sexta-feira, março 27, 2009

Corrida militar às riquezas do Árctico


A Rússia tenciona criar um contingente especial de tropas no Árctico, que terá por objectivo garantir a segurança da parte russa do Oceano Glaciar Árctico “em diferentes condições de situação político-militar”, defende o Conselho de Segurança da Rússia.
Num documento publicado no sítio electrónico do Conselho de Segurança da Rússia: “Bases da Política Estatal da Rússia no Árctico até 2020 e Posterior Perspectiva”, assinala-se também que esse região deve passar a ser controlada pelo Serviço Federal de Segurança (FSB, ex-KGB) e, até 2016, transformar-se “numa estratégica base de recursos da Federação da Rússia”.
O capítulo “Tarefas e medidas fundamentais para a realização da política de Estado da Rússia no Árctico” é dedicado à criação nessa região de “contingentes de tropas convencionais das Forças Armadas da Rússia, de outras tropas, de órgãos e unidades militares na zona árctica da Rússia capazes de garantir a segurança militar em diferentes condições da situação político-militar”.
Além disso, o documento propõe a criação de “um sistema activamente funcional de guarda-costeira do Serviço Federal da Rússia na zona árctica”, sublinhando que essa região deverá ficar sobre apertado controlo do FSB (ex-KGB).
“Optimizar o sistema de controlo complexo da situação no Árctico, incluindo o controlo fronteiriço nos postos de travessia da fronteira da Rússia, implantar um regime de zonas fronteiriças na região do Árctico e organizar o controlo instrumental e técnico de baías, de foz de rios e de estuários na Rota Marítima Árctica”, lê-se no documento.
A Rota Marítima Árctica é uma via que liga os portos setentrionais da parte europeia da Rússia com o Extremo Oriente desse país. Por enquanto, a navegação é realizada durante alguns meses, mas o aquecimento global pode torná-la navegável durante todo o ano.
Entre as prioridades da estratégia sublinha-se a delimitação das fronteiras marítimas no Oceano Glaciar Árctico e a garantia de uma presença mutuamente vantajosa da Rússia no Arquipélado de Spitsbergen.
O Arquipélago de Spitsbergen é um território sob soberania da Noruega, embora sujeito a um regime específico de acesso aos seus recursos naturais por parte da Rússia.
Segundo a estratégia aprovada, até 2010 devem ser preparados todos os materiais jurídicos que provem que a cordilheira submarina de Lomonossov e a elevação submarina de Mendeleev são a continuação da plataforma continental e parte do território da Federação da Rússia.
Segundo cálculos de cientistas russos, no Árctico encontram-se cerca de 20 pc das reservas mundiais de petróleo e gás.
Além da Rússia, aos territórios e riquezas naturais dessa região pretendem países como Canadá, Estados Unidos, Noruega e Dinamarca.

42 comentários:

Anónimo disse...

Ao ler o artigo, faz-me lembrar um pouco o assunto sobre a capacidade financeira da Gazprom.

Estes movimentos para o Àrtico, obrigam a enormes investimentos por parte do governo e têm que ser feitos agora pois estão melhor posicionados que os outros países concorrentes e não podem perder esta janela de oportunidade.

Um pouco como a Gazprom, que dado o seu valor estratégico, existem agora condições de investimento que o governo não pode ignorar.

Semeia-se hoje para colher amanhã.

O investimento na Gazprom terá que ser (e é) uma prioridade.

Um dos aspectos a ver com esta corrida ao Ártico é analisar a frota de quebra-gelos.

A Rússia está a investir/modernizar a sua frota de modo a manter/aumentar a sua capacidade de operar nestas latitudes.

A frota de quebra-gelos russa é a mais forte do mundo e agora existe enormes preocupações principalmente nos EUA e Canada, por não possuirem o suficiente e não terem investido nesta àrea e que agora se torna imperativo para quem tem aspirações de controlo no Ártico.

O Ártico representa para os EUA dificuldades acrescidas para combater as aspirações russas.

Não possui navios que possam operar decentemente nestas zonas e o pouco que têm é claramente inferior em termos de capacidade.

É uma zona para aonde não podem deslocar porta-aviões.

É uma zona sem bases perto.

É uma zona para aviões de grande raio de acção.

Isto é um pouco contrário ao que os EUA têm espalhados pelo o mundo.

os EUA têm bases em quase todo o lado e onde não têm deslocam os seus porta-aviões.

Basta ver as dificuldades acrescidas que têm agora sem bases de acesso ao Afeganistão onde já recorrem a território russo para transporte de algumas mercadorias.

O mesmo se passará no Àrtico, os problemas logísticos serão uma constante.

A Rússia como não tem bases espalhadas, tem um conceito diferente e muito do seu material está pensado para longas distâncias em ambiente hostil.

Com os actuais problemas económicos nos EUA, com as várias frentes de batalha que tem abertas, esta é mais uma frente que sai cara e com problemas de acesso.

A Rússia tem aqui uma janela de oportunidade e estamos a assistir ao desenrolar desses planos.

Vamos ver quem irá ganhar a corrida, o prémio é o controlo do ouro negro.

Anónimo disse...

"O Ártico representa para os EUA dificuldades acrescidas para combater as aspirações russas.

Não possui navios que possam operar decentemente nestas zonas e o pouco que têm é claramente inferior em termos de capacidade."

PortugueseMan, apesar do seu excelente comentário - como nos tem habituado - com uma excelente noção da realidade, quero dizer que não concordo consigo num ponto.

A frágil posição Americana a esta corrida é apenas aparente. Existem dois grandes jogadores na corrida ao Ártico: A Rússia e o Canadá.

O Canadá será nada mais que o baço dos Estados Unidos nesta área. do Alaska até á margem Oriental da Gronelândia é tudo Estados Unidos. Os Estados Unidos e o Canadá gozam de uma relação de vizinhança óptima, é como se fossem verdadeiros países irmãos - e são-no em vários aspectos.
As autoridades Canadianas farão tudo para agradar aos Estados Unidos, especialmente enquanto estes têm uma administração democrática. O Canadá é dócil. O único problema que os Estados Unidos podem enfrentar do Canadá é uma extremamente improvável independência dos territórios Índios do Ártico; Ou uma mais provável mas mesmo assim não muito divisão entre os Quebeccois e aqueles fiéis á Red Ensign. Enquanto isso não acontecer, Canadá e Estados Unidos serão a mesma coisa.

Não nos esqueçamos também da Islândia que tem estreitas relações com os Estados Unidos e pode ser apenas mais um dedinho deste no Ártico.

Depois temos finalmente actores Europeus: Reino Unido, com pouca margem de manobra; e Noruega que pode com isto ganhar e muito. A Noruega arrisca-se mesmo a ser um dos países mais estáveis e prósperos da Europa nos próximos 10 a 20 anos com estas brincadeiras. E a Noruega nada tem que ver com a União Europeia ;)

Temos também o desconcertante caso da Dinamarca que parece agora estar prestes a ceder a independência á Gronelândia que lhe seria finalmente mais útil.

Uma Gronelândia independente (EU SOU CONTRA!) poderia converter-se assim numa espécie de Japão no Ártico para os Estados Unidos, com parelelismos com o que o Japão foi para os Estados Unidos no Extremo Oriente durante a Guerra Fria. Uma Gronelândia independente poderia até inclusivé ser anexada por uma das potências Norte Americanas e sendo elevada a uma mera reserva Índia gigante mas de maneira a que os recursos daquela região Ártica viessem parar aos Estados Unidos / Canadá.

Há três potenciais grandes vencedores desta corrida, e sim, eu creio que serão estes os três vencedores e que coexistirão pacificamente:

Uns 45% dos recursos irão para a Rússia,
outros 45% para o Canadá/Estados Unidos
e outros 9% para a pequena Noruega.

Parecendo que não, o problema é que o Ártico pode vir a tornar-se numa região de tensão entre a NATO e a Rússia: 55% NATO e 45% Russo.
E ainda temos países fronteiriços (pelo menos!) como a Suécia e a Finlândia.

Quem benificia com isso no final de conta são todos os Europeus (brancos, de cultura Europeia), e a Civilização Europeia por três razões principais:

1) Apesar destas regiões serem habitadas principalmente por povos não Europeus, todos os estados envolvidos são estados maioritáriamente Europeus (o menos Europeu seria os Estados Unidos) e Nações Civilizadas.

2) A União Europeia não entra no jogo porquanto a Noruega mantiver a sua efectiva independência.

3) Finalmente a Civilização Europeia encontra uma grande fonte de riqueza Natural dentro das suas fronteiras Naturais, dentro do "Grande Norte".

Estou convicto que será bom para todos (menos os Árabes e muçulmanos em geral e os Bolivarianistas do Terceiro Mundo).

Anónimo disse...

Caro Reabilitado,

Já li o seu post, mas necessito de tempo para responder, tempo esse que não tenho de momento.

Penso que lá para a noite, conseguirei responder.

Cumprimentos,
PortugueseMan

Anónimo disse...

"Vamos ver quem irá ganhar a corrida, o prémio é o controlo do ouro negro."

o mundo se acabando e alguns otários como esse ficam comemorando...

sérgio

MSantos disse...

Efectivamente aqui a Rússia joga em casa dado ser o seu "quintal das traseiras".

A Rússia tem grande prática e tradição de navegabilidade e establecimento no Ártico dado alguma indústria piscatória/caça e ter sido esse ao longo de muitos anos, um território previligiado da sua estratégia de defesa militar em particular a marinha.

O Ártico foi durante a guerra fria e ainda o é, o "bastião" do arsenal nuclear submarino. É aí que os submarinos nucleares de mísseis fazem as patrulhas pois têm cobertura aérea amiga e estão próximos de portos de onde a marinha pode vir em seu socorro com relativa brevidade como é o caso de Murmansk, Severomorsk ou Polnyarny.

O único tipo de opositores que poderão desafiar o poder militar russo nesta região serão os submarinos nucleares de ataque americanos ou ingleses que também efectuam constantes patrulhas de espionagem.

No entanto é apenas uma dimensão e mais limitada das frentes existentes (sub, superfície, ar) enquanto que os Russos poderão utilizar as três.

Resta saber se aos preços actuais dos combustíveis fósseis e face á quebra actual da sua procura, ainda compensará a sua exploração em local tão inóspito e agressivo requerendo equipamento muito especial de extração em profundidades geladas aumentando em muito o seu custo de produção.

Cumpts
Manuel Santos

MSantos disse...

Apenas mais um pormenor importante:

Tal como na antiga URSS, a Rússia delega o patrulhamento e vigilância de áreas remotas de carácter militar/estratégico sensível, nos serviços secretos então KGB, agora FSB.

Há padrões de mentalidade que não se alteram.

Cumpts
Manuel Santos

PortugueseMan disse...

Caro Reabilitado,

Obrigou-me a usar pela 1ª vez um blogue meu...

Isto para lhe mostrar uma imagem.

http://picasaweb.google.pt/PortuguesePerson/FotosArtico#5317899865825314050

A imagem é importante para vermos o que a Rússia pretende fazer no Ártico. Repare na àrea que a Rússia reclama para si.

Em relação à fragilidade da posição americana, penso que não estamos a falar exactamente do mesmo.

Os EUA estão muito bem posicionados no Ártico, sem margem para dúvidas.

E até me parece que é na zona mais perto deles que está concentrada os maiores depósitos de petróleo/gás.

Mas quando eu falo da fragilidade dos EUA é no sentido do estado actual do país.

Os EUA têm HOJE demasiadas frentes problemáticas e a principal é a questão financeira.

Os EUA actualmente não possuem ferramentas de pressão para impedir os movimentos russos.

Os russos estão a ver aqui uma janela de oportunidade e penso que se estão a preparar para avançar.

Repare na imagem que lhe enviei. Repare na linha das 200 milhas.

Se a Rússia reclamar que aquilo é território deles (e atinge o Polo Norte), já viu para onde se desloca a linha das 200 milhas?

Toda a àrea que é de ninguém passa para a Rússia, com o avanço das 200 milhas.

Toda a àrea apetecida por todos passa a estar dentro de território russo ou dentro da sua linha das 200 milhas.

Dado que os EUA enfrentam um periodo económico grave, a Rússia vai usar a sua reserva financeira para iniciar uma "ofensiva".

Penso que a Rússia irá declarar unilateralmente que aquilo é território deles.

E países como os EUA ou Rússia estão acima de condenações, pois a instância mais alta que tenta lidar com questões entre países é a ONU e aqui tanto um como o outro aprovam aquilo que bem entenderem.

É uma aposta ousada, mas pelos os exercícios que têm estado a fazer, com as patrulhas feitas no Ártico, com a construção de novos quebra-gelos e a perspectiva de ganhar muito dinheiro, eu estou a apostar que eles vão avançar e vai ser muito difícil pará-los.

PortugueseMan disse...

http://picasaweb.google.pt/PortuguesePerson/Fotos#5317899865825314050

PortugueseMan disse...

http://picasaweb.google.pt/PortuguesePerson/
Fotos#5317899865825314050

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro PortugueseMan, apenas quero acrescentar um dado à discussão. A Rússia aposta no controlo do Árctico devido às grandes reservas de hidrocarbonetos e outras matérias-primas aí existentes. Não significará isso que o Kremlin continua a insistir no mesmo erro de viver apenas à custa da exportação de gás e petróleo e não diversificar a sua economia?
Não será esta mais uma das muitas acções do Kremlin que visam apenas tentar marcar posição? Que tropas a Rússia poderá instalar nos campos gelados além dos submarinos nucleares que já lá estão há tanto tempo?
Se um dia se vier a repartir o Árctico, a única via de o fazer é a das conversações. Veja só que países estão envolvidos neste assunto?

Anónimo disse...

Quanto mais os russos buscam agressivamente petróleo e gás, mais a europa investe em energias alternativas. Lá por 2050, 90% da energia da UE virá do sol, vento e mar. Mas o único páís que gostaria que fosse totalmente dependente da energia russa seria Portugal, pra alegria de uns acéfalos do blog...

Anónimo disse...

esse portuguese parece que tá jogando WAR quando faz essas análises geopolíticas bizarras!!!


Mr T

Reabilitado disse...

Sem dúvida, PortugueseMan, estamos de acordo.

Agora se é verdade que os Estados Unidos estão com grandes problemas económicos, também os Russos têm os seus, e, se os Estados Unidos baterem no fundo, o mundo irá todo ao fundo com eles. A Rússia encontra-se numa posição priveligiada neste aspecto porque não iria "tão ao fundo" quanto o resto do mundo por ser um pouco mais "independente" de actores externos no que toca á sua economia - ao contrário do que o José Milhazes quer fazer passar, como se a Rússia fosse um Koweit ou uma Singapura.

Mas meu caro, eu creio mesmo que o problema maior dos Estados Unidos é a sua ideia de Estado proposicional em que toda a gente pode ser Americana e que a América é um país, não dos Americanos mas de toda a gente. Isto pode levar a uma instabilidade política dos Estados Unidos á medida que as minorias étnicas vão tendo mais poder nas determinações políticas.
Na Rússia isso não se passa e apesar da população Russa/Europeia ir decrescendo, ainda estamos longe de assistir ao mesmo fenómeno que se assiste nos Estados Unidos.
Já para não falar da "mão de ferro" de Putin e a sua aceitabilidade perante os Russos, algo impensável hoje em dia para a América.

De resto, sugiro-lhe este link: http://www.canada.com/news/story.html?id=1436490

Repare que diz-se Canadá, mas o que se deve ler é Estados Unidos.
O Canadá é culturalmente práticamente igual aos Estados Unidos; os Estados Unidos é o único país com que o Canadá faz fronteira e NÃO EXISTE qualquer tipo de inimizade como sucede geralmente entre vizinhos.
Quanto a poderio:
O Canadá tem sensívelmente um décimo da população dos Estados Unidos e a Economia Americana é cerca de 12 vezes maior que a Canadiana. Quanto ao consumo de energia, enquanto os Estados Unidos consomem por dia cerca de 20,6 milhões de barris de crude, o Canadá consome pouco mais menos que 2,4 milhões por dia.
Já hoje, os Estados Unidos são o maior importador de energia enquanto que o Canadá a exporta. E a quem exporta mais o Canadá? Exporta para os Estados Unidos.

O Canadá é o irmãozinho mais novo dos Estados Unidos. E os seus destinos estão profundamente interligados.

Cumprimentos.

MSantos disse...

"Não significará isso que o Kremlin continua a insistir no mesmo erro de viver apenas à custa da exportação de gás e petróleo e não diversificar a sua economia?"

Caro José Milhazes

Acha que haveria algum país neste planeta que com um território com 20% de reservas de hidrocarbonetos estaria disposto a abdicar disso apenas para "diversificar a sua economia"? Acha que isso seria humanamente exigível da mesma forma que seria legítimo esperar que uma criança fechada numa pastelaria não comesse nada apenas para diversificar as suas fontes de doces e caramelos?

Na minha opinião, a exploração não vai começar para já. A Rússia está apenas a demarcar território e a estudar e identificar os focos de eventual extracção para que num futuro de escassez de oferta de hidrocarbonetos possa avançar com essa mesma extracção e quando o preço dos combustíveis justificar os custos de produção nestes locais.

Se não fizer a Rússia, virão com certeza as nações de "economia diversificada" e o Ártico será polvilhado de bandeirinhas das Sete Irmãs.

Cumpts
Manuel Santos

MSantos disse...

Embora não tendo por prática responder a leitores que catalogam todos os que não pensam da sua maneira de adjectivos depreciativos/ofensivos, não posso deixar de pegar no mote do Anónimo que acha que há acefalos neste blog dado revelar um desconhecimento que existe a nível geral, muito por culpa de empolamento dos media sobre as energias alternativas.

Do ponto de vista energético e com a tecnologia actual, as alternativas não podem representar mais que uns 15-20% pois uma das impossibilidades técnicas hoje em dia é o armazenamento de energia eléctrica o que condiciona uma curva de saturação para estas energias. Passada essa curva, não adianta instalar mais eólicas ou fotovoltaicas ( o parque eólico português está praticamente concluído), pois o aumento de energia na rede já não se vai verificar. Tem de existir um fornecedor á rede constante e em quantidade e por agora, essa forma de energia são os combustíveis fósseis ou o nuclear.

Esperemos que num futuro relativamente próximo (50-60 anos) existam outras formas, talvez no melhor armazenamento, fusão nuclear, etc

Cumpts
Manuel Santos

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro MSantos, se a criança na pastelaria comer só caramelos e bolos, vai doer-lhe a barriga. Se ficar fechada durante muito tempo, tem de comer pão, etc.

Reabillitado disse...

"Caro MSantos, se a criança na pastelaria comer só caramelos e bolos, vai doer-lhe a barriga. Se ficar fechada durante muito tempo, tem de comer pão, etc."

Caro Milhazes, não me leve a mal mas, voltámos aos tempos do Comunismo? É que essa lógica é própria daqueles que nessa ideologia demoníaca acreditam, ou seja, a sua lógica passa por alterar os fundamentos da realidade para que a ideologia seja aprazida.

Como é que essa sua lógica se enquadra naquilo que disse o M. Santos?

Cumprimentos.

Sérgio disse...

O sr. Milhazes tem toda a razão. Se o mundo neste momento já está a sofrer as alterações climáticas que está a sofrer, como é possivel que se possa prolongar este tipo de consumo e sobrevivermos sem darmos cabo do planeta. Espero que a humanidade até precisar dos recursos do Ártico tenha capacidade para encontrar alternativas, no entanto já sabemos quem está mortinho para que isso não aconteça, e que espera que esta dependencia dos recursos fosseis se mantenha durante muito tempo, senão vão ter de começar a trabalhar a sério. MSantos por aquilo que sei as renováveis também têm capacidade de armazenação, veja-se as barragens, (o exemplo do que está a projectar a Dinamarca ao projectar usar as baterias de futuros veículos electricos para armazenar energia e devolve-la à rede quando necessária, uma questão, será possivel produzir hidrogenio com apenas electricidade, se sim aí poderá estar mais uma forma de armazenar energia) e não acredito que seja como diz que o parque eólico Português esteja praticamente concluido, segundo as informações que disponho temos uma capacidade instalada de perto dos 3000 MW, ficando perto ou atingindo os 4000 MW lá para 2010. Só para fazer uma comparação a Galiza com um terço do teritório Português espera atingir os mesmos 4000 MW de potencia instalada em energia eolica em 2010. O que é necessário é criatividade e não nos ficarmos pelo não é possivel e termos de depender de outros. Em última análise pode-se sempre pôr a questão do nuclear para resolver o problema do armazenamento e quebra de produção.

Sérgio disse...

Com a possibilidade de também produzir hidrogenio nesta opção do nuclear.

Sérgio disse...

Há ainda a possibilidade dos bio-combustiveis, com o último avanço a registar-se como é do conhecimento público na produção a partir de micro-algas, e ainda a produção de electricidade a partir das ondas, toda uma indústria para desonvolver e que muito poderá fazer por Portugal, assim haja vontade.

MSantos disse...

Sérgio
Você até pode instalar até ao TeraWatt (1.000.000.000.000 Watt)mas isso só será a sua capacidade máxima instalada e nunca poderá ser a energia efectivamente produzida e fornecida á rede num determinado momento. Na energia eólica há um factor importantíssimo que é a produção apenas quando há vento.

Imagine um dia ás 15.00h. A solicitação á rede é menor dado os utilizadores domésticos não estarem a consumir. Agora imagine as 19.00h de um dia de inverno, onde esses consumidores domésticos chegam a casa, ligam luzes, TVs etc. Neste momento, a demanda de consumo cresce. Agora imagine o gerador eólico a ter vento ás 15.00h e a parar ás 19.00h

O mesmo pode ser extrapolado para as fotovoltaicas. E até para as hídricas dado apenas as de fio de água poderem turbinar no sentido contrário (bombear) e apenas quando a reserva hídrica o permite.

Está a ver a saturação? De que adianta ter 100 turbinas instaladas ás 19.00h se não há vento para produzir um único watt?

Quer gostemos ou não, estas são as limitações técnicas e físicas das renováveis, independentemente de vontades políticas ou decisões governamentais.

Obviamente que estas energias ajudam e são um factor importante devendo ser exploradas, rentabilizadas e conduzir investigação e desenvolvimento no intuito de as optimizar mas infelizmente nos últimos anos os órgão de comunicação empolaram a sua eficácia fruto de uma onda politicamente correcta do verde e ecológico, conduzida por teóricos e elementos leigos nesta questão.

Outro exemplo concreto é a central exprimental da Póvoa do Varzim (creio ser a terra do nosso anfitrião) que aproveita a energia das ondas e até já foi mencionada neste blog. Os primeiros resultados da exploração ficaram aquém das expectativas, porque estas foram inicialmente muito empoladas por pessoas alheias ao meio nem sequer se dignando saber se a tecnologia já tinha atingido alguma maturidade ou não.

Isto não é política, simpatias por este ou por aquele mas simplesmente as limitações da tecnologia actualmente disponível e das leis da física

Cumpts
Manuel Santos

Jest nas Wielu disse...

off top

Os russo – tropicalistas deste blogue gostam de falar sobre as mulheres ucranianas que trabalham na profissão mais antiga nesta Europa fora (até parece que as vossas marias não fazem o mesmo nas holandas e franças), apontando a nossa independência política como o alegado factor que incentiva a indústria do sexo.

Aqui vem uma notícia interessante, na Rússia, o coronel do GRU (Direcção Geral da Inteligência) do Estado – Maior do Exército russo é acusado de ser o cabecilha do grupo internacional que vendia as mulheres russas para a prostituição na Itália, Grécia, EAU, Holanda, etc. Comentários? Já sei, a culpa toda é da CIA – Bush, Yeltsin, Saakashvili e Yushchenko...

Texto & Vídeo em russo:
http://www.rian.ru/defense_safety/20090327/166155646.html

Jest nas Wielu disse...

Texto & Vídeo em russo:
http://www.rian.ru/defense_safety/

20090327/166155646.html

PortugueseMan disse...

Caro José Milhazes,

Não significará isso que o Kremlin continua a insistir no mesmo erro de viver apenas à custa da exportação de gás e petróleo e não diversificar a sua economia?

Não.

A Rússia não está APENAS a viver à custa da exportação de energia. É um erro essa imagem que a imprensa insiste em passar.

A Rússia está usar esse trunfo para relançar outros sectores de actividade e desse modo arrancar o país como um todo. (Posso desenvolver isto se assim o desejar)

Não será esta mais uma das muitas acções do Kremlin que visam apenas tentar marcar posição?

Sem sombra de dúvida. É para marcar a SUA posição e o aviso está a ficar muito claro, é para levar a SÉRIO.

Que tropas a Rússia poderá instalar nos campos gelados além dos submarinos nucleares que já lá estão há tanto tempo?

Não pense desse modo. Eu não estou a ver a abertura de bases ou deslocação de forças.

Mas uma coisa é não abrir, outra, é não estar preparado para esse evento.

A posição da Rússia tem que ser credível, tem que mostrar força, determinação. Para toda a gente fazer bem as contas no que se vai meter.

Aqui não haverá tribunais ou polícias a quem recorrer, aqui é a lei da selva, a lei do mais forte.

Todos sabem ao que vão.

Se um dia se vier a repartir o Árctico, a única via de o fazer é a das conversações.

Concordo, e é isso que irá acontecer. Mas cada um vai definir o seu ponto de partida para a negociação. Neste caso a Rússia está a demonstrar muita ambição. Pior, muita determinação.

Eu depreendo que a sua visão assenta principalmente na Rússia querer viver às custas da exportação de energia, permita-me uma outra visão.

Controlo de recursos energéticos é uma riqueza para qualquer país que os possua (e que os controle), a possibilidade de exportação, uma mais valia pois é dinheiro que entra.

Dito isto vamos a ver mais uns pormenores.

Existe hoje 3 grandes consumidores de energia a nível mundial (ter em mente que existem ainda muitos mais de grande impacto)

Destes 3 que são os EUA, a China e a UE quero focar 2, os EUA, a China.

Estes 2 estão neste momento, numa guerra quase declarada pelo controlo/acesso a recursos energéticos.

Se a China consumisse o que os EUA consomem hoje, estávamos num rico sarilho. Mas é para lá que caminha e rápidamente.

Destes 2, o que representa uma maior ameaça à Rússia é óbviamente os EUA.

Mas o que nunca pode existir entre estes 2 é o confronto directo, devido às consequências (Aqui poderia desenvolver o que realmente significa o sistema antí-míssil/armas no espaço, mas eu já falei disso aqui neste seu blogue).

Como tal ambos procuram atingir o adversário por outros meios.

Aqui entra a economia (sobre este fica para desenvolver no seu último post, sobre a nova moeda) e o controlo de recursos energéticos ou de outro modo, a asfixia energética.

A Rússia não quer apenas controlar a energia que está no Ártico, quer negá-la ao seu adversário.

A Rússia pretende asfixiar os EUA e desviar essa energia para a China.

Do mesmo modo se passa na Àsia Central, a única maneira de os EUA terem acesso a esta energia é com uma posição de poder na zona.

A Rússia está determinada a negá-la e a desviá-la para a China e parte da UE.

O objectivo é claro, o enfraquecimento dos EUA de modo a que estes diminuem a pressão sobre a Rússia, com consequências directas sobre a expansão da NATO por exemplo.

A China representa um perigo menor para a Rússia e o mesmo sente a China.

A China prefere apoiar a Rússia, porque do outro lado tem um adversário de peso, sedento e agressivo.

Neste contexto, a única hipótese da China ter acesso ao Ártico é através da Rússia e dará a esta a única coisa que ela precisa, dinheiro.

Caro José Milhazes, tentei condensar a mensagem o melhor possível dado o assunto ter muitas ramificações.

Mas qualquer afirmação minha que pretenda ver desenvolvida, diga-me.

Cumprimentos,
PortugueseMan

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Leitor Portugueseman, o que exporta mais a Rússia além de petróleo e gás? Aço, minérios, armas e pouco mais.
Nos últimos anos, começou a exportar trigo. Compare as exportações da Rússia com as de outros países e verá que a balança é típica de um país do Terceiro Mundo, onde as matérias-primas constituem o grosso.

Sérgio disse...

MSantos os combustiveis fosseis têm um grande limitação, a destruição do planeta como o conhecemos.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

portuguese...você é um iludido, em breve a fome chinesa por energia vai percebeer que o intermediário russo é obsoleto e vai decidir invadir a sibéria e dominar esses campos energéticos. Você acha que um pais de um pouco mais de 100 milhões vai conseguir segurar uma polulação de mais de 1 bilhão...nem aqui enm em marte...quanto mais a Rússia procura petróleo e gás, mais atiça a fome chinesa por energia...Putin ainda vai ser considerado o pior dirigente russo da história, pior que o yeltsin...a politica de putin é suicida!!!!

antoninho

Anónimo disse...

"A Rússia está determinada a negá-la e a desviá-la para a China e parte da UE."

continue alimentando a China, fazendo o Dragão crescer que em breve esse animalzinho vai comer metade do território russo...

só um idiota não percebe isso

dário

PortugueseMan disse...

Caro José Milhazes,

Diga-me uma outra coisa, o que vê você os outros países exportar e que gostaria que a Rússia também o fizesse?

Você já falou em petróleo, gás, aço, minérios, armas e trigo.

Para termos um ponto de partida.

Reabilitado disse...

Jest Nas Wielu, obrigado por nos deixar tal informação neste blog.

Essa notícia, apesar de deprimente é uma lufada de ar fresco.
Sim, uma lufada de ar fresco porque não é porque nós não conhecemos a realidade que ela deixa de existir, e, nestes casos, é sempre bom levarmos uma grande chapada da realidade, pura e dura, mas clara e simples de maneira a que todos possam tirar elações, não ideológicas, mas reais do que se passa á nossa volta.

O comércio de mulheres Eslavas, dos Balcãs á China é um genocídio silencioso. Talvez se estas fossem mais escurinhas e menos Cristãs já se tivesse sido feito algo para travar este atentado á Humanidade e á verdadeira Europa.

Reabilitado disse...

Interessante aqueles que acreditam que a China já está em posição de enfrentar a Rússia...

essa altura chegará certamente mas, ainda falta bastante... e a Rússia sabe ser bastante agressiva.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro Portugueseman: Quero ver a Rússia exportar o que exportam os países com quem ela pretende concorrer: EUA, UE, China, Japão.

PortugueseMan disse...

Dos 4 que refere, eu elimino a China.

Se existe hoje exportações por parte da China, foi devido a mão de obra muito barata, onde empresas estrangeiras para lá transferiram as fábricas.

Não queira isso para a Rússia.

Quanto aos outros que cita, você coloca o patamar entre os mais fortes, não é fácil de lá chegar.

A Rússia tem tido tempos muito conturbados e vem de uma transição enorme, a passagem da UR
RSS para a Rússia de hoje.

Aqui temos outro problema, em termos de produtos com o uso de tecnologia avançada, os que cita já estão muito bem implementados no mundo, com diversas marcas conhecidas.

A Rússia possui um atraso tecnológico em algumas àreas e enfrenta problemas de penetração de mercado, devido a ser quem é ( o que é russo...), a agressividade dos outros concorrentes, que não querem ver mais um, problemas na capacidade de financiamento/investimento, etc.

A Rússia tem muito know-how, mas enfrenta um mercado maduro e hostil à sua presença, devido principalmente a divergências políticas.

Apesar disto têm alguns trunfos, eles lideram no mercado de lançamento de satélites, por exemplo, o sistema GPS deles está muito perto de estar concluido (está a imaginar a potencialidade em termos de mercado/geração de emprego) baseado nisto?

E também estão a tentar arrancar outros sectores, onde podem concorrer com os grandes.

Por exemplo na aviação civil.

A Rússia tem a capacidade de competir com a Boeing e Airbus, eles detém o know-how de como construir todo o tipo de aviões e isto só está na mão destes dois concorrentes, mais ninguém no mundo possui essa capacidade.

E estão a tentar, você certamente conhece a recente formação da UAC (United Aircraft Corporation), que reúne vários construtores russos de modo a construir algo semelhante ao que existe hoje com a Airbus e Boeing.

E o ponto de partida é o recente sukhoi super jet, um jato regional que é a esperança da entrada no mercado da aviação dos aviões russos.

Se reparar, eles estão a tentar penetrar no mundo ocidental com este avião e do lado deles estão os franceses e italianos, onde os franceses participam com os motores (uma das àreas problemáticas da Rússia) e a Itália garante a manuntenção o que dá uma enorme credibilidade ao avião.

A nível de curiosidade, apesar deste avião ser o início de algo em vista os 2 grandes, este avião afecta directamente um outro jogador em campo.

Estou a falar do Brasil com a sua Embraer.

O nicho de mercado para este avião russo é o nicho de mercado onde o Brasil reina.

E uma das respostas à ameaça deste novo avião, é a entrada da Embraer na Europa via Portugal, com a abertura de fábricas.

Para concluir porque estou sempre a alongar-me nos meus textos, a Rússia está a tentar diversificar, mas este tipo de coisas são feitas a médio/longo prazo, o que significa anos e onde são necessárias pelo menos 2 coisas:

financiamento e estabilidade/determinação política.

Onde o financiamento vem principalmente da capacidade em exportar energia.

MSantos disse...

Sempre me questionei porque é que os Beureaus Tupolev ou Iliushin não se constituiram como bloco ou se modernizaram de modo a competir com a Airbus ou a Boeing. As companhias russas continuam a comprar nestes 2 fabricantes por não ter oferta da sua congénere local.

Quanto ao Superjet que o PortugueseMan referiu espero sinceramente que não vença a Embraer pelas duas razões óbvias.

Cumpts
Manuel Santos

PortugueseMan disse...

Manuel Santos,

Se tiver curiosidade espreite o site da UAC

http://www.uacrussia.ru/en/

e veja os construtores que participam.

Este nova estrutura é semelhante à da Europeia EADS (European Aeronautic Defence and Space Company ).

http://www.eads.com

Se reparar um dos braços da EADS é a Airbus.

A EADS é o gigante europeu que reúne o que a Europa possui, incluindo a componente militar.

E se tiver curiosidade pesquise por ligações entre a EADS e a Sukhoi e verá algo de interessante...

Quanto à Embraer, tenho assistido com muito interesse o desenvolvimento da situação.

Serão tempos difíceis para o Brasil, porque para a Rússia isto é apenas o arranque de toda uma estrutura e é essencial que o superjet arranque e conquiste mercado.

Poderá significar um autêntico murro no estômago no Brasil, dado a força que a Rússia está a fazer.

O Brazil vai ter que cerrar os dentes e esperar que a Rússia passe rápidamente para o patamar acima (Boeing e Airbus) de modo a afrouxar este nicho de mercado.

Infelizmente e como uma má notícia nunca vem só, o Brasil vai ser atacado também pela China, dado que estes estão também a construir um jato regional para o mesmo nicho de mercado.

A Embraer vai precisar de um sério apoio governamental porque vem aí tempos muito difíceis.

Anónimo disse...

o sr. J. Milhazes devia dar mais atenção à situação da mulher na Rússia. É vergonhosa e escandalosa. O Jest e o Reabilitado têm toda a razão. A imagem do russo no Ocidente é um mafioso com duas putas no banco de trás do aurtomóvel e corresponde à realidade, infelizmente. As outras mulheres eslavas sofrem do mesmo. Isto veio também do comunismo e ficou visível com o fim do mesmo. Isto é caso de Amnistia internacional, mas como são mulheres, deixa andar.

Da Rússia, de Portugal e do Mundo disse...

Caro PortugueseMan, o GPS russo ainda está muito atrasado e não se sabe ainda quando poderá concorrer com análogos estrangeiros. Quanto à aviação civil, o Sukhoi-jet existe num só exemplar, sendo grande parte das peças fabricadas no estrangeiro. Mas para que não seja eu apenas a falar, vou publicar num post parte da entrevista que o presidente Medvedev deu sobre o assunto.

MSantos disse...

Permita-me corrigi-lo José Milhazes: o GLONASS sofreu um importante impulso nos últimos anos e já vai na sua terceira geração (GLONASS-K) fruto dos seus satélites serem de tamanho muito reduzido, pesarem apenas cerca de 750kG e poderem ser lançados aos três de cada vez por um único foguetão PROTON.

A previsão de conclusão da constelação do sistema é para 2010 e a própria India decidiu aderir exactamente para não ficar dependente dos humores políticos norte-americanos.

Neste momento há 19 satélites operacionais (requerendo 18 para cobrir toda a Federação Russa) e o total será 24 para uma cobertura mundial, embora prevejam 30 satélites em 2011.

O maior atraso que se verifica é no uso de dispositivos civis dado o GLONASS só ter sido aberto á sociedade civil em 2007.

Cumpts
Manuel Santos

MSantos disse...

Apenas mais uma coisa: muito atrasado está o sistema europeu GALILEO que só tem data previsível de operacionalidade ( cobertura mínima não a total ainda) em 2013.

A Europa continuará dependente do GPS americano.

Cumpts
Manuel Santos

PortugueseMan disse...

Caro José Milhazes,

Acredite no que lhe digo, a sua informação está incorrecta para ambos os assuntos.

O sukhoi super jet está na fase de certificação, com DOIS aviões a voar. A entrega dos primeiros aviões será possívelmente no final deste ano, ou então já para 2010.

A Sukhoi tem pleno know-how e capacidade de construir um avião sem uso a componentes estrangeiros, mas o objectivo é relançar a indústria aeronáutica civil russa e NENHUMA companhia ocidental vai comprar um avião que seja russo.

Esta foi a estratégia adoptada, incluir parceiros ocidentais para dar credibilidade ao projecto e ter competividade. E para isso até a Boeing participa no projecto, tendo sido aberto recentemente uma representação nos EUA, para a venda/representação deste avião.

Quando as companhias e as pessoas começarem a ver que os aviões russos não são aqueles que estão podres e caem, a Rússia entra neste mercado, com todo o seu potencial que tem.

Mas primeiro é necessário mudar mentalidades e isto é que vai demorar anos.

O GPS russo não está atrasado. Está muito bem encaminhado e estará totalmente operacional brevemente.

Estará ainda a funcionar antes do sistema Europeu, este sim com sérios atrasos.

Quanto a concorrer com análogos estrangeiros, está previsto o sistema Glonass e o sistema GaLILEO serem compatíveis.

Cumprimentos,
PortugueseMan

Wandard disse...

A Rússia através de uma Holding possui 5% em ações ordinárias da EADS. Tanto a situação do GLONASS, quanto o Superjet estão em desenvolvimento e não nas condições de atraso aqui referenciadas pelo Sr. Milhazes.