino a Nova York, o pânico espalhou-se pela aeronave. As hesitações e o gaguejar do piloto enquanto falava, especialmente quando trocou o russo pelo inglês, convenceram os passageiros de que estaria bêbado e, por isso, não teria condições para pilotar o avião.
A companhia aérea viu-se obrigada a substituir a tripulação.
O aparelho da companhia aérea Aeroflot-Nord, que fazia o voo Moscovo-Perm, despenhou-se ao tentar fazer uma segunda aterragem no aeroporto daquela cidade russa dos Urais, tendo a catástrofe provocado a morte de 88 passageiros e tripulantes.
“Os resultados da peritagem de medicina legal mostraram a existência de álcool etílico no organismo do comandante da nave aérea antes de falecer”, declarou Morozov.
“O regime de trabalho e de descanso do piloto, no período que antecedeu o acidente aéreo, contribuiu para a acumulação de cansaço e não correspondeu às normas vigentes”, acrescentou.
Segundo Morozov, a perda de orientação espacial pela tripulação foi a causa directa da catástrofe.
“A perda de orientação espacial ocorreu durante o voo à noite, entre nuvens, com o piloto automático desligado”, explicou, acrescentando que para isso contribuiu também o nível insuficiente de preparação profissional da tripulação para pilotar aviões estrangeiros.
Esta não é a primeira vez que pilotos russos com álcool no sangue se sentam ao comando de aviões.
Em Dezembro passado, trezentos passageiros impediram que um avião da companhia aérea russa Aeroflot levantasse voo porque se convenceram que o piloto estava bêbado.
Quando o piloto Alexander Cheplevski deu as boas-vindas aos seus passageiros, que entraram em Moscovo no Boeing 767 da Aeroflot com destino a Nova York, o pânico espalhou-se pela aeronave. As hesitações e o gaguejar do piloto enquanto falava, especialmente quando trocou o russo pelo inglês, convenceram os passageiros de que estaria bêbado e, por isso, não teria condições para pilotar o avião.
A companhia aérea viu-se obrigada a substituir a tripulação.
42 comentários:
é o que dá comprar vodka ao peso..
vasco,
Por sinal, segundo dados estatísticos, se eu não me engano, a Rússia não está no primeiro lugar na Europa pelo consumo de álcool por pessoa. E até nao está no segundo.
Segundo eu entendo, é um problema das aldeias, principalmente. Mas, na minha região, nas aldeias a oeste da cidade, aldeias, que eu conheço, onde vivem muitos arménios, não é um problema grave.
E nas cidades grandes, onde as pessoas trabalham, fazem a sua carreira, não acho que exista um grande número, uma grande percentagem de alcoolicos. Não posso falar da Sibéria - nunca estive - mas acho que a cituaçao nao é muito diferente da da parte europeia do pais.
Por isso não entendo muito bem, porque é que a imagem de um bebado é sempre associada com a Rússia.
Sabem, quando viagei para o Brasil e voltei, quase cada vez que dizia ás pessoas, que tinha estado no Brasil, eles sorriam e perguntavam "no pais, onde há muitos macacos selvagens (se traduzi correto)". Porque a maioria dos russos, que quase nada sabem do Brasil, quando ouvem o nome deste pais, sempre lembram a frase de um filme muito conhecido, onde o Brasil se descreve como um "pais onde há muitos macacos selvagens". Eu penso, que no caso da Rússia e da imagem dum bebado acontece uma coisa semelhante - um estereótipo, que nem sempre corresponde á realidade.
Lá está o anónimo russo a fazer propaganda "à maneira FSB". Olhe que aqui há muitos leitores que já foram ou viveram na Rússia, por isso, não engana ninguém.Toda a gente sabe que na Rússia se bebe muita vodka, que há muita violência (nomeadamente violência doméstica) por causa da vodka e que até há uns sítios - que não têm tradução em português - (Vytresviteli) onde os bêbados recolhidos nas ruas passam as ressacas. Mas não é por isso que se associa Rússia aos bêbados. Até porque a vodka também tem vantagens. Acho que a criatividade e energia empreendedora dos russos têm a ver com a "branquinha".
Anónimo russo, a Rússia ocupa um dos primeiros lugares quanto ao consumo de álcool, mas é também importante analisar que tipo de álccol se bebe. Portugal consume muito vinho, o que é diferente de consumir vodka.
Quanto à associação do Brasil aos "macacos selvagens", ela veio do grande filme russo. "Olá, sou vossa tia!".
Eu acho que o problema não está tanto no consumo do álcool, quanto na falta de controlo sobre as pessoas que o consomem. Se uma pessoa beber e for dormir, o problema é só dela, mas se for conduzir um automóvel ou um avião, é um crime.
"Se uma pessoa beber e for dormir, o problema é só dela, mas se for conduzir um automóvel ou um avião, é um crime."
Depende das quantidades...
Mas é verdade, esta coisa de aparecer pilotos com alcool no sangue é uma coisa surpreendente e ultimamente tenho visto mais casos destes aparecerem.
Um piloto simplesmente não deveria beber
Lembra-me um fait divers que ocorreu ha uns cinco anos na regiao de Moscovo. Uma loja de alimentacao organizou um concurso que consistia em conseguir empinar a maior quantidade de vodka. O vencedor faleceu, e o segundo e terceiro classificados ficaram em estado profundo de coma. O premio consistia em 10 garrafas de vodka. Nao admira que acontecam ate catastrofes aereas por causa do bebericanco
Anónimo,
"Lá está o anónimo russo a fazer propaganda "à maneira FSB". Olhe que aqui há muitos leitores que já foram ou viveram na Rússia, por isso, não engana ninguém"
Eu falo do que vejo com os meus próprios olhos, idiota. E tenho a certeza de que vivo aqui muito mais que viveu voce, se viveu.
Sr. Milhazes,
poderia apresentar uma estatistica de consumo de álcool na europa? Sem palavras, só numeros.
PortugueseMan,
O problema é no cistema de controlo do estado e da preparaçao de pilotos. Claro que nao devia beber, mas tem o segundo piloto, que devia aterrar o avião em qualquer circunstáncias.
Mendonca Joao,
Eu ouvi desse tipo de acontecimentos, mas, segundo entendo, são muito raros. E, pessoalmente, nao conheço NINGUEM que tivesse alguma vez participado nisso. Pessoas normais nao participam. Tambem pode causar problemas aos estabelecimentos que organizam isso.
Anónimo, cretino, de onde voce sabe da violencia domestica, se nem sequer é russo? Mesmo eu não posso falar por ninguem, alem das pessoas da minha própria famíla e os meus vizinhos.
De onde sabes que aqui é pior, que em Portugal, por exemplo?
Tambem conto com as respostas daqueles, quem viveu aqui, e sabe como é na realidade.
E esquece do FSB, eu te explicaria quem aqui é FSB, CIA ou outros, mas tu só podes ladrar em frente ao ecrã.
Sr. Milhazes,
As estatísticas se baseiam na quantidade de alcool puro.
"Acho que a criatividade e energia empreendedora dos russos têm a ver com a "branquinha""
Como tu podes "achar" alguma coisa, mediocridade, se nem sequer entendes do que falas. As pessoas mais enérgicas e empreendedoras menos bebem.
Anónimo-maluco,
repito - se tu pensas que eu sou do FSB, o que podes dar ás pessoas aqui, o que podes entender da Rússia, se uma pessoa comum do sul do pais já é para ti um agente do FSB so por saber portugues.
Tu vives num mundo de sonhos, e eu sei disso, porque nao sou nem nunca fui do FSB, nem da policia, e até nao gosto destas estruturas. Pena é que outros nao saibam.
Mendonca Joao disse...
"Lembra-me um fait divers que ocorreu ha uns cinco anos na regiao de Moscovo"
por sinal, voce disse bem, que isso "ocorreu há uns cinco anos". Eu creio, que na verdade foi há uns 10 anos. E a Rússia de hóje e de há dez anos são coisas diferentes. Voce sabe, qual é o salario médio em Moscou, mesmo no tempo da crise? Duvido que alguem quisesse hóje estragar a sua saude por causa dumas 10 garrafas de vodka, só se fossem uns sem-abrigo (ou como isso se chama)
Caro Anonimo russo,
O episodio que relatei ocorreu em 2003. Nao quis com isto dizer que fosse regra. Vivo na Russia ha algum tempo, e conheco bem as dificuldades pelas quais os mais necessitados passam. Infelizmente casos semelhantes ainda vao acontecendo. O caso do crash e inclassificavel, visto que nao se trata de sem abrigos, mas sim de pessoas que tinham a bordo muitas vidas. Concordo, os meios de comunicacao frequentemente noticiam as desgracas, deixando de parte outros eventos relevantes.MAs O Sr. Milhazes noticia tudo o que e relevante neste blogue.
Anónimo russo
Aqui está um exemplo notável de como vocês funcionam: veja-se este seu ataque maciço, (cujo objectivo é desmoralizar qualquer veleidade de participar), inclusive com insultos pessoais. É claro que você tinha e irá ter, de certeza, a "tarefa" de me deitar abaixo, porque o seu trabalho é não deixar que críticas ao FSB prevaleçam no blogue. Se emprega tanta violência verbal é porque a questão toca na verdade.
Eu conheço a Rússia e os russos há muitos anos e, acredite, tão bem como você.
A Rússia é um grande país em muitos aspectos e os seus cidadãos, em vez de desmentir categoricamente os aspectos negativos que o país possui e que todos conhecem, deveriam, sim mostrar aos leitores os lados positivos (tal como o Milhazes faz frequentemente no blogue).Não é continuando em obstinada negação que os estereótipos mudam.
Acrescento:
Não é continuando em obstinada negação e insultando os oponentes que os estereótipos mudam.
Acrescento:
Seria também melhor que os leitores se apercebessem das qualidades pessoais, humanas (e da boa educação) dos cidadãos russos.
Essa boa educação não me permite a mim passar do "você" para o "tu" tão rapidamente. Uma pessoa com formação universitária deveria discutir as suas ideias de forma mais civilizada.
Anónimo,
"Eu conheço a Rússia e os russos há muitos anos e, acredite, tão bem como você"
Desculpe, mas é um engano seu.
Provas :
1. Eu nao sou nenhum agente, pode ficar tranquilo. E isso já é uma falta de entendimento por seu lado. Se só consegue ver os agentes nas pessoas comuns, o que pode entender dos russos?
2. "Até porque a vodka também tem vantagens. Acho que a criatividade e energia empreendedora dos russos têm a ver com a "branquinha""
Isso é o mesmo que dizer, que "a criatividade e energia empreendedora dos brasileiros têm a ver com a droga"
Se voce não entende o efeito das suas palavras, explico: é um insulto á nação e mais uma prova da falta do entendimento.
Sim, tratando se das pessoas relevantes da cultura russa : Musorgskii bebia muito, ouvi, que mendeleev tambem, Tchaikovskii foi um homossexual e Bulgakov foi durante um tempo um toxico-dependente. E depois, isso significa, que a homossexualidade ou drogas são necessários para ser uma pessoa talentosa e de creatividade?
3.
"Toda a gente sabe que na Rússia se bebe muita vodka, que há muita violência (nomeadamente violência doméstica) por causa da vodka
estas suas palavras mostram o seu pouco conhecimento. Perece que voce leu demais um arquivo de artigos sobre o problema, mas não conhece a sociedade "por dentro" Francamente, parece, que com estas palavras voce quer simplesmente denegrir a imagem do pais, sem querer saber os factos e os números. Se voce é um portugues, eu, no seu lugar, ficaria calado, porque há pouco ouvi pela "euronews" a estatistica dos casos da violencia doméstica em Portugal. Dizia-se, que este tipo de crimes provocam mais mortes entre mulheres, que o cancro. Pense nisso. (A estatistica era não-oficial, porque só uma pequena parte deste tipo dos casos chega a ser investigada, chega aos tribunais).
4. Quanto aos "Vytresviteli" (onde os bêbados recolhidos nas ruas passam as ressaca), diga aos leitores honestamente os números, senao podem pensar, que estes cítios (aqueles que ainda funcionam) estão superlotados. Na verdade, não sei, que percentagem deste tipo de instituiçoes ainda funciona, mas tenho a certeza de que o número de pessoas que chegam a ser levadas lá é muito insignificativo, e no momento atual, eu penso, a maioria deles são sem-abrigo ou alcoolicos cronicos, que vivem quase na rua.
5."Eu conheço a Rússia e os russos há muitos anos e, acredite, tão bem como você" Isso só pode ser, se voce for um russo. Mas, pelo que vejo, não é. Isto é, é uma afirmaçao muito ingénua. Como eu nunca vou me tornar um portugues ou brasileiro, voce nunca vai se tornar um russo.
E mais uma vez: para que voce mentiu num outro tema, que a sua família e voce pessoalmente podiam correr risco, se voce assinasse as suas mensagens. Não consigo entender esta afirmação, mas, na verdade, é uma grande tolice e uma mentira.
Mendonça João,
"e conheco bem as dificuldades pelas quais os mais necessitados passam"
Desculpe, mas se voce nao trabalha numa área, directamente ligada aos mais pobres, alcoolicos cronicos ou ás pessoas sem-abrigo, voce não pode "conhecer bem" o assunto.
Eu não justifico o pilóto, que pagou bastante, mas devo dizer, que não é uma regra na Rússia, como os leitores podem pensar ao ler o artigo.
O problema do alcoolismo na Rússia é descomunal e gravíssimo e já vem dos tempos da URSS.
Outros países também o têm quer na mesma escala ou noutras.
Em Portugal este também é um problema grave e está a assumir uma dimensão assustadora no consumo de jovens adolescentes.
No entanto para a Rússia, é um problema incontornável.
Cumpts
Manuel Santos
MSantos disse...
"O problema do alcoolismo na Rússia é descomunal e gravíssimo e já vem dos tempos da URSS ... No entanto para a Rússia, é um problema incontornável.
De onde tanta certeza? Quando eu escrevo aqui, não pretendo iludir ninguem ou esconder alguma coisa. Só descrevo o que vejo á minha volta. Para alguma aldeia na Sibéria, pode ser, realmente, um problema crucial, mas, para a minha cidade, por exemplo, ou para Moscovo, duvído. Duvido tambem, que desde o tempo da União Sovietica o problema se agravou. Especialmente nos anos do crescimento economico. A populaçao relativamente jóvem, a que me assocío tambem, economicamente atíva, que tem o que perder, nao sofre do alcoolismo.
E quero dizer, que as tentativas de alguem do outro pais explicar-me, como são as coisas aqui na realidade, perecem as vezes estranhos. Isso como se eu fosse de repente explicar a alguem, como é que é a vida no seu pais. Mas eu entendo, que não seria muito inteligente, por isso não faço isso.
Parece, amigos, que cada um pretende viver no seu próprio mundinho virtual, sem tentar encarar a realidade.
"Eu acho que o problema não está tanto no consumo do álcool..." - se não acreditam em mim, escutem, pelo menos, o sr. Milhazes, que ele sempre vive aqui.
P.S. Se falarmos á sério, o problema de álcool, ao meu ver, é um problema das aldeias (algumas delas já quase despovoadas), e pode ser, de algumas cidades pequenas (mas tambem depende de cada caso concreto).
Tambem, realmente, seria interessante ver aqui uma estatistíca quanto ao consumo de álcool na Europa ou no mundo. Se tiver tempo, vou tentar encontrar uma.
Aqui estão uns dados estaísticos, que acabo de encontrar (mas para o ano 2004, vou tentar encontrar dados mais modernos):
http://drugoi.livejournal.com/1949097.html
P.S. O problema da Rússia é a existéncia de muito álcool de baixa qualidade, tambem.
P.S.
Endereço correto:
http://drugoi.livejournal.com/1949097.html#comments
Desculpem, não consigo copiar. Vou procurar mais alguma coisa
Caros leitores
Agora, cada vez que alguém criticar a Rússia vai ter como resposta uma avalanche de comentários deste "anónimo russo" a desmentir. Por cada crítica iremos ter 8 "desmentidos". Ele vai falar até que todos os críticos se calem.
É pá, mas vocês também exageram muito, então um piloto já não pode fazer as suas compras, num supermercado que lhe tenha dado “a proposta anti – crise”? Os pilotos ganham bem, homem fiz as suas comprinhas no valor de ... digamos, 6 – 9 mil rublos e prontos pá, uma certa quantidade de “branquinha” escorregou-se para o estômago.
Mas mais importante não é isso, se ler bem – bem mesmo, o tal artigo em inglês que publicitava o caso, podemos ver que a primeira malvada que começou a denegrir a imagem do piloto era uma ... sim, sim, sim, era uma georgiana!!! Entenderam? Georgiana saia da Rússia (com certeza a fugir da justiça), em direcção dos EUA (claro, dar relatórios aos seus patrões da CIA).
E vocês ainda reclamam com a branquinha...
Jest nas Wielu,
Responda, melhor, pelos seus militares abstémios que abateram sem querer um avião civil que fazia voo de Israel para Rússia.
Anónimo disse...
Caros leitores
Já é um progresso voce não me acusar de ser um agente do FSB. O remedio, que o seu psiquiátra lhe deu, já produziu o seu efeito?
Estimado anónimo russo
Não frequento psiquiatras,porque vi comos meus próprios olhos como na União Soviética os críticos ao regime eram tratados por estes especialistas....
Agora os métodos são um bocadinho diferentes,mas ainda há quem se lembre da tradição.Mas vamos por partes:
1.Então o meu quase elogio à vodka (consumida com moderação), como fonte de criatividade, é visto como um insulto à Nação? Você está a confundir alcoolismo com consumo frequente. Na Rússia bebe-se muita vodka mas nem todos os casos acabam em alcoolismo. Veja-se o caso do actor e cantor Vyssotski, que bebia muito e, se de facto morreu precocemente, não deixou de ser amado pelo público.
2. Então falar de violência doméstica é denegrir a imagem do país? Eu sei perfeitamente que em Portugal também há muita violência doméstica mas não acho que falar disso seja denegrir a imagem do meu país. Porque não aceitam vocês os lados negativos do vosso país? Eu tenho muitas queixas em relação ao meu país (por exemplo, o sistema de justiça é um horror, as mulheres não se sabem vestir e são gordas, as pessoas têm pouca cultura e não lêm quase nada, não vão ao teatro, o Governo tem feito montes de asneiras nos últimos anos) mas não é por isso que o estou a denegrir. Há que aprender a ser tolerante em relação às críticas. Falar daquilo que está mal hoje não significa odiar o país, ou que amanhã não possa estar melhor.
Para terminar acrescento que vivo alternadamente na Rússia e em Portugal e que não julgue o meu conhecimento da Rússia por aquilo que escrevo nos comentários. No fundo, eu sei que você não poderia pensar de outra forma, sei que as nossas mentalidades são diferentes, mas faz-me impressão esta total intolerância às opiniões diferentes sobre o seu país.
Anónimo,
1. "Você está a confundir alcoolismo com consumo frequente. Na Rússia bebe-se muita vodka mas nem todos os casos acabam em alcoolismo"
Há pessoas que bebem vodka, há quem não beba. Senão, as pessoas que não conhecem o pais podem imaginar deus lá sabe o que. Eu, por exemplo, não bebo vodka. E muitos a quem conheço só bebem pelas festas, isto é, não consomem diariamente.
2."Então falar de violência doméstica é denegrir a imagem do país... etc"
Eu, que vivo aqui e estou totalmente ligado com a Rússia, não posso tirar conclusões, porque, alem da minha própria família e dos meus vizinhos, não posso responder por ninguem. Só posso acreditar ou não acreditar na estatistica, que não conheço. Então, como alguem, menos ligado a Rússia, pode tomar a responsabilidade de afirmar alguma coisa. Na minha opinião pessoal, a violéncia doméstica, provocada pelo consumo de álcool não tem um nivel significativo em escala do país. Não sei, como é na Síbéria ou no Oriente extremo. Mas não acho que seja muito diferente daqui.
Quanto ao denegrir da imagem do pais, a imprensa estrangeira faz bastante. E, talvez nem todos saibam, qualquer pessoa que tem acesso a internet, pode ler em russo muitas dessas "obras-primas", que frequentemente teem o objetivo de não contribuir á melhoramento de alguma coisa, mes exatamente o objetivo de simplesmente criar mais barreiras, mais desentendimento.
Aqui há quem fala das doenças do foro psiquiátrico, mas me pede para responder “pelos meus militares”!!! Vá lá, amigo, mesmo a branquinha exige um pouco da moderação. Eu não tenho nenhuns militares sob o meu comando, sou simples cabo na reserva, acredito que a branquinha pode ser traiçoeira.
Por acaso, lembrei me de vós apresentar um artigo do escritor, poeta e ensaísta ucraniano Yuri Andruhovych, onde este compara a vodka russa com a horilka ucraniana. Talvez este trabalho delicioso poderá explicar o comportamento de alguns camaradas, visitantes anónimos deste blogue.
Ler o artigo:
http://ucrania-mozambique.blogspot.com/2005/08/vodka-russa-vs-horilka-ucraniana.html
Jest,
"Vá lá, amigo, mesmo a branquinha exige um pouco da moderação",
acalma-te, amigo, eu não bebo vodka.
Quando já passará a alguns "alaranjados" a vontade de medir, comparar alguma coisa? Quando já sairão do periodo de adolescencia? Ninguem vos toca. Acalmem-se.
os vossos militares, os vossos.
Beber ou não beber, eis a questão.
Há 60 anos atrás, quando questionavam o ditador português A. Salazar qual o motivo porque não deixava importar a famosa Coca-Cola americana, este respondeu:
"Beber vinho, é dar de comer a 1 milhão de portugueses".
(Obs.: População de Portugal-10 milhões)
Quanto à moderação ! tem muito de psiquico, e é tudo muito grave quando é uma via de resposta á frustração, em qualque parte do mundo.
Vejo bebados até nos mais civilizados países !
Caro Milhazes
Lembrei-me agora da existência em Angola de uma bebida conhecida por aguardente russa que ganhou o nome local de "Capo Roto".
É uma bebida de criação eslava, não sei se é usada na Bielorussia; Ucrania , Russia ou Cazaquistão, mas o seu processamento cientifico foi uma assimilação deixada por estas comunidades.
Para além de água, alcool etílico e pilhas alcalinas de 1,5V (não sei se levava mais elementos da Tabela Periodica de Mendelyev), mas era apreciado pelos mendigos de Luanda quando oferecida pelos enologos eslavos, e era comercializada no Mercado do Roque Santeiro clandestinamente em garrafas de 1/2 Litro e consumidas por todos os "Cooperantes" menos sofisticados do Leste europeu.
M.Cumprimentos
A todos os comentadoresdeste post:
Em Portugal à noite um copo a mais de bebida "puxa" ao fado e, tal como o amigo ucraniano me fez, em vez de fundamentar os argumentos aconselhou-me a ouvir boa música ucraniana, agora farei o mesmo desafio a todos.
Oiçam aqui a Luso-moçambicana diva do fado , Mariza na interpretação "Ó gente da minha terra"
http://www.youtube.com/watch?v=TeOhPR_0x8E
E para estar dentro do espirito do post, "Se conduzir não beba, se beber cante e se possivel, bem"
Cumprimentos a todos
Ganda Inácio,
Finalmente uma menção positiva da Ucrânia... Sim, na Ucrânia um copo puxa a canção, as minhas canções preferidas são “Oy na gori ta y zhenci zhnut” (neste caso é cantada pelo russo Alexander Malinin):
http://1000plastinok.info/song29858.html
e outra canção que aprecio bastante, principalmente quanto é cantada por um coro masculino (tem alguma parecença com o coro masculino alentejano), “Za Sybirom sonce shodyt”, é uma canção sobre a figura do Ustym Karmaliuk, o Zé do Telhado ucraniano:
http://www.pisni.org.ua/songs/529302.html
Ler mais sobre Karmaliuk:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ustym_Karmaliuk
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