A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton começou a sua actividade diplomática pela Ásia, o que significa que ficou para trás o tempo em que Moscovo estava no primeiro lugar das preocupações de Washington.
Todavia, as relações entre os Estados Unidos e a Rússia continuarão a ser muito importantes, pois delas dependerá, significativamente, o estado das coisas na Europa.
A julgar pelas primeiras declarações dos membros da Administração de Barack Obama, Washington muda de táctica no campo internacional: a teimosia e a arrogância da política externa de George W.Bush cedem lugar ao diálogo e a uma certa abertura. Porém, no que diz respeito às relações com a Rússia, o diálogo não deverá ser muito fácil.
No fim da semana passada, num artigo que escrevi para a Agência Lusa sobre o primeiro encontro de Medvedev e Obama, que deverá ter lugar no início de Abril, cito uma fonte diplomática em Moscovo, que afirmou: “Por exemplo, Obama manifestou a vontade de reduzir os arsenais nucleares da Rússia e dos Estados Unidos, mas o Kremlin só estará disposto a analisar essa questão se no processo de redução de armamentos nucleares forem incluídas outras potências atómicas como a China, Grã-Bretanha, França, Paquistão e Índia”.
A política dos Estados Unidos em relação à Rússia também mudou ao transferirem para as mãos de Moscovo uma das "batatas mais quentes": a solução do "problema nuclear iraniano".
Um diálogo mais profundo entre a Rússia e os Estados Unidos só poderá ter início quando houver uma grande confiança no carácter pacífico do programa nuclear iraniano, declarou, na segunda-feira, Serguei Riabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
“Logo que se torne evidente um avanço no sentido do restabelecimento da confiança total no carácter pacífico do programa nuclear iraniano, abrir-se-ão possibilidades para o maior aprofundamento da conversa sobre as perspectivas da cooperação na esfera da defesa antimíssil”, declarou o diplomata.
“Nós estudamos os sinais da administração dos Estados Unidos e propusemos, da nossa parte, as formas como cooperar na esfera da defesa antimíssil, o que consideramos ser possível fazer no quadro dessa cooperação”, acrescentou.
“Confirmamos que, em relação ao programa nuclear iraniano, não temos elementos que possam ser interpretados ou mostrem o seu endurecimento”, concluiu o diplomata.
A Administração de George W.Bush tinha decido instalar um sistema de defesa antimíssil na Polónia e na República Checa para defender a Europa de países párias, como, por exemplo, o Irão.
Porém, Moscovo viu nessa intenção uma ameaça à sua segurança e prometeu responder com a instação de mísseis na Região de Kanininegrado.
Barack Obama prometeu reanalisar a posição norte-americana e Washington aceitou envolver a Rússia na solução deste problema.
Na segunda-feira, o diário russo Vremia Novostei tinha noticiado que “Washington prometera renunciar à instalação do sistema antimíssil se a Rússia convencesse o Irão a renunciar ao seu programa nuclear”.
“Logo que se torne evidente um avanço no sentido do restabelecimento da confiança total no carácter pacífico do programa nuclear iraniano, abrir-se-ão possibilidades para o maior aprofundamento da conversa sobre as perspectivas da cooperação na esfera da defesa antimíssil”, declarou o diplomata.
“Nós estudamos os sinais da administração dos Estados Unidos e propusemos, da nossa parte, as formas como cooperar na esfera da defesa antimíssil, o que consideramos ser possível fazer no quadro dessa cooperação”, acrescentou.
“Confirmamos que, em relação ao programa nuclear iraniano, não temos elementos que possam ser interpretados ou mostrem o seu endurecimento”, concluiu o diplomata.
A Administração de George W.Bush tinha decido instalar um sistema de defesa antimíssil na Polónia e na República Checa para defender a Europa de países párias, como, por exemplo, o Irão.
Porém, Moscovo viu nessa intenção uma ameaça à sua segurança e prometeu responder com a instação de mísseis na Região de Kanininegrado.
Barack Obama prometeu reanalisar a posição norte-americana e Washington aceitou envolver a Rússia na solução deste problema.
Na segunda-feira, o diário russo Vremia Novostei tinha noticiado que “Washington prometera renunciar à instalação do sistema antimíssil se a Rússia convencesse o Irão a renunciar ao seu programa nuclear”.
Hoje, terça-feira, o diário Kommersant noticia que Moscovo está a atrasar o fornecimento ao Irão dos sistemas de defesa antimíssil S-300 para não estragar o início do diálogo entre Medvedev e Obama.
20 comentários:
Confesso que tenho alguma curiosidade, sobre o que sa baseia para dizer isto...
"Kremlin só estará disposto a analisar essa questão se no processo de redução de armamentos nucleares forem incluídas outras potências atómicas como a China, Grã-Bretanha, França, Paquistão e Índia”."
Por outras palavras, dada a disparidade do número de ogivas, isso é conversa para os jornais. O verdadeiro problema é o sistema antí-míssil às portas de Moscovo...
"...A política dos Estados Unidos em relação à Rússia também mudou ao transferirem para as mãos de Moscovo uma das "batatas mais quentes": a solução do "problema nuclear iraniano"."
Discordo. A batata quente continua nas mãos de Washington. Se até agora com uma posição extremamente bélica perante o Irão, Bush foi incapaz de parar os avanços do Irão, para grande desespero de Israel, como é que Obama irá conseguir demovê-los. A Rússia poderá atrasar a coisa, mas nem eles impedirão o Irão de prosseguir e ainda por cima com os states ainda a rondar na zona.
"...Nós estudamos os sinais da administração dos Estados Unidos e propusemos, da nossa parte, as formas como cooperar na esfera da defesa antimíssil, o que consideramos ser possível fazer no quadro dessa cooperação”...
Sim? vamos aos detalhes, o que consideram os russos ser possível no quadro da cooperação?, isto é que seria interessante de saber.
"...diário russo Vremia Novostei tinha noticiado que “Washington prometera renunciar à instalação do sistema antimíssil se a Rússia convencesse o Irão a renunciar ao seu programa nuclear”..."
O Irão tem direito a um programa nuclear civil, como é que a Rússia poderá forçá-los? instalem o sistema noutro lado. A Rússia poderá quanto muito fazer o que tem feito até hoje, atrasar a central nuclear que andam a fazer por lá.
"Kommersant noticia que Moscovo está a atrasar o fornecimento ao Irão dos sistemas de defesa antimíssil S-300 para não estragar o início do diálogo entre Medvedev e Obama."
Notícia para jornal vender, porque o S-300 está para ser vendido ao Irão ainda antes do início deste milénio e todos os anos é a mesma conversa.
"...o que significa que ficou para trás o tempo em que Moscovo estava no primeiro lugar das preocupações de Washington."
Este é que deveria ser o início do comentário anterior, foi um erro de "copy paste"
Meu caro José Milhazes, como vai?...
Ao contrário, Moscovo não ficou e nem ficará para trás; eis um engano seu. É que a Hillary não esqueceu o que o mario dela fez com os sérvios, lembra? Um abraço.
"A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton começou a sua actividade diplomática pela Ásia, o que significa que ficou para trás o tempo em que Moscovo estava no primeiro lugar das preocupações de Washington."
Sr. Milhazes,
Acredito que seja uma opinião sua, pois as informações que tenho de um amigo que trabalha no departamento de estado americano, é completamente diferente do seu comentário.
"Todavia, as relações entre os Estados Unidos e a Rússia continuarão a ser muito importantes, pois delas dependerá, significativamente, o estado das coisas na Europa."
Elas são de extrema importância e Washington sabe muito bem disso, pois os tropeços de George Bush e seus aliados já complicaram o suficiente a situação.
"a teimosia e a arrogância da política externa de George W.Bush cedem lugar ao diálogo e a uma certa abertura. Porém, no que diz respeito às relações com a Rússia, o diálogo não deverá ser muito fácil."
Com certeza a Rússia não cairá mais na armadilha dos anos 90 e o contexto atual é bem diferente.
"Obama manifestou a vontade de reduzir os arsenais nucleares da Rússia e dos Estados Unidos, mas o Kremlin só estará disposto a analisar essa questão se no processo de redução de armamentos nucleares forem incluídas outras potências atómicas como a China, Grã-Bretanha, França, Paquistão e Índia”.
A política dos Estados Unidos em relação à Rússia também mudou ao transferirem para as mãos de Moscovo uma das "batatas mais quentes": a solução do "problema nuclear iraniano".
Não houve transferência de "batatas quentes", para a mão da Rússia, pois o Irã é um problema para os Estados Unidos e mantém boas relações com a Rússia, além desta estar diretamente envolvida no programa nuclear iraniano. E não haverão negociações em relação ao escudo, o posicionamento de fontes militares russas é completamente contrário, pois a Rússia jamais permitirá a instalação de um sistema que bloqueie sua capacidade estratégica sem retaliar. Portanto nenhuma negociação vai avançar enquanto os americanos insistirem nesta balela, que só um completo insano acreditaria.
Abraço,
Só se os russos forem tolinhos é que comem a batata envenenada de Obama. O maior arsenal convencional do mundo é americano. Se a Rússia abdicar do peso nuclear, está feita. E a venda dos S300 ou outros congéneres é inevitável: o Irão precisa de mísseis defensivos e vai tê-los, nem que seja no mercado negro.Os americanos deviam ter pensado nisso antes de hostilizarem os russos como fazem, esm especial no mar Negro e no Cáucaso. Afinal, quem vai comer a batata, JM?
Leitores, acordem, a Rússia deixou há muito de ser o dossier Nº1 na política externa norte-americana. E a China, por exemplo?
Isto não significa, como deduz o leiror Wandard, que não seja importante. A Rússia continua a ser importante, mas há outros dossiers mais importantes.
Leitor anónimo, não compreendi o seu comentário sobre o marido da senhora e a política externa.
"Leitores, acordem, a Rússia deixou há muito de ser o dossier Nº1 na política externa norte-americana. E a China, por exemplo?"
Meu caro,
No seu entender quando é que a Rússia deixou de estar no primeiro lugar das preocupações de Washington?
E para si quais são os dossiers mais importantes?
A questão é pertinente.
Não podemos esquecer que Joe Biden esteve em MUNIQUE.
Estão a dar demasiada importância a Hillary.
Mas é óbvio que a Rússia ocupa um lugar secundário; e com a descida do preço do gás e crude- e a suspensão da chantagem sobre o Leste da Europa- mais secundário será.
A UE tb; a indecisão no caso Geórgia e a fraquexa na suspensão do gás à UE e Ucrânia fazem da UE uma zona em declíneo.
Mas Obama já cometeu alguns erros crassos.
A política "soft" de combate ao terrorismo islãmico ( que está encurralado devido à firmeza de W.Bush!)pode ser a desgraça de Obama - e do Mundo.
É que ele existe; simplesmente foi encostado às cordas por W.Bush.
O Yémen libertou há dias 175 suspeitos de ligação à Al Qaeda.
Com Obama, o terrorismo islâmico respira com mais liberdade, e pode preparar atentados com mais folga.
Veremos se não me engano.
o sátiro
Discordo apenas na parte do "passar a batata quente" da questão do Irão. Não é a Rússia que se opõe a um Irão nuclearizado, são os EUA, porque são estes e o seu aliado, Israel, quem são encarados pelos Ayatollah como os "Satãs". Moscovo, quanto a este assunto, respira calmamente.
Na minha opinião o terrorismo islamico é responsabilidade de todos e não apenas dos EUA e NATO. Se outros querem ser lideres regionais como a Russia, também deverão assumir a sua quota parte de responsabilidade quanto a estes problemas. Os EUA já neste momento e cada vez mais no futuro vão ter que retirar das frentes onde se encontram por ser uma posição insustentável para apenas um país, mesmo sendo os EUA. Concordo com o J.M. quando diz que a prioridade dos EUA estará na Asia e Pacifico, até porque é lá que se encontram as superpotencias do futuro. Uma forma de inverter o declinio da influencia Russia no mundo seria uma parceria com a UE, extensivel aos EUA.
Quiz dizer influencia Russa.
off top
Um pouco off top, mas hoje encontrei na Internet um documento histórico, um típico pedido formal que na União Soviética era feito pelas pessoas comuns nos seus sectores de trabalho, nas vésperas dos feriados, na expectativa de poder comprar os produtos alimentares altamente raros no comércio formal soviético, menos em Moscovo, 3 repúblicas bálticas e nas fábricas secretas (chamadas “caixas do correio”, pois o seu endereço físico era ocultado).
http://community.livejournal.com/soviet_life/402134.html
Então, o que temos nesta lista de “super delícias”?
1. O chouriço fumado, 1 rolo (cerca de 1 kg), fabricado na Jugoslávia.
2. O café instantâneo, 2 latas, sem a marca definida. Talvez soviético.
3. O chá indiano. Barato. 2 pacotes (2 x 250 gr), pois a Índia vendia o seu chá de qualidade primeiramente ao Reino Unido e outro mundo capitalista.
4. O leite condensado sem o açúcar. 1 lata.
5. Shproty (conserva do peixe fumado em óleo), nenhuma festa na URSS podia ser imaginada sem a presença dessa “especiaria”. 1 lata (125 gr).
6. O fígado do peixe Theragra (Alaska pollock). 1 lata (250 gr).
7. As sadinas estrangeiras em óleo. Até podiam ser portuguesas! 1 lata (125 gr).
8. O queijo do tipo “rossiyskiy”. 0,5 kg.
9. Os doces (caramelos, chupa – chupa ou chocolate), diversos. Caixa. Soviéticos.
10. A maionese. 2 frascos. A maionese era o produto quase impossível de comprar na URSS. As pessoas ficavam hora e horas nas filas, para comprar 1 ou 2 frascos (250 grames cada).
Todo este pedido custava 30 rublos. Se contarmos que o salário médio na URSS (1975 – 1990), era de cerca de 120 rublos (salário mínimo 70 rublos e um professor universitário extremamente condecorado ganhava 450 rublos), então as especiarias custavam ¼ do salário do cidadão.
Bom, é ai que estava escondido o segredo principal da URSS. Um país pobre com a população miserável (mesmo comparando com os “últimos” na União Europeia: Portugal, Irlanda, Grécia), podia financiar o Partido Comunista Português (PCP) em 1 milhão de dólares anualmente, a Síria tinha uma dívida de 20 biliões, até o Moçambique devia a URSS cerca de 1,5 bilhão de dólares.
E hoje, me parece que não estamos muito longe de voltar aos tempos, quando a URSS era conhecida com o “Alto Volta (Burkina Faso) com a arma nuclear”.
Sobre os EUA não considerarem a importância da Rússis, será mais estes (EUA) a tentarem minimizar a sua importância que propriamente um posicionamento real.
Se Washigton optar pelo caminho da chantagem "demoves os iranianos, nós tiramos os escudo" será uma brutal desonestidade, pois a Rússia será incapaz de garantir tal presuassão, e aí seremos nós europeus a "comer" novamente com um muro ladeado de mísseis de ambos os lados.
A determinação de regime iraniano se dotar da arma nuclear é inabalável e além disso, pretendem ter ICBMs para atingir os EUA do seu território.
Esta será a forma que o Irão e outros estados afins entendem garantir vulnerabilidade contra uma invasão dos EUA, pois ganharam o "trauma de Sadam".
A criminosa administração Bush, além de ter criado um campo de treino de terroristas, incutiu nos regimes lunáticos deste planeta que a única segurança que têm contra uma intervenção americana, será em possuirem a arma nuclear.
Cumpts
Manuel Santos
"A criminosa administração Bush, além de ter criado um campo de treino de terroristas, incutiu nos regimes lunáticos deste planeta que a única segurança que têm contra uma intervenção americana, será em possuirem a arma nuclear."
Caro Manuel,
O que poderia dizer, senão que é um dos mais sábios comentários.
"A Rússia continua a ser importante, mas há outros dossiers mais importantes."
Sr. Milhazes
Perdoe-me discordar, mas a Rússia continua sendo o mais importante e sim existem outros importantes como a China. Quem quiser que enxergue a tentativa americana de despistar, mas de forma alguma eles possuem qualquer moeda de troca em relação à questão do escudo, não sei de onde ou de quem partiu esta idéia mas é totalmente fora de questão. A situação dos Estados Unidos é bem complicada no momento, pois estão em um grande atoleiro em várias vertentes e tentam manobrar, procurando esconder a real extensão das suas dificuldades. A situação é bem simples, eles não têm condição de sustentar a política externa que vinham empurrando goela abaixo de muitas nações,estão enterrados no Iraque e Afeganistão até o pescoço, junto com mais "alguns" e não sabem como se retirar e minimizar as consequências do desastre que já causaram, a situação financeira descamba para um oceano, que querem tentar resolver com um balde d'água, pois só esta semana mais 4 bancos abriram falência, sua enorme e espalhada estrutura militar, precisa de 750 bilhões de dólares para se manter só este ano.
Agora quanto ao terrorismo islâmico, quem tem que se preocupar são os EUA e seus aliados, principalmente com o Irã.
Comentário enviado por mail:"Caro Milhazes,
Sempre que posso, leio o "DaRussia" e os comentários nele colocados.
Quanto aos leitores/comentadores que insinuam que a crise russa é mais subjectiva que objectiva, friso que os apoios aos Jogos Olímpicos de Inverno, de 2014 , em Sochi, foram reduzidos.
Esta decisão não afecta, apenas, a estrutura olímpica, mas todos os acessos e actividades relacionadas. um projecto olímpico envolve muito capital financeiro e humana, mas, também, muita projecção, seja ela comercial, turística ou de afirmaçaõ de pujança e vitalidade.
Quando um investimento deste teor, que irá(ia) revitalizar a zona, que foi sujeita a candidaturas, tem de ser minorado é porque a crise é bem mais grave do que se pretende dar a conhecer. Infelizmente não é só na Rússia...
Ctos,
João Moreira"
JM:
eu ouvi o que Putin disse ontem sobre os jogos. Corresponde às instruções dadas a todos os sectores do Estado para reduzirem ao máximo despesas, sobretudo nos custos, no que concordo plenamente. Nada nos JO foi cortado ou modificado. Nada mesmo. A construção será mais barata e há muita burocracia onde se pode poupar. Esse leitor Moreira anda a dormir na forma. Putin garantiu ontem que o fundo de reserva aguanta a crise. Eu só queria que este país, ou a UE ou os EUA tivessem um fundo semelhante. Deixem-se de ser aves de mau agouro.
Quanto às provocações do Jest, nem merecem resposta.Basta olhar para a Ucrânia.
Kremlino,
Seu comentário é concernente com a realidade. A redução de custos está sendo adotada em todos os países, pois é a medida mais consciente. Se o "grande" Estados Unidos está arrastando lata, porque os demais países inclusive a Rússia também não teriam dificuldades.
Caro José Milhazes,
No mês passado, você referiu o seguinte no seguinte artigo:
"Até onde vai a incompetência da diplomacia europeia?"
https://www.blogger.com/comment.g?blogID=25069983&postID=139251021136471589
Parte do seu comentário às 16:44
...A Gazprom, pelo contrário, tem mesmo de vender o gás para não fechar mais poços (já fecgou 100) e para conseguir dinheiro para não falir...
Minha resposta
...Estou para ver o dia em que uma empresa produtora de energia và à falência e ainda por cima com as actuais e futuras necessidades que estão sempre em crescimento.
Se fechou poços das duas uma, ou já não conseguem extrair desses mesmos têm que abrir outros, ou com os preços a descer neste momento, não é rentável trabalhar neles.
Seja como fõr o que isso pode causar é uma diminuição de produção que irá conduzir a um aumento do preço.
Seja lá como fôr, haverá sempre dinheiro, nem que para isso o cliente que necessite, invista para ter acesso a essa energia.
E não podemos esquecer que estão em construção 3 pipelines, dois para a Europa e um para a Àsia.
Quem vai alimentar estes pipelines? Uma Gazprom falida não o será de certeza.
Concerteza que reparou nos seguintes notícias:
"Russia launches major gas project near Japan"
http://news.yahoo.com/s/afp/20090218/bs_afp/russiajapanenergygasdiplomacy_20090218115052
"Russia, China sign $25 billion energy deal"
http://news.yahoo.com/s/ap/20090217/ap_on_re_eu/eu_russia_china_energy_1
O que mostram dado a avidez de energia, necessária em vários pontos do Globo, e se a Gazprom, tem menos margem de manobra para investimentos, o cliente que se mexa, porque o objectivo principal de um cliente é obter energia e se fôr de um pipeline ligado directamente a um produtor, vale OURO.
E como disse anteriormente, com novos meios de escoamento para outras partes do Globo, países que pretendem a NATO ou sistemas antí-mísseis no seu território, vêm aproximar-se cada vez mais um perigo, o virar as costas a pipelines, colocando em cheque o seu fornecimento.
O que é incrível dado tantos países se esforçam para ter um luxo destes. Pipeline directos do fornecedor, há lá coisa melhor?
Como se costuma dizer, "Deus dá nozes a quem não tem dentes."
P.S.
Reparei que não respondeu às minhas questões.
Cumprimentos.
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